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Dezenas de jovens naturais de Messines emigraram nos últimos meses. À medida que a vila vai ficando entregue aos mais velhos a tristeza e a resignação toma conta dos que ficaram. Felizmente temos a época natalícia à porta e muitos vão regressar para passar uns dias na companhia de amigos e familiares. Esperamos por eles, para matar saudades e também para que nos tirem o medo de sair daqui para procurar melhor vida noutras paragens.

No plano nacional nada augura que as coisas melhorem em 2013. No plano local, apesar das inúmeras críticas à actuação do Governo, a receita é a mesma: cortes na despesa, taxas e impostos mais altos, austeridade a doer. Não existe uma ideia para revitalizar o concelho, para fixar as pessoas, para atrair novos habitantes. É como se tudo o que está a acontecer fosse inevitável.

A aposta no turismo feita pela actual gestão camarária, ainda que pela mão da ex-presidente, foi desde sempre errada. Silves é o concelho com a menor faixa litoral do Algarve. Por contra-ponto é aquele que tem mais e melhores terrenos produtivos, mais e melhores acessibilidades, mais e melhores recursos naturais… nada disso foi aproveitado. Ao contrário, deitou-se abaixo o trabalho feito na década de 80, de investimento na terra, na produção de citrinos, na promoção dos produtos regionais… tudo em nome de hotéis, museus, pousadas, resorts turísticos e campos de golfe. Sempre em competição com concelhos com os quais era impossível competir, pela sua dimensão e pela sua linha de costa muito mais favorável à exploração turística.

Os alertas foram mais que muitos. Várias vezes, no meu próprio blog, se alertou os responsáveis políticos para a evidente desvantagem deste concelho numa economia baseada no turismo. Nada foi feito. Da boca dos responsáveis actuais, e também daqueles que pretendem vir a sê-lo, nada mais se ouve do que… mais do mesmo: mais projectos imobiliários, mais infra-estruturas vocacionadas para o turismo, mais intervenção e gastos públicos num concelho cujo orçamento já só chega para pagar salários.

Com a debandada geral da geração de silvenses mais “preparada de sempre”, como se diz agora, criam-se condições para que este rumo seja seguido, mantendo os mesmos de sempre a fazer o mesmo de sempre. Significa isso que o nosso destino está inevitavelmente ligado ao de todo o Algarve, quando poderíamos aproveitar esta crise para potenciar os recursos que temos e que os outros não têm. “Se fizeres o que sempre fizeste, terás o que sempre tiveste.”, sábia frase… aprendamos com ela.

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1 comentário

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De António Duarte a 15.12.2012 às 10:47

Falar em "debandada da geração mais preparada de sempre"é algo que dá que pensar. Será que essa geração é mesmo a mais preparada de sempre?
O que se vê é que essa geração é aquela mais especializada, que "sabe muito por muito pouco", e que em muitos casos(esse conhecimento)não serve para nada, porque em termos de conhecimentos meteram "os ovos todos no mesmo cesto".
Se esses jovens fossem os mais preparados de sempre estariam a dar sugestões e lutar para que este concelho sair da miséria em que se encontra. Como dominam as novas tecnologias, era para vermos eles criando blogues, refilando e lançando ideias para levantar o concelho e o país...A M Duarte

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