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Nos tempos da Monarquia havia o curioso hábito de colocar cognomes aos nossos Reis e muitas vezes dou comigo a pensar que cognome teriam os nossos políticos se, por azar, o pessoal daquela altura desse um saltinho aos nossos dias e desatasse a baptizá-los.

 

Fico a imaginar um bom cognome para José Sócrates, Cavaco Silva, Mário Soares, Freitas do Amaral, Alberto João Jardim e muitos outros que fazem parte da nossa cena política. Apenas duas personalidades não me suscitam dúvidas quanto ao cognome. Uma porque já o tem, a outra porque é inevitável que não o venha a ter. Falo de Manuel Alegre, que dificilmente se livrará do epíteto “poeta”, e de Isabel Soares, que mais tarde ou mais cedo será conhecida como Isabel “a jardineira”.

A nossa Presidente da Câmara tem tudo para vir a ser lembrada pelas gerações futuras como a Presidente “jardineira”, tal a quantidade de jardins, canteiros, vasos e vasinhos que nestes 8 anos “floresceram” pelo Concelho. Digo Concelho mas ressalvo que, certamente por causa do microclima, a “primavera” é mais intensa na cidade de Silves. A juntar isto temos ainda o, diga-se de passagem saudável, hábito de oferecer flores em tudo o que é festa, jantar, comício e visita oficial. Quase faz lembrar aqueles marroquinos do “qu’ê frô?”, com a diferença de não cobrar “dois eurô”.

Não que eu tenha alguma coisa contra as flores. Nem sequer que discorde das evidentes vantagens estéticas que esta vocação da nossa Presidente trouxe a Silves. O que me incomoda e me deixa pensativo é o dinheiro que se gasta a plantar e manter tanto “malmequer” e “papoila”. Dá ideia que somos um Concelho rico! Quem não sabe até vai pensar que não temos estradas com buracos, que temos condições extraordinárias para os nossos empresários e empresas e que os nossos jovens não necessitam de sair do concelho para ter um futuro mais risonho. Também me preocupa o facto de, tal como a Super Bock patrocinou o Verão 2005, Messines e Armação de Pêra patrocinarem, em grande parte, esta “primavera” permanente na cidade de Silves.

Pois é! Estas duas freguesias, onde infelizmente as flores não se dão, financiam os jardins de Silves. Que grande azar tivemos, nós messinenses e armacenenses, em vir parar a freguesias tão “áridas”. Em Messines, por exemplo, a Presidente não planta flores. Planta palmeiras, que, como se sabe, são mais resistentes a estes ambientes agrestes e são bastante comuns em cidades com horizontes futuros próximos dos nossos. Assim de repente lembro-me de Teerão, Bagadade e Tikrit.

Achei apropriado falar de flores este mês e espero que este meu comentário, mais “satírico” do que “maldizente”, não melindre a nossa Presidente e não a impeça de aproveitar a quadra para distribuir a “florzinha da ordem” aos seus concidadãos e eleitores. Aproveito o espírito de natal para desejar a todo o executivo da Câmara que nestes 4 anos consigam finalmente inverter a tendência de afastamento, face ao nível dos concelhos vizinhos, que Silves tem vivido. Sendo optimista por natureza tenho o direito de achar que é desta que os messinenses vão poder dizer que Dona Isabel “a jardineira” conseguiu, finalmente, trazer a “primavera” à nossa freguesia.

Desejo a todos os silvenses um Santo e Feliz Natal e espero que, sem cor partidária, todos tenham um ano 2006 recheado de sucessos e alegrias.

In "Jornal Terra Ruiva" - Dezembro de 2005

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