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Durante praticamente duas semanas publiquei no Penedo Grande os textos de personalidades que, de uma forma ou de outra, estiveram ligadas ao passado político deste concelho. Agradeço-lhes por aceitarem o convite e espero que todos estejam, de forma ainda mais vincada, ligados também ao futuro de Silves e dos silvenses. Todos somos poucos para superar os exigentes desafios que se vislumbram.

No total fiz mais de 20 convites, quero também agradecer aos que não aceitaram (por razões que compreendo) e aos que ainda não tiveram tempo de escrever. Para esses fica a promessa de publicar, a qualquer altura, os textos que me enviarem. O facto de sermos um concelho pequeno, no qual o maior empregador é a Câmara Municipal, pesa muito na hora de opinar publicamente.

O objectivo deste “rescaldo” foi, essencialmente, dar voz às várias facções e aos vários “interpretes” que estiveram no terreno… uns de forma mais interventiva, outros a “correr por fora”, outros ainda apenas cumprindo o seu dever. Parece-me que esse objectivo foi minimamente atingido. Tivemos opiniões de todos os quadrantes, de todos os partidos, para todos os gostos.

 

Numa espécie de “rescaldo do rescaldo”, e resumindo a minha opinião, que a cada dia que passa se torna menos relevante, diria que estas eleições tiveram um grande vencedor e um grande derrotado. O grande vencedor foi a CDU… com Rosa Palma, Mário Godinho, Analídio Brás, Tito Coelho e João Carlos Correia a merecerem o papel de grandes protagonistas de uma campanha inteligente, ousada e muito eficaz. Conseguiram “correr” ao ritmo certo para chegar à “recta final” com boas hipóteses de ganhar, conseguiram capitalizar os bons presidentes de junta que tinham e ao mesmo tempo atrair os votos de 2 grupos muito importantes: os que queriam penalizar o Governo; os que queriam uma mudança visível e olhando para os rostos locais do "bloco central" apenas viam continuidade.

 

O grande derrotado foi Fernando Serpa. E digo Fernando Serpa porque o PS teve uma noite eleitoral memorável no Algarve, recuperando câmaras importantes ao PSD, e porque esta foi, como sempre aqui afirmei, uma candidatura pessoal, com contornos de capricho, que esteve sempre longe de reunir o consenso e o apoio pleno do partido. Se não conseguiu liderar e unir o partido é porque não era o líder certo (nunca tinha visto tamanha divisão interna). A colagem à Voz de Silves foi o primeiro grande erro, como aqui escrevi. A “colaboração” na viabilização de orçamentos, aumentos de taxas e verbas para gabinetes de advogados foi outro erro crasso. A duração do período de campanha foi outro, vários vultos do associativismo local me disseram que já estavam fartos de Fernando Serpa. A forma como a campanha propriamente dita foi conduzida completou o cenário que justifica os resultados. Foi o próprio candidato que publicou no seu Facebook o “pedido de desculpas” por viabilizar os pagamentos à PLMJ, as fotos da sua equipa a distribuir a Voz de Silves, fotos de gente que não se sabia fotografada e a célebre foto do candidato segurando um folheto de Rogério Pinto.

 

José Mourinho diz que quando a sua equipa ganha o mérito é dos jogadores, quando perde a culpa é dele. Todos os grandes líderes têm essa característica… assumem as suas responsabilidades sem procurarem bodes expiatórios e desculpas esfarrapadas. Na última semana PS e PSD reuniram as suas Comissões Políticas para analisar as autárquicas. De um lado atribuíram-se as culpas a “uma conspiração” e lançou-se uma "caça às bruxas" procurando culpados pelo desaire e “ameaçando” em surdina “fazer a folha” aos “traidores”. Do outro assumem-se as responsabilidades e trata-se de preparar o futuro, aceitando o papel de oposição e deixando que o partido decida o caminho a seguir. Evidentemente os segundos não estão contentes, mas mal ou bem tinham nos cargos de responsabilidade gente que encara a política de uma forma saudável.

 

No início da próxima semana Rosa Palma será oficialmente empossada Presidente da Câmara de Silves. Ao mesmo tempo ficaremos a saber quem serão os vereadores da oposição que a acompanharão. Será por isso uma semana com bastante significado, ficaremos a saber quem cumpre a sua palavra (havia quem dissesse que se não ganhasse abdicaria do lugar) e quem coloca realmente o concelho e o partido à frente dos interesses pessoais. Cá estaremos para analisar, porque este blog não termina aqui. 

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6 comentários

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De The Punisher a 17.10.2013 às 23:26

Ouvi dizer que o Ferreira já está a mexer os cordelinhos para tratar do Serpa o quanto antes!
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De Carlos Cabrita a 18.10.2013 às 07:56

Caro Paulo,

Venho por este meio, agradecer ter disponibilizado o espaço do "Penedo Grande" para  a publicação da nossa (BE) e minha "visão" das autárquicas 2013 em Silves.

Pode crer que o BE faz falta no panorâmico político Silvense e Português.  Parece-me pressentir que não é a sua opinião!?..

O PS está quase sempre encostado à direita, muito "neo-liberal" por várias razões que não vou agora destacar. Essa situação cria um enorme vazio entre o PS e o PCP.

Esse espaço pode ser (bem) ocupado por uma Esquerda não "ortodoxa" e "reformista" que queira participar activamente na construção da sociedade. Queira e participe no poder e não se fique pela  contestação.
Uma Esquerda que tenha uma visão e uma posição mais "Social Democrata" que o PS ao tornar-se "neo-liberal", deixa de ter.

É neste espaço que faz falta uma "força política" de Esquerda que no actual contexto, pode e podia ser o BE.

Este nem sempre o tem feito, na minha opinião, não sei se o voltará a fazer!?... o "Espaço" existe e continuará a existir e por preencher... até quando!?...

No contexto local, em Silves, também há esse espaço. Para a cidadania, para a participação independente e "descomplexada", para as ideias novas, para a inovação...assim saibamos também, construi-lo...

Até...

Carlos Cabrita
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De chico a 18.10.2013 às 09:40


Um novo PRD?

Não me parece que vá funcionar. O qu eprecisamso, quanto a mim, não é de novos partidos. Precisamso sim de políticos que pensem mais no bem comum do que no seu próprio bem, e que saibam acima de tudo dar o exemplo. Algo que há muito se perdeu.

chico
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De Paulo Silva a 18.10.2013 às 09:53

Caro Carlos, 


Eu é que agradeço a sua participação. É sempre bom aprender com quem sabe, e nesse aspecto o BE deu um bom contributo. 
Quanto ao seu "pressentimento"... considero que em Silves o BE pode ter um papel importante se o PS continuar a não assumir as suas responsabilidades. A nível nacional o actual BE, na minha opinião, não tem espaço... não porque esse espaço não exista (concordo com a análise que faz), mas porque o partido insiste em não ocupá-lo. Precisávamos de um partido que "colasse" às posições menos ortodoxas do PC e às mais radicais do PS, movendo-se nesse território. Aquilo que vejo é um partido de protesto que em nada contribui para o panorama político do mundo real. Mas isso... claro... é o que eu penso.
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De Anónimo a 18.10.2013 às 10:55

 Paulo,
Concordo com o diz. Ao nível local e nacional. Isso deve depreender-se das minhas palavras...

Estou no BE a tentar dar o meu contributo para que algo mude. Se  consigo e se muda já não sei...em Silves notou-se...
Cumprimentos,
Carlos Cabrita

Ps- tens que ser mais criativo ò Chico
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De chico a 18.10.2013 às 12:21


Criatividade não me falta, ó Carlos.
Mas o meu caro consegue bater-me, ao pensar que conseguirá transformar o BE num novo partido, sem que o mate, na conjuntura actual.

Embora perceba o que o move e até concorde em geral com o objectivo, a diminuta dimensão e implementação do BE, tira-lhe a massa crítica necessária para a mudança.
Já tiveram criatividade quanto baste, para engendrar uma liderança bicéfala, agora para o ridículo ser completo, só falta um cisma no BE.

cumprimentos e boa sorte na empreitada.
chico.

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