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Blog de discussão política do concelho de Silves. - "Porque um concelho que exige mais dos seus políticos, tem melhores políticas e é um melhor concelho."
Tem o PDF do livro?
mais um profeta da desgraça
Para Marinho Pinto chegar a uns 15% não precisará ...
Fico satisfeito por ver que o rapaz ainda está viv...
O que eu gostei mais da entrevista foi de saber a ...
A quadra natalícia tem, entre outras, a particularidade de trazer à vila “personagens” que há muito não víamos por estas paragens. Nos tempos que correm essas personagens já não voltam com o “accent” francês, voltam sem qualquer “accent” como qualquer bom lisboeta. E foi com uma dessas personagens que, dava o ano de 2005 os últimos suspiros, tive o prazer de conversar. O tema foi uma velha questão que, no seu devido tempo, nos fez “esgrimir” argumentos e até alguns impropérios, ditos em sede própria (o Bar do Júlio).
Falo-vos do “célebre” Pavilhão da Escola EB 2+3 de Messines e da discussão pública que antecedeu a sua construção. Para ser mais preciso a conversa começou quando o meu “camarada” diz, com um ar de quem não entendia o que se passava:
- “Pá, vinha ontem do lado dos Bombeiros e quando ia a chegar aos Armazéns do Teófilo passou um “gajo” por mim a dar sinais de luz! Quando cheguei ao café do “Piasca” disseram-me que agora a estrada era sentido proibido! Que ideia mais estranha! Como é que se faz agora para voltar para o centro?!
Ao que eu respondo com aquela paciência típica do algarvio quando lhe perguntam onde é a praia: -“ Ou vens pela variante da EN 124 ou passas ao Bairro da CHE Silvense. É fácil!”
Resolvi refrescar a memória ao fulano fazendo-o lembrar que ele era um dos que defendia estoicamente a solução que levaria, inevitavelmente, a que Messines se transformasse numa “rotunda gigante”, ainda por cima feia e sem visibilidade.
Acontece que meses antes de se decidir onde construir o famoso Pavilhão da Escola saíram n’“O Estravanca”, o Boletim Informativo da Casa do Povo de Messines, dois artigos a chamar a atenção para as intenções da Câmara Municipal de Silves (intenções essas que estão hoje à vista de todos). Esses artigos, um da autoria de Manuel de Sousa e outro assinado por mim, tentavam mostrar aos messinenses que os dinheiros disponibilizados para a construção do dito pavilhão poderiam ser aproveitados para, de uma vez por todas, colocar Messines no caminho certo. A ideia passava por retirar do local o Estádio Municipal, passando-o para o recinto de Feiras e Mercados. Construir o Pavilhão no local do Estádio, solução que possibilitava um Pavilhão capaz de receber provas oficiais de todas as modalidades “indoor”. E, finalmente, ligar a zona comercial da vila à zona onde se concentram os serviços públicos. Imagine, caro leitor, toda a zona arranjada e com uma avenida a sério por onde se podia circular de carro ou a pé sem ter que dar voltas e mais voltas à vila. Tudo isto foi proposto à Sra. Presidente em Assembleia de Freguesia realizada para o efeito e bastante concorrida. Ninguém nos ouviu.
Em vez disso, argumentando que o dinheiro “azedava” se não fosse gasto de imediato, a Câmara Municipal de Silves, pela voz da Dra. Isabel Soares, propôs uma solução que considerava genial. Essa solução (repito que está à vista de todos) passava por “apertar” o novo pavilhão entre o Bairro CHE e o Lar de Idosos, oferecendo uma vista “maravilhosa” aos utentes do Lar ao mesmo tempo que conseguia o incrível feito de ter dois pavilhões a
Concluindo, ficamos com a única Junta de Freguesia em Portugal com sede num beco sem saída e, mais grave, levamos os nossos idosos, literalmente, para o fim desse beco. Conseguimos também fazer com que um peão pense duas vezes antes de passar pelo “barranco alcatroado” à noite e opte por fazer como os carros e circundar a vila.
Dito isto o meu “camarada” olhou para mim espantado e disse-me:
- “Eu sempre pensei que “O Estravanca” fosse contra o Pavilhão porque a Casa do Povo estava com medo de perder receitas no Pavilhão deles! Nunca tinha pensado nisso!”
Respondi-lhe que a Casa do Povo podia ter muitos defeitos mas nunca me disse o que escrever e que, tal como eu, a Direcção da altura defendia que a Escola deveria ter um Pavilhão anexo que servisse os alunos e a vila. Além disso, nessa altura, o único jornal local que existia no concelho era “A Voz de Silves”, pelo que “O Estravanca” pareceu-nos a solução mais séria para levar o assunto aos messinenses. Posto isto concordamos que a vila de Messines está a necessitar de uma requalificação urgente. Urgente no sentido de inadiável e breve, não no sentido que ultimamente temos visto e que significa mais projectos feitos “em cima do joelho” por indivíduos que nunca estiveram sequer em Messines.
Aproveitei o espírito da quadra natalícia para perdoar o mal entendido mas sempre fui ressalvando que, muito provavelmente, os nossos filhos vão perguntar no futuro:
- Quem terá sido o idiota que projectou e aprovou isto?
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Para Marinho Pinto chegar a uns 15% não precisará ...
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