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- “Quando não é do fogo, é da água!” – disse Isabel Soares para a televisão, enquanto agarrava nos braços uma senhora idosa vitima das cheias na freguesia de São Marcos da Serra. Achei esta frase incrível!

 

 

O fogo (esse bandido) e a água (essa “magana”) andam por aí, sem dó nem piedade, a atormentar os nossos “velhinhos”!

 

 As matas mal limpas, as ribeiras cheias de entulhos, as pontes velhas e obsoletas, a desertificação da serra, as condições de vida precárias de muitos idosos e a inconsciência dos responsáveis camarários pelo ordenamento do território nada têm a ver com isto. O problema, meus senhores, é o fogo e a água!

 

Antigamente, quando não existiam impostos nem responsáveis tangíveis pelo que se passava no burgo, poderia dizer-se que –“Quando não é do fogo, é da água!” Era impossível que, sem quaisquer meios e formação, as pessoas pudessem sequer pensar de outra forma. Sujeitavam-se ao que viesse e depois, se cá ficassem, corrigiam o problema. Hoje em dia não podemos dizer que –“Quando não é do fogo, é da água!” Dizê-lo é desculpabilizar aqueles que, eleitos ou nomeados, tem por obrigação zelar pelas populações que pagam impostos e respeitam regras e leis. Dizê-lo é chamar-nos a todos idiotas! Eu não posso dizê-lo, o leitor não pode dizê-lo e a presidente de uma autarquia NUNCA sequer lhe deveria passar pela cabeça dizê-lo!

 

De facto as únicas justificações que este executivo camarário tem tido para aparecer na televisão são os incêndios, as cheias e, de quando em vez, o “ordenamento do território” (obviamente entre aspas) em Armação de Pêra ou algum acidente de viação grave no troço do  IP-1 que atravessa o concelho. Esperemos que de futuro não apareçam também por razões do “foro jurídico”. Tirando isto o “país e o mundo” nada mais querem saber ou tem a aprender com Silves.

 

São Marcos da Serra é o exemplo perfeito daquilo que se tem passado neste concelho: Os jovens desertam deixando para trás uma aldeia envelhecida, desmoralizada e resignada ao seu destino. Ficam os “velhos” condenados a lutar sozinhos contra o fogo, a água e tudo o resto. Toda a vida passaram dificuldades e estão habituados a que ninguém se preocupe com eles nem por eles, por isso “compram-se” facilmente com uns passeios ao Zoológico, umas viagens de helicóptero ou umas flores baratas. Obviamente ninguém pode desejar uma coisa que praticamente desconhece – viver com dignidade e conforto -  e toda a gente adoraria andar de helicóptero ou passar um dia “porreiro” no Zoo de Lisboa.

 

Pelo andar da carruagem é bom que o PS e o PCP de Silves vão pensando numa coligação para as próximas eleições autárquicas. É urgente alterar o rumo das coisas e o primeiro passo tem que ser tirar da “cadeira” a actual presidente. Essa deverá ser a prioridade de todos os silvenses com lucidez suficiente para não embarcarem nesta “farsa”. A minha sugestão é que se unam esforços nesse sentido sob pena de acordarem e o concelho de Silves se resumir a “velhinhos” em excursões permanentes, a funcionários camarários e a “patos bravos” sem escrúpulos. Nessa altura vamos ficar como a Madeira do Dr. Jardim… maioria laranja e perseguição a quem pensa diferente.

 

Por muito divergentes que sejam as posições politicas do PS e do PCP esta parece-me a única forma de conseguir combater os “meios de propaganda” do PSD no concelho de Silves. Pelo menos concentravam o voto em dois blocos: os que querem fazer deste concelho a terra dos filhos e aqueles que apenas dizem: -“Quando não é do fogo, é da água!” – resignados.

In "Jornal Terra Ruiva" - Novembro de 2006

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