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As presidenciais já lá vão e os comentadores políticos apostam agora nas legislativas como o próximo acto eleitoral a realizar. Como era esperado Cavaco Silva foi reeleito, assim manda a tradição portuguesa, numas eleições parcas em momentos de interesse que apenas comprovaram o que até os americanos já sabiam: Cavaco é um político convencido, vingativo e vaidoso… assim constava do seu “perfil” compilado pelos serviços secretos americanos e divulgado pelo “Wikileaks”. Na noite da vitória “vingou-se” dos adversários acusando-os de o atacarem recorrendo a “insinuações”, que nunca chegou a desmentir, nas controversas questões do BPN e da “casa de Albufeira”. Da sua boca apenas se ouviu que todos teríamos que nascer duas vezes para ser mais honestos que ele. É Cavaco, e pronto.

O acto eleitoral veio também mostrar que o tal “milhão de votos” que Manuel Alegre afirmava deter… afinal não eram dele! Eram o “milhão de portugueses” fartos do sistema que desta vez votaram em Nobre e Coelho. Provou-se aquilo que já era uma tendência. Existe um grupo cada vez maior de cidadãos disposto a entregar o seu voto a projectos sem “chancela” política capazes de entrar em ruptura com os desgastados partidos políticos. Essa tendência, acredito eu, será para estender a outras disputas… como por exemplo as autárquicas.

Um “movimento de cidadania” ganhar umas eleições deixou de ser algo que se possa chamar utópico. Um “movimento de cidadania” condicionar o vencedor de uma eleição passou a ser algo até comum no nosso país. Na minha opinião essa tendência veio para ficar e ganhar cada vez maior proporção. À medida que os partidos políticos se fecham sobre si, sobre os interesses pessoais dos seus “caciques”, sobre disputas internas inatingíveis para o comum dos mortais, abrem espaço para que os descontentes com a sua inoperância comecem a tomar iniciativa.

Os próprios avanços tecnológicos como a generalização da internet e tudo o que ela possibilita reforçam esta tendência. É hoje muito fácil a alguém sem meios financeiros trilhar um caminho de afirmação expondo ideias, comunicando com os cidadãos e, mais importante, recebendo “feed-back” em tempo real. Os partidos fogem desta exposição quase por natureza. Apenas nos momentos de campanha eleitoral as páginas Web, os blogs, os facebooks e outras ferramentas são activadas… pouco para fidelizar uma geração que ambiciona ser “fã” de pessoas ou associações activas e participativas.

Nas frias e obsoletas sedes partidárias deste país poucos ainda interiorizaram isto. Poucos são aqueles que na hora de “fazer contas” sobre as próximas “batalhas” contemplam este factor novo, até porque é difícil saber de onde poderá vir a “ameaça”. Arrisco dizer que muitos serão os que verão as suas expectativas e ambições políticas goradas por influência de movimentos de cidadania ou candidaturas independentes. Já para os cidadãos são boas notícias o aparecimento de gente que não está condicionada por nenhum partido e que é movida apenas pelo projecto, pelo voluntarismo e pelo interesse das populações. 

Cá por Silves é bem provável que as próximas eleições autárquicas tragam o primeiro “movimento de cidadania” capaz de realmente fazer mossa no poder instituído. Os próximos dois anos serão determinantes. Veremos como lidarão os partidos locais com este “fantasma”e se serão capazes “esvaziar” o espaço que agora existe, e que se vislumbra maior à medida que se aproxima a disputa eleitoral, graças às “guerrilhas” pelo poder interno que se prevêem em cada estrutura, antes que a situação fuja do seu controlo. Se não o fizerem será garantido que terão que refazer as contas, usando uma nova fórmula que promete ter margem de erro muito larga.

Diz António Guerreiro, no seu blog, que é tempo do PS Silves encontrar o líder que apresentará a eleições em 2013. Concordo em absoluto. Uma candidatura séria terá que ser preparada com tempo. Um projecto de mudança para Silves tem que ser trabalhado desde já, não podemos correr o risco de a 6 meses das eleições, sem projecto nem candidato, nos vermos forçados a aceitar um “figurão imigrado” de outro concelho… julgo que todos sabemos que será preciso arranjar lugar para muito presidente de câmara que já não pode candidatar-se no seu concelho. Difícil vai ser os órgãos federativos resistirem à tentação de meter o “bedelho” na composição das listas que não estejam sólidas o suficiente.

 O problema que se coloca é: quem será esse líder?! Candidatos existem, apenas não reúnem consenso. Eu continuo a achar que existem muitos bons nomes na casa capazes de unir e fortalecer o partido… que avancem.

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Já está

23.01.11

Eles continuam ao "leme"... e nós continuamos a pagar.

 

 

Venham dai as legislativas.

 

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Voltou o executivo Camarário a insistir no esgotado modelo económico - “tipo regabofe” - e voltou a oposição silvense a chumbar o Orçamento Municipal para 2011. Isto de governar em Democracia é uma chatice… ter que aceitar as opiniões dos outros, ter que negociar e procurar soluções que beneficiem todos é mesmo a pior coisa que pode calhar na “rifa” a quem estava habituado a não “dar cavaco” a ninguém.

 

Quando chegou ao poder, há quase 15 anos, o PSD tinha um sonho e um projecto para Silves. Hoje ficamos a saber que o sonho era fazer de Silves a “Sevilha do Algarve” e o projecto era “desassorear o Arade”… em todo este tempo não se conheceram outros sonhos ou projectos. O modelo económico seguido, que o executivo de Isabel Soares copiou dos concelhos vizinhos à letra, levou à destruição de tudo o que estava feito por José Viola e José Viseu. Passamos a apostar “todas as fichas” no turismo… a ideia era simples: não tínhamos que produzir nada, bastava atrair ingleses, alemães e irlandeses ao Castelo de Silves e aliciá-los a deixar uns “patacos” no comércio local. Estava feito.

 

O “silvense tipo” para a actual gestão é o que “caia” a casa de branco, pinta as “bordas” das janelas de azul, sai à rua vestido como se fizesse parte do “rancho folclórico” e sabe dizer “you’re very wellcome!” com o mesmo “accent” do Zêzê Camarinha. Os outros… os que querem um concelho moderno e atraente para quem cá vive, os que querem produzir e fabricar coisas, os que querem pesquisar e criar, os que ambicionam um futuro de liderança para estas terras... esses são os hereges. Trocou-se o original Festival da Cerveja pela gasta Feira Medieval, realizada em tudo o que é terra com castelo. Trocou-se a Festa da Laranja pela Ópera no Castelo, onde se contratam artistas elitistas estrangeiros e se agrava o défice da balança comercial (este ano, por exemplo, a corrida de São Silvestre no Porto só contou com atletas nacionais para garantir que o prémio ficava em Portugal). Trocou-se a terra pelo ar, trocou-se a serra pelo mar… trocou-se o progresso pelo “deixa andar”.

 

Quase 1.000 funcionários camarários e € 60.000.000,00 de passivo depois estamos, finalmente, no último mandato. Desta vez sem maioria. E à primeira a coisa falhou! A oposição, que antes era privada de informação, maltratada, ignorada, manipulada… agora tem “voto” na matéria. Essa mesma oposição tem-se encarregado de demonstrar que mais não fazia porque não podia. A actuação na questão das taxas de IMI e no Orçamento demonstrou que PS e CDU não compactuam com a “má gestão” e com os orçamentos “delirantes” que o PSD tem aprovado sozinho nos últimos 13 anos… com os resultados que estão à vista.

 

Diga-se, em abono da verdade, que pelo menos o PS sempre manifestou publicamente a disponibilidade em negociar e viabilizar um orçamento que fosse sério e apropriado aos tempos que correm. Em vez de sentar à mesa e falar sobre isso a gestão PSD preferiu apresentar um Orçamento que prevê um crescimento das receitas de 50% face a 2010, sem que a despesa sofresse qualquer revês (à excepção das Juntas de Freguesia, verdadeiros “Cristos” deste orçamento). Escusado será dizer que o documento foi chumbado. Tal como foi chumbada a segunda proposta, que previa uma redução na despesa na ordem dos € 2.000 em todo o exercício (provavelmente iriam desligar a luz meia hora mais cedo às terças-feiras) e continuava a insistir na absurda receita. A obstinação é tal que a solução mais prática que se encontrou foi procurar “limianos”, malta disposta a vender a “alma” e sempre escudada no interesse da sua população e alicerçada pela ambição política… como se essa população não fizesse parte de algo maior. Parece que também isso falhou.

 

Desejo para este ano que lá pelos Paços do Concelho percebam que estes são outros tempos. São tempos em que todos precisam de fazer esforços. Desejo que esta oposição continue o seu bom trabalho e desejo que, pela primeira vez desde que sou adulto, o bom exemplo em Silves venha de cima! Bom ano a todos.

 

In. Jornal "Terra Ruiva" - Janeiro de 2011

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Chegam pela manhã notícias da sintonia socialista em relação ao Orçamento Municipal Silvense para 2011. Não me foi possível participar na reunião mas congratulo-me com a decisão.

É sempre bom ver que o partido está vivo e tem a clara noção de que não podemos continuar a cometer os mesmos erros sob pena de destruir de vez o concelho.

Este é o comunicado que saiu da reunião de ontem, que subscrevo:

 

COMUNICADO

                                               

A Comissão Politica Concelhia de Silves do Partido Socialista, reunida a 17 de Janeiro, em sessão plenária, decidiu, por unanimidade, manifestar toda a sua solidariedade e apoio aos Vereadores do PS que, de forma firme, tem defendido na Câmara os superiores interesses do Concelho, em especial, ao exigirem rigor, transparência e participação na elaboração do Plano de Actividades e do Orçamento para 2011, da Câmara Municipal de Silves.

 

A Comissão Politica Concelhia de Silves do Partido Socialista denúncia o comportamento irresponsável e pouco sério da Sra. Presidente da Câmara quando, com desprezo pelo opinião dos Vereadores da oposição, em especial dos Socialista, insiste em apresentar um Orçamento que conduzirá, inevitavelmente, o Concelho para uma situação de endividamento e de paralisia da sua actividade.

 

A Comissão Politica Concelhia de Silves do Partido Socialista acusa a Sra. Presidente da Câmara de arrogância ao não aceitar a disponibilidade, sempre manifestada, pelos Vereadores do PS, para viabilizarem o Plano de Actividades e o Orçamento, desde que real e exequível e que assegure a satisfação de todos os encargos e compromissos já assumidos pela Autarquia e, ao mesmo tempo, nesta situação de crise, possa ajudar as Famílias mais desfavorecidas do Concelho e, se possível, manter um nível de investimento tendente à melhoria da qualidade de vida dos cidadãos.

 

A Comissão Politica Concelhia de Silves do Partido Socialista rejeita a atitude e comportamento anti-democrático e de chantagem da Sra. Presidente da Câmara que, sendo a principal e única responsável pela apresentação do Plano de Actividades e do Orçamento da Câmara, procura fugir a essa responsabilidade acusando os Vereadores da Oposição. Compreende-se, agora, algumas das razões que motivar o afastamento de sucessivos Vereadores do seu Partido!

 

Por Outro lado, afirma que não fará, como é seu dever, a transferência das verbas já acordadas e necessárias ao cumprimento da delegação de competências da Câmara para as Juntas que, os Órgãos Autárquicos competentes, Câmara e Assembleia Municipal, já aprovaram. E, ainda, diz que as Associações não receberão os apoios a que tem direito nem serão admitidos mais funcionários, como se a Sra. Presidente da Câmara não fosse a única e exclusiva responsável pela situação criada!

 

A Comissão Politica Concelhia de Silves do Partido Socialista reafirma o seu total apoio aos Vereadores do PS e exorta-os a continuarem com a mesma determinação e disponibilidade democrática de modo a conseguirem, em diálogo e concertação com o executivo permanente, um Plano de Actividades e um Orçamento para 2011 que, verdadeiramente, corresponda aos superiores interesses do Concelho.

 

A Comissão Politica Concelhia de Silves do Partido Socialista afirma-se determinada a recorrer a todos os meios legais e democráticos que possam contribuir para que o executivo permanente e a Sra. Presidente da Câmara adoptem um comportamento de concertação, diálogo e bom senso para bem do Concelho e prestígio do Poder Autárquico Democrático.

Silves, 17 de Janeiro de 2011

A Comissão Politica Concelhia de Silves do Partido Socialista

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Déjà Vu

09.01.11

Parte 1

 Parte 2

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Sendo este um espaço de opinião eminentemente política não podia deixar de falar nas eleições presidenciais. Como sempre não resisto a tomar posição por um candidato e a tecer opinião sobre todos os “corredores” que se apresentam a sufrágio.

Começo por explicar porque:

Não voto em branco – votar em branco não tem significado prático em Portugal. Pelo menos não tem o que deveria ter. Na eleição da Assembleia da República, por exemplo, os votos em branco deveriam significar lugares vazios e existir um mínimo de deputados eleitos para garantir a legislatura. Isso obrigaria a muito mais atenção por parte das forças políticas à imagem que deixam na opinião pública e acabaria com os “cozinhados” que adulteram a composição das bancadas parlamentares na hora de nomear os cabeças de lista a cada Distrito.

 

Não voto em Cavaco – porque foi o pior Presidente da República que já conheci. Falou quando não devia, não falou quando devia e em nada contribuiu para que a situação do país melhorasse. Tem agora à perna o caso BPN onde as “más companhias” e a promiscuidade realçam a sua forma de fazer política. Foi Cavaco quem entregou a Oliveira e Costa os assuntos fiscais (colocou o lobo no meio dos cordeiros) ao nomeá-lo Secretário de Estado para os assuntos fiscais. É Cavaco quem tem Dias Loureiro como seu conselheiro… como Conselheiro de Estado. Ainda hoje ouvi que a despesa pública que agora pretendemos reduzir foi em grande parte herança de Cavaco… o “Monstro” que tanto apregoava é obra sua.

Não voto em Manuel Alegre– porque em 30 anos de actividade política apenas caçou e escreveu poemas à conta dos contribuintes. Não se lhe conhece uma ideia, um documento, uma proposta ou uma intervenção que seja. Apesar de há 5 anos não ter sido grande adepto da candidatura de Mário Soares fiquei “ferido” por Manuel Alegre se apresentar contra o candidato do PS. Agora apresenta-se apoiado pelo BE e forçou o apoio da Direcção do PS, o que, como já se viu, não quer dizer que tenha o apoio das bases do partido. Deixou cair o discurso de “a mim ninguém me cala” e agora caminha sobre cordas tentando arranjar forma de o seu discurso não ferir o eleitorado radical do BE e o moderado do PS.

Não voto em Fernando Nobre – porque apesar de o considerar um homem sério, capaz e diferente de todos os políticos da nossa praça acho que lhe falta profundidade e clarividência no discurso. Falta-lhe mesmo energia… pelo menos a mim passa-me a ideia de alguém cansado que tem no facto de estar contra o sistema o seu único trunfo (há quem diga que outra grande vantagem de Nobre é estar habituado a cenários de catástrofe).

Não voto em Francisco Lopes – porque é apenas um “declamador” de discursos. Os candidatos vindos do PCP podem até ser bastante capazes, mas conhecendo um pouco do funcionamento do partido não será difícil imaginar que se um dia um seu candidato for eleito Presidente da República o Palácio de Belém será ocupado por todo o Comité Central e o Presidente fará exactamente o que esse órgão decidir… em suma o que quero dizer é que, aparentemente, um candidato do PCP não consegue estar acima do partido, coisa que considero essencial num Presidente.

 

Voto em Defensor de Moura – porque apesar de pouco conhecido tem um discurso incisivo e promissor. Olha para a raiz dos problemas em vez de se concentrar em “fait-divers”. Assisti a duas entrevistas suas e confesso ter ficado surpreendido pela capacidade que demonstrou. É uma boa surpresa e entre todos o candidato que mais me agrada.

 

 

 

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