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Blog de discussão política do concelho de Silves. - "Porque um concelho que exige mais dos seus políticos, tem melhores políticas e é um melhor concelho."
Tem o PDF do livro?
mais um profeta da desgraça
Para Marinho Pinto chegar a uns 15% não precisará ...
Fico satisfeito por ver que o rapaz ainda está viv...
O que eu gostei mais da entrevista foi de saber a ...
Quem nos está sempre a lembrar “sou rigoroso” e preza a sua própria caligrafia deixou este post no seu blog… provavelmente isto é uma tentativa subliminar de “colar” Rogério Pinto à feminilidade da anterior presidente… que grande “Pinta”!!!
E já é oficial: Rogério Pinto é o novo Presidente da Câmara Municipal de Silves. O ilustre armacenense sucede assim a Isabel Soares que vai para um “período de férias” nas Águas do Algarve, onde “vogalizará”… coisa que desde já me deixa curioso, sabendo eu os dotes retóricos da ex-presidente.
A nomeação de Isabel Soares foi aprovada por unanimidade de todos os presidentes de Câmara do Algarve. Como é evidente… todos eles aspiram a um lugar semelhante no futuro e a falta de vergonha é tão grande que outra posição seria uma estrondosa surpresa.
Para trás fica um concelho falido, processos judiciais em curso, suspeitas gravíssimas de dolo, a ausência de qualquer estratégia de desenvolvimento, dívidas assombrosas a freguesias, bancos e fornecedores, uma gestão autocrática que secou tudo à sua volta e centenas de boys e girls inúteis nos quadros de pessoal da autarquia. Toda esta experiência e sapiência estará agora ao serviço das Águas do Algarve, empresa que vende… água, um bem público. Estejamos pois preparados.
É curioso que a “experiência” autárquica seja evocada como um dos factores que levou à escolha de Isabel Soares para o cargo. Tenho sempre alguma dificuldade em engolir esta da experiência como argumento para se contratar alguém. Tenho aliás uma experiência que testemunha bem o que vale a experiência:
Nos finais de 2009 fui convidado para dar uma palestra para cerca de 200 empresários do ramo imobiliário em Telavive. No dia da palestra tinha à minha espera dois tradutores experientes, um brasileiro de 60 anos que já vivia há mais de 40 em Isarel e um israelita de 50 e muitos anos que era professor de português numa universidade local. De imediato se apresentaram dizendo que faziam traduções há muito tempo, já tinham traduzido para Lula da Silva, Mário Soares, Cavaco Silva, José Eduardo dos Santos e muitos outros. Fiquei tranquilo. Quando a palestra começou percebi de imediato que as coisas não estavam a correr bem. Bastava olhar para as caras das pessoas para entender que aquilo que os dois senhores lhes estavam a “sussurrar” aos ouvidos não fazia sentido. Passados 20 minutos o responsável pelo evento interrompeu os trabalhos e perguntou-me se podia continuar em inglês. Disse-lhe que sim e de imediato ele dispensou os dois “craques”. Um novo tradutor, da casa, traduziu para as duas dezenas que não falavam inglês e a coisa correu muito bem.
Correu tão bem que, dois meses depois, tive um novo convite para uma nova palestra, desta vez na Turquia. Cheguei um dia antes ao local do evento, a linda cidade de Sapanca, a meio caminho entre Istambul e Ancara, tinha à minha espera um turco que humildemente reconheceu não ter experiência em traduções. Era casado com uma brasileira, falava bem português, mas a única experiência que tinha foi a de ser tradutor do futebolista Roberto Carlos na sua passagem pelo Besiktas (sei agora que é também tradutor de muitos portugueses que estão no Besiktas). Durante mais de 10 horas estivemos juntos a trabalhar, a preparar-nos, a acertar significados, a conhecermo-nos. No dia seguinte a palestra correu muito bem. Apesar de no início o tradutor estar um pouco nervoso por estar a falar para tanta gente, rapidamente lhe passou e no final todos lhe elogiaram o trabalho.
Esta é uma história que reforça a minha teoria. De nada serve ter experiência num mundo que muda a uma velocidade vertiginosa. É preferível ter a competência e a noção de que temos que nos preparar muito bem, nunca confiando naquilo que já conhecemos. Darwin dizia: “a espécie que sobrevive não é a mais forte nem a mais inteligente… é aquela que melhor se adapta.” Eu acredito nisso e não tenho dúvidas nenhumas que grande parte dos problemas deste país devem-se à “experiência” e vícios da nossa classe política, muita dela criada em “aviários” para com muita “experiência” servir a nação.
Coragem e determinação é algo que escasseia no nosso espectro político. É preciso que alguém de fora venha impor mudanças para que alguma coisa aconteça. É como se, tolhidos pelo medo, aqueles que elegemos prefiram ficar dentro de uma casa com o teto a ruir na esperança que aguente mais uns tempos ou que não os magoe muito quando desabar.
Em Lisboa fala-se de uma “reforma do Estado”, fala-se de uma “refundação do consenso”, mas ninguém tem coragem de dizer o que isso significa! Como é evidente, e já aqui se escreveu, o Estado tem gente a mais. Estamos a chegar ao ponto em que temos 2 trabalhadores do privado para cada trabalhador do Estado (ou pago pelo Estado via Institutos e outros subterfúgios), sendo que, além de pagar o salário dos do Estado, o trabalhador privado ainda tem que pagar reformas, pensões sociais, escolas, hospitais e soldadinhos de chumbo. Só um lírico pode sequer sonhar que tudo se vai resolver sem colocar em causa o atual modelo de Estado Social.
Na verdade Seguro, Passos, Portas e até Jerónimo de Sousa e Louçã têm consciência disso, mas o tacticismo político e um medo descontrolado tolda-lhes o discurso e da boca de nenhum se vai ouvir dizer que é necessário dispensar pessoas. E é bom que se saiba, se este péssimo Governo cair, o próximo, de António José Seguro, será o golpe final na confiança dos portugueses nos seus políticos… porque evidentemente não fará nada do que apregoa e será forçado a ser ainda mais duro.
No Algarve as coisas não são diferentes. Mendes Bota anda “acagaçado” com tudo o que se passa no país e, em pouco mais de 2 anos, passou de primeiro antagonista algarvio ao Primeiro-ministro Sócrates a único defensor do Primeiro-ministro Passos. O seu discurso por estes dias faz lembrar um rapazinho, sozinho, com um minúsculo balde, a tentar tirar água de um petroleiro que se afunda a uma velocidade vertiginosa.
Mais à esquerda, o ex-boss do PS Algarve, Miguel Freitas, vem a público dizer que a questão “fronteiriça” de Faro-Loulé “exigia mais tempo e debate público”, razão pela qual o PS votou contra. Para quem não sabe existia entre Faro e Loulé uma “terra de ninguém”, com prejuízos evidentes para as populações. Agora, mais de 170 anos depois de criado o problema, os presidentes de câmara de Loulé e Faro conseguiram resolver o problema e aquilo que ocorre dizer a Miguel Freitas é que “era melhor ter feito isto com mais tempo”!!! Mais tempo!!! 170 anos não são tempo suficiente! Não estará o PS a pensar, mais uma vez, primeiro nos interesses do partido e depois nos interesses do Miguel Freitas?
Em Albufeira a Assembleia Municipal chumbou o projeto de construção de um aeroporto civil que serviria para aviões particulares. O projeto, que envolvia a ANA e parceiros privados, significaria um investimento de 110 milhões de euros e potenciaria o turismo de luxo no Algarve. Todas as outras câmaras envolvidas no projecto aprovaram a ideia sem passar pela Assembleia Municipal. Em Albufeira a coisa foi para votação e foi “chumbada” categoricamente. As razões para o chumbo são inacreditáveis e demonstram bem que o modelo autárquico composto por Presidentes de Junta em part-time, comprometidos com os partidos a full-time, apenas prejudica os cidadãos. Imagine-se que a impossibilidade de “mandar foguetes durante as festas” e “as restrições impostas ao Campo de Tiro de Paderne” com a construção do aeroporto foram as principais razões para o chumbo!!!
Em Silves, contra a opinião de praticamente todos aqueles que pensam o concelho, os “corajosos” políticos com assento na vereação da Câmara resolveram proclamar a manutenção das 8 freguesias no concelho. Como é evidente uma boa parte dos habitantes das freguesias extintas ficaria indignado e esta gente não pode bem com indignação popular sectária. São “cavaleiros” que lutam por causas nobres, como a localização de farmácias, os buracos do caminho do Talurdo, ou os apoios de praia ruidosos… mas na altura de criar condições para que todos beneficiem, para que se projete alguma coisa no futuro… têm medo. Têm medo porque a oposição ainda poderá tirar algum benefício, ou porque o amigo pode deixar de o ser. Agora vamos ter que esperar que venha alguém de fora meter ordem na nossa casa e dizer-nos como vamos organizar-nos de futuro, e quiçá acabar com o próprio concelho, dividindo-o às fatias e criando um novo mapa de concelhos na região.
Há muito que esperava pelo momento em que a Câmara Municipal de Silves deixasse de ser “governada” pela actual Presidente de Câmara. Esse momento acontecerá já no dia 5 de Novembro, altura em que a Dra. Isabel Soares será nomeada a nova Vogal do Conselho de Administração das Águas do Algarve e terá por fim a “reforma dourada” que sempre ambicionou.
Acredito que Silves ficará muito melhor nas mãos do vice Rogério Pinto, saiba ele distanciar-se do séquito e herança deixada por Isabel Soares. Tem pela frente menos de um ano e logo se verá a estratégia que irá adoptar: ou começa de imediato campanha eleitoral, deixando-se embrenhar no viscoso patameiro político silvense; ou demarca primeiro o seu território introduzindo de imediato mudanças visíveis ao nível da gestão no concelho.
Sobre a Presidente cessante, que tenha muita sorte a “vogalizar” nas Águas do Algarve, que aproveite o gordo salário e mordomias que o cargo lhe vai proporcionar. Esta é a recompensa que se dá em Portugal a quem destruiu um concelho, custou milhões aos contribuintes, deixa para trás muitas contas por pagar e processos judiciais à espera de prescrever. Não admira por isso que outros “escroques” olhem com água na boca para o cargo que agora fica vago.
É já dada como certa a transferência de Isabel Soares, atual presidente da Câmara de Silves, para a empresa Águas do Algarve.
Na sua edição de 30 de outubro, o Correio da Manhã adianta que Isabel Soares irá receber um vencimento na ordem dos "4500 euros ( salário, ajudas e subsídios)", além de ter "direito a um BMW 318TD" e a poder "gastar cerca de 2000 euros por ano em telemóvel".
A confirmação da tomada de posse de Isabel Soares nas suas novas funções deve ocorrer no dia 5 de novembro, mas oficialmente ainda nada foi transmitido quer pela ainda autarca, quer pela autarquia.
Recorde-se que, ao Terra Ruiva, a presidente da Câmara de Silves admitiu ter sido "sondada" para um cargo nas Águas do Algarve, mas que "nada estava ainda definido".
Com a saída de Isabel Soares da presidência do município de Silves, o cargo será assumido por Rogério Pinto, atual vice-presidente que "herdará" uma autarquia com graves problemas financeiros e estruturais.
Na comunicação social regional tem-se dado também atenção à saída de Desidério Silva, que saiu da presidência da Câmara de Albufeira para a Entidade Regional de Turismo do Algarve, em condições salariais semelhantes às de Isabel Soares. Em comum, nota ainda a imprensa, destaca-se o facto de serem ambos autarcas do PSD que não podiam voltar a recandidatar-se e que deixam atrás de si autarquias com sérios problemas financeiros.
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