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Blog de discussão política do concelho de Silves. - "Porque um concelho que exige mais dos seus políticos, tem melhores políticas e é um melhor concelho."
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mais um profeta da desgraça
Para Marinho Pinto chegar a uns 15% não precisará ...
Fico satisfeito por ver que o rapaz ainda está viv...
O que eu gostei mais da entrevista foi de saber a ...
Levo tantos anos a escrever neste jornal e é precisamente num curto período de ausência que tudo acontece neste concelho! Não é justo. Se tivesse a mania das grandezas era “gajo” para dizer que estiveram a ver se me distraia para “fazê-las”.
E passo a enumerar: 1. O PS escolhe Fernando Serpa como candidato à Câmara Municipal de Silves. 2. Isabel Soares cede o seu lugar na presidência a Rogério Pinto. 3. Isabel Soares assume um cargo na Administração das Águas do Algarve. 4. Após indecisão política local, Silves vê extintas 2 das suas 8 freguesias. Uma canseira… só faltou venderem o Castelo ao Grupo Pestana!
Sobre o ponto primeiro, pouco a dizer. Era esperado, é despropositado, estava cozinhado e tem tudo para dar… errado. O PS não soube ver que era altura de trazer sangue novo, projectos novos, energia… vai dai, apresenta como “alternativa” quem durante 16 anos colaborou com todas as políticas e erros que afundaram o concelho, na esperança que 2 anos a “assobiar para o lado” e a dizer “não tive nada a ver com isto” sejam suficientes para apagar da memória dos silvenses toda a procrastinação passada. Ainda assim os socialistas do concelho têm razões para estar empolgados. O candidato não ajuda, mas o fim de ciclo no PSD local e o, mais que certo, “puxão de orelhas” ao Governo nas próximas autárquicas permitem sonhar.
Sobre o ponto dois… uma desilusão. Senti-me defraudado. Eu sempre esperei uma cerimónia de sucessão digna das melhores “cortes europeias”, com uma semana de festa, a cidade engalanada, acontecimentos culturais, discursos, inaugurações, fogo-de-artifício e um final apoteótico, com Isabel Soares a chorar em cima do palco e o povo em pranto cá em baixo a despedir-se. O que tivemos foi uma diminuta nota na imprensa a dizer que já não tínhamos presidente e um grande Tornado, que devastou a cidade de Silves, a dizer “habemus” presidente… não fosse isso e, estou convencido, muitos silvenses ainda hoje se julgariam “órfãos de cacique”.
E chegamos ao ponto três. As Águas do Algarve, essa Meca do “tacho e do job”, necessitava de “experiência” nos seus quadros administrativos e escolheu Isabel Soares para o cargo. Alguns, seguramente pouco informados, alegam que a nomeação foi consequência da “amizade íntima” entre a ex-presidente e o “Sr” Miguel Relvas, com o objectivo de… premiar a lealdade (diz que o preço da lealdade está a 4.500 euros por mês e um BMW…) e ao mesmo tempo abrir caminho a Rogério Pinto, para assim ganhar vantagem na corrida autárquica de 2013. Eu, como não sou “anjinho”, vou mais pela da “experiência” (não tarda ainda dizem que foi Relvas quem “encomendou” o Tornado), e quem me dera ter a experiência para levar avante um dos meus projectos: a “Ar de Portugal”, uma empresa que venderia ar aos portugueses. A coisa era simples: mediam-se as caixas torácicas de cada cidadão, calculavam-se os m3 que consumia (se praticasse desporto levava com um agravamento do preço e se fumasse levava com uma taxa de poluição) e mandava-se a factura todos os meses. Se não pagasse… cortava-se o ar! Como é óbvio o Estado pagaria toda a logística e depois entregava-me a dura tarefa de cobrar os dividendos. Fica a ideia, até porque daqui a 12 anos há-de ser necessário “alojar” mais uma “carrada” de presidentes de câmara e eu estou disponível para os receber se me derem a concessão.
E finalmente o ponto quarto. Quem mora na Aldeia Ruiva, “bairro” que fica numa das extremidades da vila de Messines, e se quer deslocar à Junta de Freguesia local terá que percorrer uma distância superior àquela que separa a Junta de Freguesia de Pêra da de Alcantarilha… talvez por isso o Governo tenha optado por agregá-las numa só, tal como Algoz e Tunes. Como é evidente todos somos a favor de poupar na despesa do Estado… desde que não nos toque essa poupança. É claro que a Junta faz falta, mas a verdade é que faz mais falta a uns do que a outros e é preciso tomar opções. Com medo de se queimarem as forças políticas do concelho votaram em bloco sob o lema: “Manter tudo na mesma”… e esperar resultados diferentes! A coragem, a visão e a estratégia no seu expoente máximo… e aplicada por igual por PS, PSD e CDU.
Quando foi criado o actual mapa autárquico, e já tem mais de 100 anos, as pessoas deslocavam-se de burro, comunicavam por carta (as poucas que sabiam escrever) e necessitavam como do pão para a boca da proximidade de uma entidade como a Junta de Freguesia. Hoje a maioria das Juntas pouco mais faz do que gerir o cemitério e alimentar os egos políticos de malta na pré-reforma. Com a facilidade de transporte, com as ferramentas de comunicação existentes, com cada vez mais serviços disponíveis através da Internet ou do telefone há muitas Juntas que se assemelham demasiado com um “brinquedo” muito caro que funciona com “pilhas” também elas muito caras. E digo caro não só pelo que custam directamente, mas sobretudo pelos custos indirectos com as questões de, digamos, “igualdade saloia”… um campo de futebol para cada freguesia, um lar de terceira idade para cada freguesia, uma cresce para cada freguesia, uma carrinha nova para cada freguesia… mesmo que não hajam jogadores, velhos, crianças ou passageiros em quantidade suficiente. Igualdade é igualdade e se “Monte Abaixo” tem, “Monte Acima” também tem que ter.
PS. Quero prestar a minha homenagem ao grande messinense e colaborador deste jornal Silvério Martins, que nos deixou recentemente. Deixa saudades pela amizade com que sempre me tratou, pelo muito que me ensinou e pelo exemplo que foi. Um grande abraço ao Francisco, o seu filho.
In: Terra Ruiva - Janeiro de 2013
Depois de destruído o aparelho produtivo, depois de colocar de joelhos as pequenas e médias empresas, depois de fechar milhares de pequenos negócios e colocar muitos mais milhares no desemprego o Governo chega à conclusão de que “é necessário” despedir funcionários públicos? Brilhante, já valeu a pena o dinheiro que o erário público investiu na educação do sr Gaspar e do sr Coelho.
Há muitos anos que vários especialistas dizem que temos funcionários a mais no Estado. Se, em 2008, quando a crise começou, Sócrates tivesse tido os “tomates” de o assumir, tudo seria diferente. Já mais tarde, em 2011, “Gaspassos” deveria ter começado por ai as urgentes reformas para salvar o país. Se o tivesse feito teria sido mais contestado nessa altura mas teria forças para atacar o monstro e com essa medida pouparia muitos milhares de postos de trabalho no privado.
Em vez disso matou-se o privado para salvar o público e agora, com o privado morto é inevitável matar o público. Está lá tudo, nos livrinhos de Keynes. Livros esses que Seguro, essa “nódoa” que é apenas e só o político português mais preso ao podre sistema partidário, também não leu… diz ele que não despede, que não destrói o Estado Social, mas também não pode “prometer que baixa impostos”! Como é evidente, se não despede tem que subi-los!!!
Nos municípios portugueses o cenário é o mesmo, mas com uns meses de atraso… durante anos pagou-se lealdade com emprego, amizade com carreira, favor com ordenado e hoje é o que está à vista. Para não dar tanto nas vistas a câmara A contrata os amigos da câmara B e umas tantas empresas municipais tratam do resto. Tal qual mexilhões continuam agarrados à “rocha” com todas as forças que têm, mesmo quando as evidências e o bom senso mandariam que já tivessem na mão a “guia de marcha”.
Para mim não é importante que Silves seja um concelho fantástico para se vir ver. Para mim é muito mais importante que seja um concelho fantástico para se viver. Já aqui escrevi que isso passa por retirar privilégios “boys e girls” do sistema, passa por investir no concelho, criar valor e potenciar vantagens inegáveis a quem queira cá montar a sua empresa ou morar. Existem dezenas de grandes ideias para tornar este concelho naquilo que os silvenses merecem, mas todas elas estão fora dos programas copy/paste das principais forças políticas. Por isso mesmo, eu e um grupo de silvenses preocupados com o futuro deste concelho, temos feito esforços no sentido de dar aos cidadãos, já nas eleições de Outubro, uma alternativa de confiança. Já falta pouco!!
Há uns que andam cá para servir as populações, colocando sempre o seu interesse próprio depois do interesse das populações e do concelho... há outros que esperam a sua vez de se servir, colocando o seu interesse primeiro, o interesse do seu partido depois e uma reforma sossegada numa das empresas parasitárias em terceiro lugar. Só é pena que a memória das pessoas seja curta e que a mentira nunca tenha consequências.
A rocambolesca história da praia privada em Armação de Pêra voltou a dar tempo de antena a Rogério Pinto, em menos de 3 meses teve mais tempo de antena na televisão e nos jornais do que Isabel Soares em alguns dos seus mandatos inteiros (nos anos em que não havia fogos nem cheias), e promete vir a dar ainda mais no futuro. A opinião geral é de que o homem se saiu bem no difícil teste do Tornado. Parece pois que para a oposição as “favas contadas” afinal não o serão…
Não tarda começam as sondagens internas dos partidos, que infelizmente nunca chegaremos a conhecer. Por isso há que ler os sinais e estar atento. Se o meu instinto está correcto falta pouco para esse “cata-ventos político”, que dá pelo nome de Artur Linha, avançar para uma “remodelação” parcial do “corpo redactorial” no seu pasquim. Aguardemos…
Silvério Martins merece a minha homenagem neste espaço. Durante anos foi colaborador do Terra Ruiva. Um bom homem, generoso, alegre e sempre pronto a partilhar. Deixa saudades a todos os messinenses. Deixou-nos no início do ano e ficam as saudades. Que descanse em paz.
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