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Blog de discussão política do concelho de Silves. - "Porque um concelho que exige mais dos seus políticos, tem melhores políticas e é um melhor concelho."
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mais um profeta da desgraça
Para Marinho Pinto chegar a uns 15% não precisará ...
Fico satisfeito por ver que o rapaz ainda está viv...
O que eu gostei mais da entrevista foi de saber a ...
Uma vez que o este mês o meu texto não chegou a tempo à redacção do Terra Ruiva, aqui vos deixo a crónica e o cartoon:
Começo por fazer uma declaração de interesses: pertenço ao grupo de fundadores do MMS – Movimento Mais Silves. Não quero que me acusem de ser como a “outra senhora”, que desempenhava à vez, e consoante melhor lhe convinha, o papel de candidata e de Delegada de Saúde. Não será novidade para muitos, mas faço questão de deixar claro para todos.
Pressupondo-se que um artigo de opinião deve reflectir a opinião de quem o escreve, coisa que não é tão redundante assim (nos tempos que correm há quem escreva artigos de opinião que reflectem a opinião de quem paga), parece-me meu dever explicar porque considero este Movimento um importante passo na mudança que tarda em chegar ao nosso concelho. Começando justamente por dizer que a minha envolvência neste projecto se deve à falta de alternativas, ou, sendo mais directo, às fracas alternativas que se vislumbram para Silves.
Estamos a 6 meses das autárquicas. Estamos a 6 meses de ter que escolher entre os “gémeos” que PSD e PS apresentarão a eleições. E digo gémeos porque, tal como os bebés, tiveram a mesma “mãe política” e “alimentaram-se da mesma tetina”, embora um seja destro e outro alegue ser “canhoto”. Aos meus olhos, estes dois, representam claramente aquilo que não convêm a Silves. Um será a “garantia” da protecção de interesses instalados, o outro a “garantia” da transferência desses interesses sem nenhuma vantagem evidente para a comunidade. Os dois serão claramente candidatos por razões que nada têm a ver com Silves, mas antes com a sua ambição política e, quiçá, com o sonho de administrar uma empresa pública… ou “privada em regime de monopólio”.
Algo vai mal na lógica partidária quando a convicção na vitória de um candidato parte de pressupostos como a “visibilidade e protagonismo” que uma catástrofe natural lhe trouxe; ou como a penalização eleitoral esperada para o candidato adversário, que representa o partido do Governo. Algo vai mal na lógica partidária quando um candidato é escolhido por uma só pessoa e o outro se escolhe a si próprio. Algo vai mal na lógica partidária quando, ao abrigo do código protocolar interno, os seus militantes apoiam com o mesmo entusiasmo e convicção um “Sá Carneiro” ou o “Pato Donald”, sem questionar, sem raciocinar.
José Miguel Júdice fez as contas e disse há tempos que “o número de militantes que elege os representantes sujeitos a sufrágio é praticamente igual ao número de eleitos em eleições autárquicas pelos partidos”, coisa que diz muito sobre o sistema político que temos. Fazer parte de um partido garante um cargo político, por mais modesto que seja, mas nem assim as pessoas parecem estar dispostas a filiar-se e a debater política. Pelo contrário, o alheamento é cada vez maior, a confiança nos partidos é cada vez menor e eu, enquanto cidadão, não fujo à regra. Não é aceitável colocar o ónus desta situação nas pessoas, se a política não as consegue atrair a falha tem que ser dos políticos.
Pessoalmente não acredito que a ideologia política vencedora numa autarquia tenha relação com o modelo de desenvolvimento que será seguido. O modelo a seguir é definido pelo projecto que se candidata a eleições. Não compete a uma autarquia legislar, supervisionar ou fazer cumprir orientações e leis. Compete-lhe sim gerir o território e os recursos da forma mais eficiente e a prova disso é que duas autarquias geridas há 16 anos pelos mesmos partidos, como são Silves e as Caldas da Rainha, estão nos antípodas da eficiência autárquica.
Faltará falar do papel da CDU e do BE no processo eleitoral que se aproxima. A primeira tem um histórico de responsabilidade e gestão acertada neste concelho, mas continua a faltar-lhe, na minha opinião, o pragmatismo necessário para poder ser encarada como uma forte alternativa. O segundo não tem capital humano nem força para poder ser sequer essa alternativa. A entrada do MMS neste cenário terá o mérito de transformar a tradicional luta a 2 numa mais acesa luta a 4, onde se incluirá a CDU, com evidentes vantagens para todos os silvenses. Só por isso o MMS já merece o meu apoio.
Tenho sempre alguma dificuldade em “engolir” uma certa esquerda… aquela esquerda que se esgota na ideologia, sem pingo de realidade, e que muitas vezes me parece mais falsa do que a religião. Respeito as pessoas, até gosto de muitas delas e da sua nobreza de espírito… mas era bom que parassem para pensar a ver se chegam à conclusão lógica: se querem ser levados a sério, têm que começar a falar de coisas que façam sentido.
Eu dou-vos um exemplo: Dizia-me “fulano”, há tempos, que “era inaceitável a CMS ter dobrado o número de funcionários durante os mandatos de Isabel Soares, que – palavras do fulano – enquanto o orçamento fosse canalizado para custos com pessoal o concelho não haveria de avançar”. Concordando com tudo o que dissera, sugeri que seria acertado dispensar aquelas pessoas que estão na CMS por razões que a própria razão desconhece… a conversa prosseguiu…
Dias depois, uma terceira pessoa disse-me que “fulano” estava indignadíssimo comigo e colocaria em causa todo o movimento cívico de que faço parte porque “não pactuaria com políticas de direita que visam destruir emprego.” Ora m****!!! Como querem ser levados a sério assim?!
Estive hoje à tarde em Portimão, na Manifestação do Movimento “Que se Lixe a Troika” e senti que desta vez o ambiente foi diferente. Comparada com a anterior, a 15 de Setembro, esta seguramente envolveu mais gente, facto bem visível no Algarve… mas sentia-se no ar uma “politização” desconfortável.
Talvez pelo aproximar das autárquicas, talvez porque seja cada vez mais evidente a fragilidade deste Governo, talvez porque a alguns já “cheire” a poder… o certo é que alguns “figurões” da política local “prestaram-se” a ir para junto do povo clamar por mudança. No fundo eram “perus numa manifestação contra o fim do Natal”.
O balanço é no entanto positivo. Sente-se que os portugueses estão a perder o medo, sente-se que grandes mudanças espreitam… sente-se que cada manifestação que passa é mais um passo em direcção a um novo paradigma.
Não conheço a autora da carta, mas concordo plenamente com ela. A mim as caravanas sem controlo incomodam-me, tal como a discriminação de que qualquer silvense seria alvo se quisesse fazer coisa parecida. Para mim o concelho deve ser óptimo para quem lá vive antes de ser bom para quem o visita. Texto original publicado no Jornal O Barlavento.
«Parques de caravanas gratuito em Silves (só para estrangeiros) ou bairro da lata de luxo» | ||
Carta ao diretor Exmos Senhores Agora que a cidade de Silves ficou famosa pela célebre visita de um tornado, cujo abençoado vento trouxe uns milhões de euros à Câmara, como uma lufada de ar fresco num tórrido dia de Sol do nosso Verão algarvio, quando tiverem tempo, visitem os Parques de Caravanas de Silves, porque vale realmente a pena. TEMAS: Cartas ao diretor Um deles até apareceu na televisão (não sei em que canal porque raramente vejo Tv), via-se uma caravana muito mal tratada pelo vento e um estrangeiro com uma ligadura na cabeça a queixar-se da sua desventura. Coitado! |
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