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Aqui ficam os resultados finais das Autárquicas 2013 no concelho de Silves. Problemas no apuramento da freguesia de Messines ditaram que tivessemos que esperar pelos resultados oficiais até ao meio-dia de hoje (ao que parece desapareceram alguns votos).

 

Eleição para a Câmara Municipal:

 

Eleição para a Assembleia Municipal:

 

Eleição para a Assembleia de Freguesia de Messines

 

 

Eleição para a Assembleia de Freguesia de São Marcos da Serra

 

Eleição para a Assembleia de Freguesia de Silves

 

Eleição para a Assembleia de Freguesia de Armação de Pêra

 

Eleição para a Assembleia da União de Freguesias Algoz / Tunes

 

Eleição para a Assembleia da União de Freguesias Alcantarilha / Pêra

E já que falamos de números, queria agradecer aos mais de 3.000 visitantes e 9.000 vizualizações que o Penedo Grande teve ontem. Um recorde absoluto. Numa noite em que todos reclamam vitória, o Penedo Grande reclama também os seus louros... é que a sondagem para a CM Silves que fizemos aqui no blog (e que contou com uma amostra bastante grande, quase 500 votantes únicos) foi perfeita!
Falhas no candidato vencedor apenas na AM de Silves e na JF Silves. Obrigado aos votantes.

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Já é oficial: Rosa Palma é a nova Presidente da CM Silves. A CDU foi a grande vencedora da noite no nosso concelho.

Os meus parabéns à Dra Rosa Palma e a toda a sua equipa. Regozija-me saber que o meu concelho teve a capacidade de escolher a equipa certa para conduzir o concelho nos próximos 4 anos. Estou certo que a seriedade, a honestidade e a vontade de trabalhar da nova Presidente ajudarão a tirar este concelho do marasmo. Muitos parabéns também aos presidentes eleitos nas duas freguesias da minha vida, João Carlos Correia em Messines e Luís Cabrita em São Marcos da Serra. 

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Em contagem...

29.09.13

20:52-

Ainda em contagem, todos os dados apontam para uma vitória confortável da CDU e de Rosa Palma.

Vitória do PSD em São Marcos da Serra, onde a CDU ganhou para a Câmara Municipal.

 

21:13 -

Ganharam as juntas:

Silves -CDU

Messines - CDU

São Marcos da Serra -PSD

Armação de Pêra - PSD

Tunes/Algoz - PSD

Pêra/Alcantrilha - PS

 

21:18 -

PSD ganha CM Albufeira

PS ganha CM Loulé

PS ganha CM Lagoa

 

21:40 -

CDU ganha CM Silves

 

21:57 - 

CDU em primeiro, PSD em segundo, PS em terceiro e BE em quarto na eleição para a CM Silves. Rosa Palma é a nova Presidente da CM Silves.

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Quero deixar-vos aqui uma história que escrevi especialmente para este dia. Espero que gostem.


Aos primeiros raios de sol o chefe Mubanga mandou chamar os seus três filhos para uma conversa importante. Uma decisão que haveria de mudar para sempre a vida em Kuzaka, a pequena aldeia verdejante, à beira de um pequeno e estável rio, perdida nos confins de África. Noutro qualquer lugar da terra Mubanga seria um grande estadista. A sua curiosidade em relação ao mundo exterior trouxe para Kuzaka muitas inovações, não sem que antes fossem devidamente ponderadas e discutidas entre o conselho dos sábios, para garantir que o equilíbrio e a harmonia seriam preservados.

Eram, em centenas de quilómetros, a única aldeia onde as crianças iam à escola. Eram também a única aldeia que produzia os seus próprios alimentos. Agora preparavam-se para ser a primeira aldeia a eleger o seu chefe. Mubanga estudara com atenção essa coisa moderna da democracia. Estava até disposto a aplicá-la tal e qual como os gregos a criaram, mas os sábios acharam que o povo não entenderia. O chefe, e os filhos do chefe, eram criaturas de Deus, sem eles no comando as desgraças e a insegurança iriam abater-se sobre a aldeia. Por isso, chegada a hora de nomear um sucessor, chamou os 3 filhos: Razuba, Kalenko e Maluto. Explicou-lhes o que iria acontecer.

Tinham até ao cair do sol para falar com todos os habitantes da aldeia e demonstrar-lhes porque deveriam elegê-los “Chefe de Kuzaka”. Na manhã seguinte todos os habitantes depositariam, em segredo, uma pedra branca, confiada a cada cidadão por Mubanga em pessoa, num dos 3 caixotes que simbolizavam cada um dos candidatos. Quem tivesse mais pedras seria o próximo chefe da aldeia.

A ideia não agradou muito a Maluto. Ele era o mais velho, era também aquele que já ajudava o pai na governação da aldeia e ambicionava ser o próximo chefe. Acabou por aceitar, porque sabia que na sua tribo o chefe era sempre escolhido, por outro chefe e pelos sábios, de entre os herdeiros directos, sem restrições. Razuba, a única filha, aceitou a ideia e quis antes saber o que esperava o pai dela. Como não pensara vir a ser um líder, nunca tinha pensado verdadeiramente nas funções de um. Já Kalenko, o mais novo, que sempre ambicionara ser o chefe, nem esperou que a conversa acabasse e correu para a rua em busca de pessoas.

A eleição era livre. Todos podiam votar. Desde crianças, que já falassem, até aos sábios e aos próprios Maluto, Razuba e Kalenko. A aldeia tinha pouco mais de 100 pessoas, assim divididas: - Cerca de 15 eram sábios. Os mais velhos da aldeia. Já não trabalhavam. Passavam o dia sentados à beira do rio a debater o futuro da aldeia e a resolver os conflitos entre os habitantes. Para eles o mais importante era o sossego e a calma do rio, calma essa que era interrompida pelas crianças mal acabava a escola e pelos adultos que pescavam pela manhã.

- Cerca de 70 eram homens e mulheres adultos. Eles pescavam no rio, caçavam e manufacturavam os objectos de que a comunidade necessitava. Elas cultivavam os campos e tratavam das casas enquanto os filhos estavam na escola. Para eles a escola tinha sido algo verdadeiramente importante, porque as crianças sem nada para fazer afugentavam o peixe e a caça ao mesmo tempo que ocupavam as mães.

- Cerca de 25 eram crianças. Passavam grande parte do dia na escola, coisa que não lhes agradava muito. Preferiam não ter nada para fazer e correr pela floresta ou banhar-se no rio.

Maluto pensou que se conquistasse os 70 adultos ganharia facilmente. Foi isso que fez. Concentrou-se neles e garantiu-lhes que, com ele como chefe, a escola das crianças iria continuar. Sugeriu até criar algumas actividades para manter as crianças ocupadas mais tempo. Lembrou ainda que os sábios eram muito importantes e por isso quando lá chegassem teriam que ter melhores condições e conforto. Assim levou o dia.

Razuba quis falar com todos. Explicou às crianças que manteria a escola, mesmo contra a vontade deles, porque seria importante no futuro e porque toda a aldeia beneficiava disso. Explicou aos adultos que teriam que se organizar porque as crianças precisavam de brincar, explorar e aprender na floresta e no rio aquilo que não se aprende na escola. Explicou depois aos sábios que o rio era de todos, seria por isso bom que permitissem às crianças que para lá fossem, sugerindo que encontrassem um outro local para as conversas da tarde. Assim levou o dia.

Kalenko também falou com todos. Prometeu às crianças que acabaria com a escola no dia seguinte a ser nomeado chefe. Depois falou com os adultos e disse-lhes que arranjaria forma de a escola das crianças começar ao nascer do sol e só acabar quando este se pusesse. Por último explicou aos sábios que pretendia proibir todos os outros de ir ao rio, para que pudessem, com toda a tranquilidade, passar o seu tempo. Assim levou o dia.

Quando o sol se pôs os 3 irmãos foram ter com o seu pai. Todos tinham gostado da experiência. Maluto e Kalenko estavam confiantes na vitória. Durante todo o dia apenas ouviram apoios e viram sorrisos. Já Razuba estava algo preocupada. Muitas pessoas tinham ficado com cara de poucos amigos perante a sua intransigência em ceder. Despediram-se e foram dormir, ansiosos pela manhã seguinte.

Quando o sol nasceu toda a aldeia se dirigiu para o rio. Malunga explicou o processo e pediu a todos para olharem, em silêncio, antes de votar, para os seus familiares directos. Pais olharam para filhos, mulheres para maridos, avôs para netos… durante largos minutos. Depois Malunga deu, à vez, uma pedra branca a cada cidadão, que se dirigia à aldeia e a depositava no caixote do seu eleito, colocada à porta da casa de cada um. Durante toda a manhã votou-se em Kuzaka. À tarde os caixotes foram transportados para o rio onde os sábios contaram os votos. Aqui fica a votação do sábio povo de Kuzaka:

- Malunga – 29 votos

- Razuba – 88 votos

- Kalenko – 1 voto

Amanhã, se não puderem olhar para os vossos familiares directos, pensem neles antes de votar. Não se trata de decidir o futuro de cada um, trata-se de decidir o futuro de todos.

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Fecha hoje a “Sondagem do Penedo”. Aqui ficam os resultados obtidos através da votação dos internautas que visitam o blog. O meu muito obrigado a todos os que participaram nesta votação, independentemente de concordarem ou não comigo.

Bem sei que esta sondagem não terá muito que ver com os resultados finais. Mas também sei que, dos 3 grandes candidatos, ninguém está convicto da vitória. A democracia não é um sistema prefeito… “em democracia quem lê os jornais tem o mesmo número de votos de quem limpa o rabo com eles”. Dia 29 muitas variáveis estarão em jogo:

- Castigará o povo o (des)governo?

- Castigará o povo o bloco central?

- Aumentará a abstenção?

- O voto em branco será massivo?

Em boa verdade sobre estes temas apenas podemos especular. Em tempos normais, perante estas circunstâncias, o PS, de Fernando Serpa, ganharia sem qualquer margem para dúvidas. No entanto essa hipótese é, no quadro actual, apenas a que reúne maior probabilidade.

Na minha opinião Armação de Pêra vai decidir estas eleições. Se Rosa Palma conseguir ter valores recorde por lá, será a próxima Presidente de Câmara. À primeira vista Paulo Vieira parece ser um bom trunfo do PS, por certo terá uma excelente votação e poderá almejar a ser o próximo presidente de junta, levando por arrasto muitos votos para Fernando Serpa. Rogério Pinto terá um duro teste em Armação, parece-me que os mosquitos, o lixo e as praias interditas estão demasiado presentes na memória dos armaceneses. Somando uma derrota, ou uma “vitória de Pirro” em Armação, com as mais que certas derrotas em Silves (PS) e Messines (CDU), Rogério Pinto está, na minha opinião, fora da corrida.

Além de ter sido quem primeiro começou a campanha, quem mais gastou na campanha e quem teve maior apoio das cúpulas do Partido, o candidato do PS soube escolher bons candidatos (Fátima Matos, Luís Coelho, José Vítor Lourenço, João José, Paulo Vieira, Ricardo Guerreiro)… na mesma medida em que Rogério Pinto arriscou soluções pouco ortodoxas (Anabela Lourenço, Ricardo Pinto, Luís Reis). Já a CDU, que tem o meu voto e simpatia, apresenta uma grande lista à Câmara Municipal e à Assembleia de Freguesia de Messines, mas deixa muito a desejar noutras freguesias, arriscando perder Silves e baixar consideravelmente a representação na Assembleia Municipal.

Surpresa, ou talvés não, foi o BE. Fez uma campanha original, revigorante e fiel às suas origens. Apesar de não ser, na minha opinião, uma hipótese para vencer as eleições, passará por eles a decisão final... e mais importante do que isso, estão lançadas as bases para outros voos nas próximas "campanhas" eleitorais em Silves.

Foram várias semanas de pré-campanha e de campanha eleitoral. Foram inúmeras as informações e contra-informações a circular. Os candidatos bateram-se bem. Todos. Independentemente das intenções, todos apresentaram uma estratégia. Houve momentos tristes, houve momentos de humor, houve momentos de tensão… mas há vida depois das autárquicas. Daqui a algumas semanas, passadas as azias e azedumes da derrota, as coisas voltarão ao normal.

Amanhã é dia de reflexão. É isso que devemos fazer. As palavras que Joel Belchior, o actual líder da JS Silves, partilhou com os seus seguidores no Facebook merecem ser aqui repercutidas:

“CONFIANÇA NA MUDANÇA porque AGORA SILVES, DA SERRA AO MAR será um melhor concelho. Queremos MAIS SILVES, SEMPRE O MAIS POSSÍVEL onde se esteja a TRABALHAR SEMPRE para o progresso deste concelho. E isto só se consegue com o teu voto.

Portanto, dia 29 vai votar!”

Para rematar, e antes do comentário de Domingo, apenas dizer que assumo tudo o que aqui escrevi. Não gosto de quem não gosto, pelas razões que invoco para não gostar. Se estivesse calado era mais um, mas como falo arrisco-me a ser um alvo fácil. A minha primeira professora de jornalismo ensinou-me uma vez uma frase de Voltaire que me ficou para sempre: “Não concordo com uma palavra do que dizes, mas defenderei até à morte o teu direito de dizê-las.” Por isso sempre aceitei todos os comentários e tive o cuidado de manter a máxima: o meu blog é para quem quiser ver, não irei impor a minha opinião a ninguém. Sou tolerante, mas, por favor, não me mandem calar…

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Última actualização do ranking "Facebook - Autárquicas Silves 2013". A maior subida foi para o PSD, que arrancou mais tarde, seguido da CDU a apenas 1 like de diferença. Se as eleições fossem ganhas aqui a CDU seria a vencedora.

 

Para além dos likes também podemos medir "as pessoas que falam sobre isto"... quer dizer gente que partilha links, faz "gostos" ou comentários. Nesse campo lidera o BE. Os resultados são:
BE - 205
PSD - 138
CDU - 136
PS - 107
Sobre as páginas de Facebook ainda podemos registar que:
- Para o BE a maioria dos "Likes" vem da cidade de Silves, de pessoas entre 25 e 44 anos. A semana com maior visibilidade da página foi a de 15 de Setembro
- Para a CDU a maioria dos "Likes" vem da vila de Messines, de pessoas entre os 25 e os 44 anos. A semana com maior visibilidade foi a de 11 de Agosto.
- Para o PS a maioria dos "Likes" vem da cidade de Silves, de pessoas entre os 35 e os 44 anos. A semana com maior visibilidade foi a de 8 de Setembro.
- Para o PSD a maioria dos "Likes" vem da cidade de SIlves, de pessoas entre os 35 e os 44 anos. A semana com maior visibilidade foi a de 28 de Julho.
Vale o que vale, mas podemos ver por aqui (o facebook tem as coisas segmentadas assim) que BE e CDU têm na sua base de apoio gente mais jovem.

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Eu já decidi...

24.09.13

A sondagem alegadamente encomendada pelo PS e as entrevistas dos 4 candidatos ao “Terra Ruiva” tem dominado as conversas na blogosfera e na rua.

Sobre a sondagem pouco mais há a dizer. Pedi à Eurosondagem que me confirmasse a autoria da sondagem e os resultados… não obtive ainda qualquer resposta oficial. Coisa que entendo, uma vez que se trata de uma empresa privada que supostamente terá feito um trabalho particular a pedido de um cliente. Parece-me estranho que uma sondagem em Silves tenha, para a mesma margem de erro e confiança, mais 300 entrevistas do que uma outra sondagem, feita pela mesma empresa em Loures, onde a população é mais do dobro.

Concordo com o António Guerreiro quando diz que esta sondagem não encontra “aderência” nas ruas e tenho para mim que andará longe da realidade no dia 29. Evidentemente quero também agradecer ao António Guerreiro o seu comentário que em muito enriqueceu este espaço.

Sobre a entrevista no Terra Ruiva, começar por dizer que foi pena a Paula Bravo não ter optado por entrevistas pessoais e específicas para cada candidato. Compreendo porque sei que com o tempo e os recursos disponíveis tal façanha não se afigura fácil.

Gostei da entrevista do David Marques, nota-se a irreverência e a vontade de fazer. Existem ideias, projectos e uma matriz de esquerda no seu discurso. Destaco a parte de “nacionalizar os terrenos da Galilei”… demonstra coragem e convicções fortes.

 

Gostei da Rosa Palma. O seu pragmatismo e a boa equipa que tem tornam-se evidentes a cada dia que passa. Passa uma mensagem de confiança, de trabalho e de rigor que tanta falta têm feito a este concelho. É bem patente que existe um programa e ideias para todas as freguesias.

Não gostei de Rogério Pinto. Nem comentário me merece. Aquele concelho de que ele fala não existe, a não ser na sua cabeça. É urgente que o PSD passe por uma "cura" de oposição e desintoxique o concelho dos seus boys e girls.

Não gostei de Fernando Serpa porque mente logo na primeira palavra que diz: “ACEITEI ser candidato…”. Só aceita ser candidato quem foi convidado para sê-lo. Seria bom que Fernando Serpa dissesse quem o convidou. Na verdade ele impôs-se candidato, contra a vontade das forças vivas do partido no concelho e no distrito, em nome de um projecto pessoal e de uma agenda oculta e escabrosa. Quanto ao resto, banalidades e conversa para tolos.

Somando a entrevista e a sondagem tomei a minha decisão. A sondagem demonstrou-me claramente que, para não arriscar ter Serpa ou Pinto na liderança, só há um caminho. Sabemos que a CDU vale sempre mais do que as sondagens indicam, mas mesmo assim convém não arriscar. Só me custa pelo David, de quem gostei imenso. Pelo António, que muito prezo. Mas, não posso votar em dois e por isso vou ser prático e pragmático. Mais uma vez vou confiar o meu voto a Rosa Palma e à equipa da CDU. Acredito que possam fazer um bom e honesto trabalho pelo concelho de Silves. Para a Assembleia Municipal o meu voto será em Fátima Matos, com todo o carinho e admiração que ela me merece. Fez uma bela campanha, muito acima de todos os outros.

Há mais de 2 anos que entreguei o meu cartão de militante do PS. Não penso voltar a ser militante de nenhum partido, pelo menos enquanto os partidos continuarem a ser agências de emprego sem projectos, nem ideias, nem consciência comunitária. Sou por isso livre e é nessa qualidade que tomei esta decisão.

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Aqui fica a sondagem divulgada pelo PS e uma pequena análise da mesma, comparada com os resultados de 2009. Deixo o desafio ao António Guerreiro para que comente a sondagem, por certo os leitores do blog agradecem.

 

PS - 31,4%

PSD - 23,9%

CDU - 19,5%

BE - 6,8%

Nulos, Brancos e Não sabe ou Não responde - 18,4%

Se considerarmos o mesmo número de votos brancos ou nulos de 2009 e distribuirmos os indecisos pelos 4 candidatos temos os seguintes resultados projectados:

PS - 35,92% (+ 4,03%)

PSD - 27,34% (- 12,2%)

CDU - 22,30% (+ 3,63%)

BE - 7,7% ( + 1,82%)

 

Em termos de votantes, partindo da mesma abstenção de 2009, isto queria dizer que:

PS - 6.142 votos e 3 mandatos

PSD - 4.675 votos e 2 mandatos

CDU - 3.813 votos e 2 mandatos

BE - 1.330 votos e 0 mandatos

 

Era interessante saber que pergunta foi feita na sondagem, se foi feita uma sondagem também para a Assembleia Municipal (há quem diga que estes números são os números da Assembleia Municipal) e saber a data em que foram feitas as entrevistas. 

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Esta manhã, bem cedo, recebi um telefonema de um amigo a perguntar-me se já tinha visto a carta que andava a circular por Messines. Respondi que não e perguntei que carta era.

Explicou-me que tinha sido distribuída pela vila uma carta onde se atacava, anonimamente, o Dr Fernando Serpa. Disse-me que eram acusações graves e que até já teriam associado o meu nome a essa carta. Como é evidente fiquei preocupado, as cartas anónimas são algo que abomino. Sempre achei que numa carta anónima o conteúdo não importa, o que deve ser analisado são as motivações que levaram o autor a escrevê-la e que razões não lhe permitem assumir a autoria.

Pensei que, das duas uma:

- Ou a carta foi escrita por alguém do núcleo do Dr Serpa, para criar um efeito de “vitimização”… para que possam dizer que existe uma campanha obscura contra eles e quiçá justificar assim um mau resultado.

- Ou a carta foi feita por adversários e isso significa claramente que o Dr. Serpa é um problema que incomoda, justificando uma atitude baixa e típica de quem está desesperado.

Entretanto mais notícias me foram chegando. Primeiro de que, na entrevista à Rádio Algarve FM, o candidato do PS terá dito que tem uma sondagem que lhe dá a vitória nas eleições de dia 29. Como sei que existe uma sondagem e, honestamente, não acredito que seja possível o PSD estar na liderança (como já vi na blogosfera), inclinei-me mais para a segunda opção já aqui referida.

Já depois de almoço chegou-me às mãos a carta (que aqui deixo). Depois de lê-la torna-se claro que a primeira opção está posta de parte. Surge uma nova, a hipótese de se tratar de uma vingança interna por parte de quem gostaria de estar nas listas e não está.

A carta tem várias informações e passagens retiradas de blogs e comentários de blogs, não só do meu. Trata essa informação com uma ligeireza pouco apropriada e entra em questões que não são admissíveis, nem justas. Nomeadamente quando lança sobre o número 2 e a número 3 da lista do Dr. Fernando Serpa acusações cobardes e que, na minha opinião, não passam de calúnias inventadas com o único propósito de denegrir a imagem dessas pessoas.

A propósito disso gostaria de dizer publicamente que considero que o Dr. Fernando Serpa escolheu boas pessoas para as suas listas. Desde as Assembleias de Freguesia, até à sua própria equipa. O facto de estarem na lista de alguém que eu acho mau candidato não faz dessas pessoas más pessoas. Na verdade acredito que apenas umas três ou quatro pessoas que compõem as listas estarão a par dos verdadeiros planos e objectivos que motivam esta candidatura. Até nisso este candidato é igual a Isabel Soares, que nos seus mandatos teve muita gente boa, honesta e séria que a apoiou antes de perceber que o “projecto Soares” era um “projecto familiar”.

As minhas razões para não acreditar no projecto político do Dr Fernando Serpa são claras:

- Se o seu objectivo fosse defender o concelho, e a freguesia de Messines, tinha sido activo e interventivo nos 3 mandatos em que acabou por ser uma oposição “cooperante”. Não existe uma causa, um projecto, uma batalha que tenha travado nos bastidores em nome do concelho e da vila. Apenas e só posições públicas a fazer lembrar o “agarrem-me , senão vou-me a ele”. Ainda hoje comentava que no dia mais intenso dos últimos 20 anos em Messines (dia 27 de Novembro de 2007), quando à porta de Junta se reuniram largas centenas de pessoas para protestar contra a falta de uma rotunda à entrada da vila, o Dr Serpa entrou quando a sessão pública já decorria há mais de uma hora, pediu a palavra de imediato, disse um ror de banalidades e 5 minutos depois saiu da sala de fininho para o quentinho do lar. Não lhe interessava nada daquilo. Foi o Zé Piasca que foi a Faro, que fez cartas e que se mexeu para que hoje tivéssemos a tal rotunda. Não perdoo este tipo de gente.

- Se o seu objectivo fosse defender o PS teria ido a votos mais cedo, em vez de “empurrar” Lisete Romão para a frente. O problema é que a situação de vereador era-lhe cómoda e nunca acreditou que fosse possível ganhar a Isabel Soares. Se tivesse a intenção de servir o PS tenho a certeza que teria contado com o apoio de todos na altura certa. Outra coisa que não perdoo.

- Viabilizar em troca de coisa nenhuma aumentos de impostos, pagamentos a sociedades de advogados, empreendimentos obscuros e muitos outros “fretes” são, também, imperdoáveis e inesquecíveis.

- Querer apropriar-se do papel de “denunciador” do caso Viga d’Ouro, quando todos sabemos que o ex-vereador Manuel Ramos foi o único que teve coragem de divulgar um assunto que passou por várias vezes nas “barbas do Dr Serpa” sem que nada fosse dito… é inaceitável.

- Escrever, como colaborador, na Voz de Silves depois do que a Voz de Silves fez por Isabel Soares e contra o PS é inaceitável para todos os que têm memória. Tornar-se distribuidor daquele “vómito de jornal” em plena campanha é algo inacreditável. As pessoas não são parvas e esse foi o seu maior tiro no pé. Todos conhecemos o jornalismo que o director daquele jornal pratica e, é evidente, que para tal “frete” o preço a pagar será elevado.

- Politicamente (não me interessa a dimensão profissional e pessoal do homem), o Dr Fernando Serpa personifica tudo aquilo que eu abomino na classe política: tenta agradar a toda a gente e isso torna-o demagogo; tem uma agenda bem definida mas oculta e isso torna-o dissimulado; tem como prioridade dar nas vistas e isso torna-o oportunista; promete aquilo que não pode cumprir e isso torna-o falso;

Resumindo, quero deixar claro que não escrevi nem compactuei com essa carta, apesar de reconhecer que, involuntariamente, posso ter contribuído para ela. Isto porque muito do lá está escrito provém certamente de conteúdos que aparecem neste blog (chamou-me à atenção o termo "pochette" que usei recentemente), especialmente nos comentários que aqui, ao contrário doutros blogs, são livres. Na minha opinião esta carta é o indicador de que a candidatura do PS está bem posicionada para vencer as eleições. Se isso acontecer eu continuarei a assinar aquilo que escrevo e continuarei a discordar com aquilo que tiver que discordar. Se me enganar, serei o primeiro a retratar-me publicamente… mas nunca o farei anonimamente nem imporei a minha opinião a quem não a quer, razão pela qual tenho um blog e não uma newsletter ou um jornal. 


Aqui fica a carta, frente e verso:

 

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