Se à coisa que eu gosto de fazer é ler. Sou daquele tipo de “gajo” que não consegue almoçar ou beber café sozinho sem ter em frente um jornal, uma revista, um folheto… qualquer coisa que se leia. Quando estou sentado na sanita é sagrada a presença de material literário… bem sei que os “especialistas” não recomendam, mas é o vicio e há vícios bem piores. Para mim férias sempre foram sinónimos de leitura… deitado na praia, na piscina ou na varanda, tanto faz… o importante é que lá esteja o “livrito”. O recorde foi em 2004: em 10 dias de férias “papei” 7 livros de peso.

Este ano porém as coisas foram diferentes… um filho com 17 meses e literatura definitivamente não combinam. Já me tinham dito mas só agora me dei conta. Aproveitei as 2 horitas de sesta – que ele nos concedeu - por dia para ler as revistas que levei de Portugal e, fora isso, apenas houve tempo e disposição para ler o “Primeiro as Senhoras” do Mário Zambujal (levado de propósito para as horas em que me apetece rir um bocado). Gosto de Mário Zambujal. Fala a minha “língua”(e não me refiro ao português). Tal como gosto dos “Miguéis” (o Esteves Cardoso e o Sousa Tavares), do Boaventura Sousa Santos, do Edgar Morin… etc… Para mim é essencial que o que leio se torne claro. Os restos das minhas férias foram passadas a “curtir” o meu filho e a minha “mulher”. E foi óptimo.