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"Messines está plantada num vale lindíssimo e nas mãos de gente competente podia ser uma das mais belas terras do Algarve. Não temos líderes capazes nem munícipes exigentes o suficiente."

Inquérito do Penedo, IP: 7.***.***.89

 

Pego nesta frase, que foi deixada no inquérito, para fazer mais um post sublinhando que a falta de exigência é a grande pecha deste concelho. Essa falta de exigência leva a que muita gente medíocre continue envolvida, ou demasiado próxima dos centros de decisão, contribuindo assim para decisões medíocres, obras medíocres, vilas e aldeias medíocres.
 
Deixo-vos aqui alguns exemplos:
 
 
Este é o novo “terminal rodoviário” de São Bartolomeu de Messines, onde todos os dias pela manhã dezenas de pessoas esperam pelo autocarro que as levará aos seus empregos em Albufeira (empregos é coisa que em Messines não há, se calhar por causa do Sócrates), onde todos os dias pela tarde dezenas de miúdos esperam pelos autocarros que os levarão a casa e onde todos os dias dezenas de outras pessoas passam no decurso das suas vidas e necessidades. Como podem reparar o “terminal rodoviário” de uma vila com mais de 3.000 habitantes é “igual” à paragem rodoviária de qualquer “lugarejo” onde, de quinze em quinze dias, um "gato-pingado" espera pelo autocarro. Caberão ali, num dia de chuva, umas 5 a 6 pessoas. Isto é respeito pelos munícipes?!
 
 
Nesta outra foto podemos ver os “acabamentos” do Jardim Municipal. A própria divisão entre o espaço de diversão dos mais novos e o restante “jardim” (entre aspas, claro está) está repleta de quinas pontiagudas e arestas cortantes à espera que algum miúdo vá parar ao hospital por, simplesmente, ser miúdo e fazer o que os miúdos fazem… saltar, pular, correr e cair. Isto é respeito pelos munícipes?!
 

Este toldo “nojento” e “roto” foi anunciado, na altura da sua colocação, como um investimento nos mais velhos, mas mesmo que o toldo ainda estivesse novo e fosse muito bonito o local é vergonhoso. Trata-se do cruzamento mais movimentado da vila, uma zona sem passeio e sem qualquer acesso digno… Este espaço é a recomendação da Câmara Municipal para o “ajuntamento” dos mais velhos. Já ali aconteceram vários acidentes rodoviários, felizmente ainda nenhum causou danos de maior.

 

Nesta última foto (de hoje, porque muitas mais existem que demonstram a incompetência deste executivo) podemos constatar aquele que é, quanto a mim, o mais grave problema da vila de Messines: a escola e o estádio municipal constituem um “tampão” que não deixa a “Messines do comércio” comunicar com a “Messines dos serviços”. Um idoso que queira deslocar-se da Praça à Junta de Freguesia vê os cerca de 200 mts que separam os dois espaços transformados numa escolha muito difícil. Ou opta por fazer o percurso mais curto e vê-se obrigado a atravessar uma azinhaga cheia de armadilhas onde muita gente evita passar, ou é obrigado a circundar a vila fazendo quase 1 km numa estrada de sentido único com passeios estreitos e irregulares. Tudo isto porque (e dai vem grande parte da minha “azia” a Isabel Soares) se decidiu construir, para fins meramente eleitorais e contra a vontade daqueles que se preocupam com a vila. O resultado foi, como já aqui disse, Messines ter 2 pavilhões desportivos a menos de 50 metros um do outro e ter que mandar as suas equipas de Andebol e Futsal jogar a Armação de Pêra ou Albufeira porque nenhum dos pavilhões tem as dimensões oficiais. Isto é respeito pelos munícipes? Não creio...

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6 comentários

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De Paulo Silva a 17.03.2009 às 23:21

Meu caro Joaquim Santos,

Sabe que prezo muito os seus comentários porque, mesmo quando são de discordância, demonstram respeito e civismo. Desta vez porém permito-me discordar veementemente quando diz que a culpa não é do executivo mas sim de quem projectou (já nem vou falar de quem construiu, por razões óbvias). Se há coisa que aprendi nos últimos anos é que o gerente de uma empresa, tal como o presidente de uma câmara, é responsável por tudo o que nela acontece e não pode nunca desculpabilizar-se com as pessoas que comanda.

É aliás essa a grande característica de um líder… proteger os seus seguidores e assumir as consequências que as suas escolhas tiveram. Se a Dra. Isabel Soares escolheu os projectistas, aprovou o projecto e mandou construí-lo a culpa é, evidentemente, dela.

Se me disser que quem projectou descarregou no projecto toda a sua ira para com os messinenses sabendo que o líder se estava “borrifando” para a freguesia!!!! Aí acredito, mas isso não retira a responsabilidade à presidente.

De resto tudo bem.

Um abraço,
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De Joaquim Santos a 18.03.2009 às 17:35

Srº Paulo

Como sabe, visto pertencer ao ramo, quando um arquitecto projecta pretende que a sua ideia seja executada de acordo com o planeado, mesmo que a sua ideia seja criticada por muitos.

Quando o Srº Paulo pretende construir uma casa vai ter com o arquitecto para a desenhar, apenas pode dizer ao pormenores que pretende. O técnico aceita ou não aceita por razões que até pode contrariar a lei.
Mas se o Srº entende violar normas de construção e não respeitar um projecto aprovado a responsabilidade é sua. E sofre as consequências

No caso do Jardim necessitava de saber se:
O projecto respeita as normas de legais?
Se a execução respeita esse projecto?
Se os materiais utilizados são constantes no caderno de encargos ?

Assim conclui-se
O Projecto está mal – responsabilize o arquitecto
A execução não esta de acordo com o projecto – responsabilize o engenheiro da obra.
Se os materiais não são os descritos no caderno de encargos – responsabilize o construtor.

Agora se a escolha do lugar Jardim seria melhor no parque de mercados e não naquele – responsabilize a Srª Presidente e a Câmara.

E para terminar aconselho que devemos responsabilizar os políticos por politicas e não por pormenores técnicos.
Eu critico a Srº Presidente porque politicamente ela não sabe o que quer da zona histórica nem tem ideias para revitalizar a zona.
Os filhos e netos dos meu amigos fugiram daquela zona e as casas desabitadas são cada vez mais. Porque não há politicas para reabilitar e de captação e fixação de população para a zona. Como é o caso da vossa zona mais antiga.


Com os melhores cumprimentos

Joaquim Santos
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De Peixe de Orelha a 18.03.2009 às 23:42

Este Joaquim Santos é grande cromo, de tanto se querer armar em perito assina idiota em tudo o que escreve. Só um idiota acha que o arquitecto faz o que quer. Até se admite que um Tomás Taveira se dê ao luxo de dizer que não aceita um trabalho, mas os outros fazem o que lhes mandam ou apresentam o que sabem e sujeitam-se à decisão de quem manda. É por haver muitos Joaquins Santos que esta merda de país não ata nem desata. Deculpabilizam sempre quem toma as decisões e metem as culpas a quem as tem que cumprir.
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De Joaquim Santos a 24.03.2009 às 20:32

Exº Senhor
Peixe de orelha


Já que o Srº é tão entendido diga a um arquitecto fazer o que quer nomeadamente não respeitar o Decreto-Lei nº 163/2006 e o Decreto-Lei n.º 38 382 com as posteriores alterações nomeadamente a de 2007 e depois era bom que o Srº ajuda-se o seu Arquitecto se perder a carteira profissional, por ele cometer ilegalidades. Agora devia era culpar os seu representantes que aprovaram essas leis.
Pois se houvesse muitos Joaquins Santos é que os políticos tomavam consciência quando verificassem que havia muitos votos em brancos o que significa que há cidadãos que não se identificam nas politicas dos partidos existentes no nosso pais.

Com os melhores cumprimentos
do Cromo
Joaquim Santos

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