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Às vezes fico com a impressão que há quem ache que o Penedo Grande é uma espécie de “sítio oficial” de um qualquer movimento estranho e obscuro com grandes poderes e interesses. É como se o que aqui é escrito tivesse um valor político e social que, manifestamente, não tem nem pretende ter. Volto a recordar que este blog é apenas o meu espaço de opinião e de desabafos… se tivesse segundas intenções seria na certa outro tipo de blog.
Eu confesso que encontro na política semelhanças grandes com o futebol. Na certa não serei o único que em algum momento mau do seu clube “torceu” para que as coisas corressem mal na esperança de que mudanças viessem, de que o treinador vá embora ou de que aquele “avançado tosco” nunca mais saia do banco. Já fiz isso muitas vezes no futebol e já fiz isso algumas vezes na política. São coisas da natureza de cada um que podem ser interpretadas como incoerências mas que na realidade são perfeitamente normais. É fácil manter a coerência quando não se diz nada ou quando não se assina aquilo que se diz…
Vou dar-vos um exemplo que ajudará muitos a entender algumas coisas que digo (e que facilmente pode ser comprovado recorrendo aos arquivos deste blog). Terei para isso que falar no nome do nosso actual presidente da junta, José Vítor Lourenço. Sei que ele não levará a mal porque já lho disse pessoalmente… Acho que o José Vítor não é o presidente de junta que Messines tem precisado (o que também não quer dizer que haja alguém que eu ache melhor que ele). O facto de se concentrar mais em agradar a todos do que em tomar posições não é bom para uma freguesia que precisa de acção como “do pão para a boca”. No entanto acho que o José Vítor é um elemento fundamental do PS neste concelho, capaz de ouvir, influenciar e unir o partido. Aceitaria de “chapa” estar ao lado dele num projecto partidário, não aceitei estar ao lado dele num projecto político.
Em boa verdade, e tal como o António Guerreiro, não preciso da política para nada. Qualquer cargo que pudesse desempenhar na política deste concelho seria um retrocesso financeiro muito grande na minha vida (como de resto, e seja feita justiça, também será para muitos dos que andam metidos neste mundo). Para mim até seria mais fácil esquecer Messines. O certo é que não consigo ficar calado perante o que se passa neste concelho e acho que, se mais pessoas houvesse a reclamar e a criticar os nossos líderes, teríamos seguramente um concelho melhor. Fui convidado (e agradeço a todos os que me convidaram) a integrar listas, em posições mais ou menos importantes, por vários partidos e para dois concelhos. Em alguns casos estive tentado a aceitar, noutros estive tentado a “disparatar”… mas a “frio” compreendo todos e todos certamente compreenderão que não podia aceitar… se o fizesse não seria honesto para comigo e para com eles.
Em suma, é legítimo que pensem de mim: “Este gajo deve ser do pior. Critica todos e bate em todos!” Mas se pensam isso pensem também nisto: Será que na realidade o nível dos políticos deste concelho não está muito por baixo?! Será que nos principais partidos da “praça” não existe uma “blindagem” impenetrável à “prova” de gente capaz?! Será que este concelho não é, parafraseando o António Jorge Mendes, a” Albânia” do Algarve (ou como me disseram hoje a Etiópia do Algarve)?!

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18 comentários

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De António Guerreiro a 15.08.2009 às 14:28

Caro Militante do PS que dá por nome INFARMED

Tenho pena que não esteja capacitado para entender a ironia ou que não conheça o FMI do José Mário Branco. Claro que não tem cultura de esquerda.

Voçê é um daqueles que gostava de ser candidato cimeiro mas nunca teve apoios para tal, não é verdade?

Abraço
AG

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De INAFARMED a 15.08.2009 às 17:53

Óh Bolacha (e deixa que te chame isto porque enquanto andavamos na escola devia ser o único que te chamava António),

Não sou, nem nunca fui candidato a nada e não nem sequer sou de esquerda ou de direita. Sou um cidadão que paga os seus impostos, que tem as suas opiniões e que por acaso até votou em ti quando resolveste meter a cabeça no cepo. É precisamente essa leveza de não estar comprometido com nenhum partido que me faz estar à vontade para te chamar bolacha. Da próxima vez que te encontrar identifico-me.

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