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Blog de discussão política do concelho de Silves. - "Porque um concelho que exige mais dos seus políticos, tem melhores políticas e é um melhor concelho."
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mais um profeta da desgraça
Para Marinho Pinto chegar a uns 15% não precisará ...
Fico satisfeito por ver que o rapaz ainda está viv...
O que eu gostei mais da entrevista foi de saber a ...
Coloco aqui o meu texto publicado no Terra Ruiva deste mês. Vou reproduzi-lo na íntegra mas gostava de fazer uma ressalva, para evitar mal entendidos.
Sou, e serei, adepto da preservação do ambiente e do património. Respeito profundamente todas as organizações e entidades que fazem destas causas as suas bandeiras e acredito que o respeito pela natureza e o progresso podem ser compatíveis. Só não sou é submisso e sei que o “fundamentalismo” também anda por estas áreas. Em suma, o que motivou este texto foi a desconsideração e insolência a que muitas vezes os algarvios – os “serrenhos” mais ainda – estão sujeitos.
Às vezes penso que deveria existir um movimento cívico para nos proteger dos ambientalistas e “fanáticos” pelo património. Não estou contra estas instituições – até concordo com grande parte das causas – mas acho que tudo tem limites e que o bom censo é muitas vezes ultrapassado. A que propósito vem isto?! Eu explico…
Encontrei na Internet um artigo de opinião cheio de “patacoadas” sobre o Algarve, os algarvios e a nossa zona serrana. Não via tamanho monte de “alarvidades” desde que, há muitos anos atrás, uma fulana – hoje residente no concelho, mas na altura lisboeta dos 7 costados – me disse que nunca deveria ser feita a auto-estrada para o sul porque aquilo que atraia os turistas era o “atraso” da região. Segundo ela as carroças puxadas pelas mulas e o isolamento eram as imagens que melhor descreviam o Algarve e lhe davam toda a “mística” – seja lá o que isso for. Escusado será dizer que a minha vontade foi “apertar-lhe o pescoço”. Mas voltemos ao artigo que motivou estas linhas. Dizia o autor, identificado com as iniciais CC e auto-denominado ambientalista, que “por motivos ecológicos nem se pode colocar a hipótese de a Pescanova poder vir a ter autorização governamental para instalar uma nova unidade de aquicultura na região algarvia”. Não satisfeito prossegue escrevendo que “é urgente proibir toda e qualquer alteração, que não seja a recuperação fiel, nos imóveis localizados na serra algarvia e nas aldeias serranas”. Fala ainda da necessidade de “congelar o PDM (Plano Director Municipal) de todos as povoações situadas na linha costeira”. Remata afirmando que “para poder impedir a extinção espécies como o lince ibérico importa dizer não a todos os projectos que possam interferir com o frágil meio ambiente serrano”.
Como devem calcular “fiquei para não ter vida”! Só faltou sugerir incentivos fiscais aos algarvios que procurassem outros algarvios para procriação… Choca-me como é que alguém pode ser tão egoísta ao ponto de olhar para uma região e querer fazer dela uma espécie de “reserva índia” para que, depois, possa cá vir observar as espécies no seu habitat natural (nem ponho a hipótese de este, ou esta, CC ser do Algarve). A maior parte dos leitores há-de concordar comigo aos outros só quero deixar algumas questões:
Porque raios os ambientalistas só sabem dizer onde não se pode fazer as coisas?! Podiam arranjar uma associação diferente. Uma que nos dissesse “aqui não mas ali sim!” Se fosse por eles ainda estávamos à espera de “alternativas” para a A2 e continuávamos a ter mortos às centenas no IP 1. Eu sei que tínhamos salvo 232 “piscos de asa branca”, 175 “patinhas” e 37 “ecalavardos”, mas valeria a pena?!
E quanto à arquitectura serrana?! Será que alguém de bom senso pensa que as pessoas viviam com famílias inteiras em casas de
É até um contra-senso numa época em que há cada vez mais e melhores arquitectos tentar lutar para que se conservem casas desenhadas com um “pedaço de carvão” por quem não sabia ler nem escrever.
Sobre o “congelamento” do PDM (o PDM é como a “vodka”, por mais frio que esteja nunca congela) sou obrigado a concordar que foram feitas muitas “atrocidades” na nossa costa mas acho que ainda vamos muito a tempo de resolver o problema. A costa é importante para os algarvios e olhando para regiões como a “Côte d’Azur” é possível perceber que se pode construir grandes e prósperas cidades ao mesmo tempo que se preserva a beleza da região.
Para finalizar temos o lince. Quem é que já viu um lince ibérico?! Quase arriscava dizer que ninguém. Até há quem ponha a hipótese de o lince não passar de um “gato ibérico” - com as orelhas e o rabo devidamente aparados pelo dono – fotografado num dia de nevoeiro por um observador de cegonhas. Arranjem-me provas de que ainda há linces na serra algarvia e eu apoio a defesa da espécie (com limites porque primeiro está a preservação do bicho homem na serra). Até lá justificar o “chumbo” de projectos de desenvolvimento com o “lince ibérico”, o “veado andaluz” ou o “urso tropical” tem o mesmo valor.
Esta semana fico por aqui. Decidi aceitar o conselho do Dr. António Guerreiro e escrever artigos mais curtos e com menos informação. A propósito saúdo o seu prometido regresso às páginas do Terra Ruiva e deixo-lhe também uma sugestão: Não esqueça quem são os leitores deste jornal e o que esperam de si.
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