Saltar para: Post [1], Comentários [2], Pesquisa e Arquivos [3]





Comentários recentes

  • Anónimo

    Tem o PDF do livro?

  • Anónimo

    mais um profeta da desgraça

  • António Duarte

    Para Marinho Pinto chegar a uns 15% não precisará ...

  • António Duarte

    Fico satisfeito por ver que o rapaz ainda está viv...

  • Raposo

    O que eu gostei mais da entrevista foi de saber a ...





À medida que vamos conhecendo as propostas e as ideias dos dois candidatos à liderança do PS fica claro que entre eles existe uma grande diferença. Separa-os o fosso “lamacento” que sempre existe entre o ficar tudo na mesma e o mudar.

A natureza humana é avessa às mudanças, ao desconhecido. É sempre mais confortável ficar no nosso “mundo”, mesmo imperfeito, do que arriscar e ir para o desconhecido. Apenas os que nada têm a perder e os visionários arriscam sistematicamente mudar. Pensar nas consequências que a mudança pode trazer é também difícil e complexo, pelo que muitas pessoas preferem nem ter esse trabalho.

Neste caso, da liderança socialista, é preciso separar as simpatias dos projectos. Sempre achei Seguro um simpático e coerente político. Bem sei que colhe mais simpatias na “ala mais à esquerda do partido” mas quase todos são unânimes em considerá-lo um forte activo do PS. Assis é um tipo de aspecto duvidoso, com uma apuradíssima retórica que está próximo das elites que controlam o país. Demasiado próximo quiçá. Se não houvesse mais nada Seguro seria o meu preferido e por certo o futuro Secretário-geral do PS.

Olhando para os projectos e para os apoios que cada um contabiliza a coisa muda de figura. Assis é claramente o candidato da ruptura, da mudança. De Seguro apenas podemos esperar que fique tudo na mesma. Em troca dos apoios que lhe dão, e se vier a ser eleito Secretário-geral, António José Seguro terá que proteger os “feudos”e dessa forma o PS continuará a definhar, a envelhecer e a afastar-se cada vez mais de um Mundo que não pára de girar. Com Seguro o PS será o bastião da luta contra a extinção de municípios e freguesias e os candidatos socialistas a eleições continuarão a ser escolhidos em função da sua fidelidade, antiguidade e histórico de apoios que mantêm com as lideranças.

Por muito que simpatize com Seguro, para ser coerente com o que defendo há anos, não posso desejar a sua vitória. Alguns seus apoiantes acenam já com os fantasmas que as medidas de Assis podem trazer. “Ah, já pensaram no que acontecerá se quem não é militante e não paga quotas vier escolher os nossos candidatos? Virão logo os neo-liberais votar no candidato mais fraco para comprometer o PS.” Respeito esta forma de pensar mas não concordo. Para mim esta medida trará mais militantes, aproximará os simpatizantes da vida do partido e sobretudo acabará com os pobres candidatos que temos tido. No EUA as coisas funcionam assim há décadas e os resultados são excepcionais, cada americano assume o seu partido e luta por ele porque sabe que tem voz activa na escolha dos líderes. Perguntem a um americano se é Republicano ou Democrata e verão. Quase todos respondem imediatamente e ninguém paga quotas (muitas vezes até contribuem muito mais com as doações antes de campanhas).

Autoria e outros dados (tags, etc)


4 comentários

Sem imagem de perfil

De Anónimo a 03.07.2011 às 19:13

Têm medo da direita escolher os candidatos do PS? Essa é boa?! Então quem é que escolheu Lisete Romão e se prepara para escolher Fernando Serpa para candidatos? Serão os militantes? Acho que nem a mais sarcástica direita escolheria candidatos tão rançosos como esses!
Sem imagem de perfil

De Anónimo a 04.07.2011 às 18:44




UM BOM JULGADOR POR SI SE JULGA, não conhece outros piores-

Comentar post





Comentários recentes

  • Anónimo

    Tem o PDF do livro?

  • Anónimo

    mais um profeta da desgraça

  • António Duarte

    Para Marinho Pinto chegar a uns 15% não precisará ...

  • António Duarte

    Fico satisfeito por ver que o rapaz ainda está viv...

  • Raposo

    O que eu gostei mais da entrevista foi de saber a ...