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Blog de discussão política do concelho de Silves. - "Porque um concelho que exige mais dos seus políticos, tem melhores políticas e é um melhor concelho."
Tem o PDF do livro?
mais um profeta da desgraça
Para Marinho Pinto chegar a uns 15% não precisará ...
Fico satisfeito por ver que o rapaz ainda está viv...
O que eu gostei mais da entrevista foi de saber a ...
No seu blog o Dr. Fernando Serpa dá destaque às “frases soltas” da sua “magnifica” entrevista ao Jornal do Algarve. O culto da personalidade e o ego deste senhor são tão grandes que, na remota possibilidade de acontecer o desastre dele vir a ser Presidente da Câmara de Silves, é bem provável que as escolas do concelho sejam obrigadas a afixar um retrato do “grande líder” nas salas de aulas.
Sobre a entrevista é de facto impressionante a capacidade do “artista” de lavar as mãos de toda a porcaria que tem sido feita neste concelho nos últimos 15 anos. Quem não o conhece até poderá pensar que se trata de uma “jovem” esperança acabada de chegar às lides políticas… inocente, pura e imaculada.
Mas voltemos às frases soltas… as tais que o Jornal do Algarve “escolheu”. Importa traduzir o significado de cada uma dessas frases para que o cidadão comum possa entender… como o tradutor do Google ainda não tem correspondência entre “Demagogia Política e português (de Portugal), eu ajudo a traduzir:
FRASES SOLTAS:
“A situação financeira da câmara é grave, com repercussões nas condições de trabalho dos funcionários e na própria prestação de serviços à população”
Tradução: “Apesar de enquanto vereador ter aprovado a esmagadora maioria dos orçamentos que o executivo apresentou, não faço ideia de como as coisas chegaram a este ponto!”
“A autarquia não está a honrar os seus compromissos, comprometendo a sustentabilidade das coletividades e o funcionamento das juntas”
Tradução: “Os nossos presidentes de Junta estão sem receber ordenados… já as juntas dos outros partidos foram bafejadas pela sorte e vão conseguindo honrar os seus compromissos. Seguramente uma perseguição e não má gestão como se diz por ai.”
“Connosco acabar-se-ão as mordomias, as despesas de representação, os assessores, filhos e enteado deste ou daquela”
Tradução: “Connosco na presidência não haverá luxos nem lugar para gente do PSD nem para ninguém que não esteja já na lista das recompensas”.
“O financiamento gigantesco de sociedades quer elas sejam de advogados, arquitetos e outros equiparados tem os seus dias contados”
Tradução: “Nós temos os nossos próprios escritórios de advogados, arquitectos e equiparados.”
“Claro que haverá uma auditoria para se conhecer o estado actual das contas públicas”
Tradução: “Evidentemente iremos utilizar durante muitos anos o argumento de que “não tínhamos noção do estado em que isto estava” para justificar a ausência de uma ideia ou projecto para o concelho.
“A responsabilidade pelas decisões, por todo este descalabro não pode morrer solteira ou quem sabe divorciada”
Tradução: “A responsabilidade pelo estado a que chegamos nem tão pouco morrerá, apenas será passada para o herdeiro directo que somos nós. (NDR. Suspeita-se que o Divorciada seja uma boca para alguém se divorciou recentemente… mas nunca se sabe!”
“Quem ainda manda no PS de Silves” divulgou hoje no seu blog uma daquelas informações que eu pessoalmente ansiava por saber. No que diz respeito à dicotomia dinheiros/ políticos silvenses sempre existiram 3 coisas que me inquietaram. Aquela que agora se descobre é quanto custa ao erário público manter aparentemente (juridicamente) séria a Presidente. As outras duas (que receio bem nunca vir a descobrir) são:
1- Quanto terá custado, e quem pagou, aquela edição especial da Voz de Silves (aquela em que Lisete Romão se proclamou candidata às últimas eleições), distribuída porta-a-porta, com uma tiragem maior que o Borda d’Água, que saiu para a rua antes de ser público quem era o candidato do PS a Silves. Perdoem-me a lembrança, mas é como é… uma curiosidade intrínseca.
2- Ao longo destes 15 anos de vereação quanto já facturou o “agora denunciante” em serviços prestados, a clientes particulares, que de uma forma directa envolvessem a CMS e a informação política de que dispõe? Esta é outra que me deixa… desassossegado. Quiçá isso venha a ser revelado, à boa maneira do político sério e transparente que por ali germina, e eu tenha que engolir mais esta… oxalá.
Mas voltando à revelação, que só temos a agradecer (justiça seja feita a vereação do PS lutou bastante por este documento)… ficamos a saber que já lá vai meio milhão de euros em pagamentos a advogados para defender a CMS e a sua presidente das “contingências” da governação. E isto fora os advogados que trabalham directamente para o município, e que se ocupam de… “minudências”.
Em 15 anos de governação a “despesa” chega aos € 2.500 por mês, o que se poderia fazer com esse dinheiro? Bem, nas mãos de um bom presidente daria para fazer uma escola, para dar melhores condições aos nossos idosos, para investir em cultura ou em desporto. Mesmo nas mãos de um mau presidente a coisa daria para contratar mais 5 pessoas, para abrir mais um museu ou para fazer 10 rotundas.
Parece que o tal meio milhão de euros apenas diz respeito ao último mandato... aquele que está em curso. São por isso 32 meses o que atira a verba para uns hilariantes € 15.000 por mês! Além do ordenado, das despesas de representação, do séquito pessoal... a presidente ainda custa mais € 15.000/mês em serviços jurídicos!!! Nem o "camarada" Isaltino...
“Nos idos” de Novembro do ano de 2007 uma Reunião de Câmara realizada em Silves aprovou aquilo que agora está no chamado “ponto de não retorno”: o Plano de Pormenor da Praia Grande. Nessa altura os votos favoráveis do PSD, a abstenção da CDU (representada pelo meu estimado amigo Manuel Ramos, a quem desafio a comentar este post) e os votos contra do PS (com Lisete Romão e Fernando Serpa na “trincheira”) viabilizaram a urbanização massiva de um dos poucos locais do Algarve onde ainda reside alguma da verdadeira essência desta região. Já nem falo das questões ambientais, sabendo nós que a Lagoa dos Salgados é internacionalmente conhecida como um santuário da natureza, falo apenas das questões culturais e sociais que atingem os algarvios.
Em suma, usando a ironia, o projecto que aquelas almas aprovaram tratava-se de abdicar de uma reserva natural, algo em que “somos excedentários no Algarve”, para viabilizar 8 novos empreendimentos turísticos numa área de 270 hectares de dunas e zonas húmidas. Como todos sabemos a solução para as taxas médias de ocupação no Algarve, que rondam os 50%, só pode passar por mais hotéis… adoptando uma lógica que me arrepia: “que se lixem os hoteleiros do concelho vizinho, eles podem ter menos desde que nós tenhamos mais”. Vamos longe!
Como em todos os casos do género “PIN” este foi empacotado usando o sempre lustroso papel de embrulho chamado “criação de emprego”. Ao todo anunciavam-se mais de 1.500 novos postos de trabalho. Todos nós conhecemos o rigor destes números. Aliás, se todas as projecções de criação de emprego feitas desde a década de 90 fossem concretizadas… Portugal teria 10.000.000 de empregados, sem precisar de uma única PME. As empresas que fazem estas projecções são seguramente as mesmas que fornecem os dados para viabilizar coisas como a A13, a A41 ou a CREP.
Voltando à Praia Grande… lendo esta acta (clique aqui) fico com a ideia de que todos caíram como uns patinhos. Não entendo a abstenção da CDU e muito menos entendo o voto contra do PS quando se percebe que a única razão invocada para votar contra foi a protecção dos interesses dos proprietários dos terrenos!!! Importam-se de explicar?!
É claro que nestes 5 anos o Dr. Serpa já deve ter visto “inegáveis vantagens” neste projecto (da mesma forma que os promotores já devem ter reconhecido “o seu valor político”, numa antecipação das próximas eleições… “it’s business”)… as suas últimas posições conhecidas vão nesse sentido. O próprio promotor tem “escarrapachado” no seu sítio online a “orgulhosa viabilização do projecto”… na euforia até deixa escapar algo que a mim me preocupa por antecipação: “…o futuro resort terá 3Km de praias privadas…”. Podem ver o “print-screen” na imagem abaixo (pode ver aqui também):
Julgava eu que praias privadas era algo “inconstitucional”?!!! Ajuda-me Cavaco!! Se eles já vêm com “tamanha sede ao pote” palpita-me que ainda vamos pagar portagem para ir de Albufeira a Armação de Pêra sem passar pela EN 125!
Aproveitem e consultem aqui alguns dados que ajudam a entender a posição destes oportunistas que nos Governam, e que insistem em imaginar um o Mundo movido a "consumo e hotéis" no médio/longo-prazo!!! Ohhh gente pequena e ignorante! No médio prazo mais pessoas viriam à Praia Grande ver as aves e as dunas do que as que virão ver cimento e piscinas!
Post Scriptum:
- Deixo aqui a tomada de posição do PCP sobre este tema (clique aqui). Agardeço ao Manuel Ramos pela sinceridade e integridade.
- E aqui a prova de que para o PS de Silves apenas conta a defesa dos proprietários dos terrenos (clique aqui). Ainda gostava de saber quem são os advogados que os representam?!!!!!!! Será mais um caso do partido ao serviço da clientela?!!!
Convicto de que será o próximo Presidente da Câmara de Silves, o Dr. Fernando Serpa vai “fazendo a sua cama” para se certificar de que, quando apanhar o “menino nos braços”, terá a maior receita possível disponível. Agora, abstendo-se, contribuiu decisivamente para que a brutal subida de taxas e licenças fosse aprovada em Reunião de Câmara. Estamos por isso perante um “deja vú”, no qual o Dr. João Ferreira terá a palavra final quando a “coisa” lhe aparecer na Assembleia Municipal.
Um dia um amigo fez-me uma pergunta traiçoeira: “Se tivesses que optar entre Fernando Serpa e Lisete Romão, não valendo abster-se, em quem votarias para Presidente da Câmara? E Porquê?” – A minha resposta foi clara: Votaria em Fernando Serpa, claramente. A razão é porque com Fernando Serpa tudo ficará na mesma… com Lisete Romão tudo ficaria pior. O primeiro tem um plano traçado… plano esse que até incluiu a candidatura da “outra senhora” para “apanhar pancada”. A segunda não tem nada… apenas funciona num registo de quem não está comigo está contra mim, sendo facilmente influenciada. Al Capone dizia: “Se tiveres um plano, uma arma e um sorriso nos lábios conseguirás tudo. Mas, se tiveres que abdicar de alguma coisa… abdica do sorriso. Se tiveres que abdicar de outra… abdica da arma. Nunca abdiques do plano.”
Esta já habitual tomada de posição da Vereação Socialista, dando cobertura às maiores atrocidades fiscais do executivo, apenas é tomada porque neste concelho as pessoas estão totalmente desligadas da política. Para o silvense comum o descrédito é tal que já nem liga ao que se passa. Apenas o que os afecta de forma directa e momentânea merece reacção… dai a aposta populista em ampliar questões que dizem respeito a nichos, como a “Farmácia de Alcantarilha”, as obras no “Polis de Silves” ou o Casino de Armação de Pêra… ao mesmo tempo que se abafam as viabilizações absurdas e contra-natura de questões fundamentais como a subida de taxas, licenças, impostos ou alterações estranhas ao PDM. O segredo é alma do negócio.
Espero que o bom senso do Dr. João Ferreira prevaleça, apesar de compreender que o PS Silves não é propriedade sua e obedece a critérios de “inspiração” democrática.
Nos tempos que correm poucas coisas me deixam de estupefacto, mas aquilo que li no Blog do Vereador Fernando Serpa à tarde, e que confirmei no site do Terra Ruiva agorinha mesmo, fez-me cair o queixo. Diria que a "bomba" que rebentou é tão grande que provavelmente o tráfego aéreo sobre a Europa será cancelado nos próximos dias... até a poeira acalmar.
Quem por aqui passa sabe bem que nunca dei nada pelo “Caso Viga D’Ouro” por uma simples razão: lia e relia o material disponível sobre o caso, falava com quem supostamente sabia do caso… mas no final, “espremendo o sumo”, ficava com a sensação que tudo aquilo apenas contribuiria para a criação da mártir Isabel Soares, que aos olhos do povo apenas poderia ser acusada de querer facilitar as coisas e apressar as obras.
Depois do que li hoje tudo muda e Isabel Soares pode agora ser acusada de muitas coisas… coisas essas que não me compete a mim enumerar (até porque também tenho medo da PLMJ… os tipos não brincam) mas que em alguns países civilizados acabam com os sujeitos a “ver o sol aos quadradinhos”… noutros, bem menos civilizados, acabam com os dedos da mão cortados ou num sempre medieval apedrejamento na praça pública. Vamos ver como acaba em Portugal.
Certo, certo é que a Vereação do PS, e em especial o vereador Fernando Serpa merecem uma “salva de palmas” por isto!!! Criticar é fácil e reconhecer o mérito a quem o tem também é fácil… por isso mesmo, a terminar este texto e com o sentimento de que o assunto ferverá nos próximos dias, reproduzo aqui a notícia do Terra Ruiva e aconselho todos a passarem pelo Blog do Dr. Fernando Serpa…
Caso Viga d' Ouro - relatório de 2007 coloca a nu situações muito graves
Os vereadores socialistas da Câmara Municipal de Silves apresentaram no final de Março um pedido para que os serviços camarários "apurassem e reunissem evidências", dos eventuais "prejuízos que possam ter havido para a Autarquia no processo denominado "Viga d' Ouro". Mas não estavam à espera do que lhes foi dado conhecimento, como disse ao nosso jornal o vereador Fernando Serpa.
Em resposta a este pedido foi-lhes entregue um relatório datado de "16 de Julho de 2007", assinado por vários técnicos da autarquia, no qual se descrevem várias situações verdadeiramente insólitas. Um excerto desse relatório foi colocado no blogue do vereador Fernando Serpa que denuncia esta situação, que considera grave.
Entre outros factos, o relatório afirma que : "A análise realizada, podendo sofrer de erro por defeito ou por excesso face aos condicionalismos referentes à recolha de dados, permite encontrar uma percentagem média de valorização dos custos que indica uma sobrevalorização em cerca de 500% ou seja, 5 vezes mais o valor normal de mercado".
São vários os exemplos que os técnicos da autarquia apresentam, citados pelo vereador Fernando Serpa, como: «... As facturas apresentam 9 horas diárias de aluguer de equipamento e de mão-de-obra sabendo-se que o horário de trabalho dos funcionários da autarquia é de 7 horas diárias sem recurso a horas extraordinárias (não autorizadas para o efeito). A fiscalização não pode ser assegurada para um controlo de custos adequados;
... Os materiais colocados em obra não têm a devida correspondência com as necessidades reais de obra. Na generalidade das obras o material fornecido supera largamente a necessidade para as realizar.
Como exemplos, passamos a expor: Obras do cerro Gordo, remodelação da rede de águas e esgotos - Considerando a vala-tipo, o volume de pó-de-terra e tout-venant fornecido foi de 11 247m3 quando o volume necessário era de 3 858 m3.
Obra em Algoz, remodelação da rede de águas e esgotos - afectos à obra 435 sacos de cimento (17 400 kg) quando na realidade eram necessários 29 sacos (1 015 kg) para a execução de 19 caixas de visita.
Obra na Urbanização de F. Serrão - fornecimento de 536 sacos de cimento (21 440 Kg), na reposição de lancis e caixas de ramal num arruamento com 180 m de comprimento.
...No modelo utilizado, prestação de serviços e fornecimentos, a incidência do IVA é de 21% e no regime de empreitadas de obras a taxa é de 5%.»
No final deste relatório, os técnicos aconselham a que a autarquia proceda a uma "análise mais rigorosa", através da contratação de uma empresa credenciada para elaboração de um relatório final", um conselho que, ao que tem conhecimento público, não foi seguido pelo executivo camarário.
Nos próximos dias, o Terra Ruiva continuará a acompanhar este assunto, nomeadamente na nossa edição impressa, na qual contamos apresentar as reacções dos responsáveis da autarquia e a sua resposta a algumas questões relacionadas com o teor deste relatório e as razões porque este não foi divulgado oportunamente ao executivo municipal.
Texto da jornalista Paula Bravo
Numa altura em que começam a aparecer os primeiros candidatos a “candidato” às Autárquicas 2013 achei interessante agarrar na “bola de cristal”, a que chamamos imaginação, e traçar cenários. Depois de reflectir durante algum tempo cheguei à conclusão que temos em Silves todas as condições reunidas para uma “batalha épica” nas urnas, ao estilo mouros contra cristãos, bastando para isso que surja um Movimento capaz de cativar os descontentes com um partido, com todos os partidos ou com a política em geral.
No final do ano 2013, altura em que se realizarão as eleições, Portugal estará num clima de “desitoxicação” socialista. O PSD estará no Governo (muito provavelmente com o CDS como parceiro) e beneficiará ainda do estado de graça que geralmente acompanha os novos governos até meio do mandato. Isto, apesar de nacionalmente configurar um cenário pouco favorável ao PS, pode ser um bom “terreno” a nível autárquico. Ou seja o PS poderá conseguir um bom resultado em 2013 fazendo jus à máxima de que os portugueses tendem a castigar o Governo nas autárquicas.
Mas olhemos para o nosso concelho e tomemos em conta os dados disponíveis (e algumas crenças pessoais) para prever aquilo que serão as autárquicas em Silves:
- Pelo PSD teremos como candidato o actual vice, Dr. Rogério Pinto. Apesar de no interior do partido haver quem queira caras novas e um novo projecto, até os mais optimistas afiançam que o mais provável é termos a continuidade “mascarada” por um discurso de ruptura.
- Pelo PS teremos como candidato o Dr. Fernando Serpa (para já é o único, mas espero bem enganar-me). Tal como tem sido tradição dentro do PS esta não será uma candidatura consensual. Os 20 anos que leva de vereação, pela oposição, dão-lhe muita experiência mas também muitos motivos para não esperarmos muito de um executivo por si liderado. Apesar de tudo a candidatura será teoricamente mais forte que a anterior por duas razões. Primeiro porque seguramente, o Dr. Serpa não cairá no erro de “outros candidatos socialistas” fomentando divisões partidárias após ter sido nomeado como candidato. Depois porque o entusiasmo crescerá nas hostes socialistas com Isabel Soares fora de cena.
- Pela CDU teremos o Dr. Manuel Ramos (esta é a minha aposta pessoal, apesar de se afigurar igualmente provável a continuação da Dra. Rosa Palma) o que configura uma candidatura politicamente mais capaz mas publicamente menos apelativa aos jovens e abstencionistas crónicos que nas últimas eleições engrossaram os resultados do partido, somando-se aos seus sempre fiéis eleitores ditos “camaradas”.
- Pelo BE teremos novamente Carlos Cabrita, um outsider que pouco pesará na altura de contar os votos mas com importância vital na forma como decorrerá a campanha.
- Não arrisco dizer se haverá candidatura do CDS em Silves. Parece-me que as sondagens locais forçarão o PSD em Silves a pedir “reforços” e a propor também por cá a coligação que por essa altura terá o país, acrescentando assim alguns votos da direita mais “vincada” ao seu score.
Ora, resumindo temos:
- Uma franja considerável do eleitorado PSD descontente com a continuidade. Esses eleitores dificilmente votarão PS ou CDU… já nem falo BE
- Uma franja considerável do eleitorado do PS descontente com uma lista que, aposto, será a sombra do líder com as mesmas caras de sempre…
- Um apetecível eleitorado CDU em 2009 que, não sendo comunista, votou na diferença, na juventude e na “inocência”… coisas que agora já não são valores da candidatura…
- Um considerável número de abstencionistas e votantes em branco, que apesar de desejarem acção e mudança, ganharam já uma aversão a partidos políticos e a projectos partidários que lhes impede de votar em qualquer destes “concorrentes”…
Se a tudo isto somarmos tudo o que temos visto a nível nacional, e que configura um desdém crescente dos portugueses em relação ao sistema político-partidário (a votação de Fernando Nobre, a Manifestação da “Geração à Rasca”, os Homens da Luta na Eurovisão, etc…), a mim parece-me, e que me ajudem os especialistas, que uma lista independente, de gente desvinculada dos partidos iria buscar o seu “quinhão” a todos os lados e tornar-se-ia na principal favorita a chegar ao poder em Silves. Estarei enganado ou o leitor também acha que faz sentido?
In Jornal "Terra Ruiva" - Março de 2011
Louva-se a dedicação e o espírito de denúncia do Vereador Fernando Serpa. Em boa verdade tem sido graças à informação que nos transmite que vamos sabendo do que realmente se passa na autarquia, apesar de muitas vezes eu achar que ele confunde as suas competências enquanto político e vereador da oposição.
Digo isto porque no seu último post, o Dr. Serpa, muitíssimo bem, dá-nos conta do “rombo” brutal que as finanças da autarquia estão a levar com os juros do chamado “processo Viga D’Ouro”. Em boa verdade esse é um assunto que ele dominará muito melhor que todos nós. É um assunto que, como eu já aqui tive oportunidade de escrever, deverá ser investigado pela polícia.
Já não me parece lúcido é o final do post, onde mete “no mesmo saco” a questão do IMI e o “Viga D’Ouro”… com indirectas à “ambição política” de terceiros. Começo justamente por ai. Compreendo perfeitamente que nos tempos que correm uma pessoa pedir justiça e fazê-lo de forma pública possa ser visto como uma desmesurada ambição política. Afinal o que convinha era que não aparecessem uns “out-siders” a agitar as águas para ver se isto continuava tudo como estava. Na parte que me toca o tiro passou ao lado, porque a minha única ambição é ajudar a que o PS por cá encontre um líder capaz de levar atrás de si todo o concelho. A ambição desse líder (que não faço ideia quem será) deverá, antes de mais nada, ser conquistar o respeito dentro do partido e conseguir ser visto como uma referência ética e moral por todos os militantes (o que desde já me exclui a mim e a muitos outros que até já por lá passaram).
Depois temos o “misturar alhos, com bugalhos”. Como já disse o caso “Viga D’Ouro” é um caso de gestão danosa que deve ser investigado e que deve resultar na responsabilização das pessoas implicadas nele. Não vejo como é que o PS Silves, a CDU, o Vereador Fernando Serpa ou qualquer um dos bloggers deste concelho possa ter tido oportunidade de travar os acontecimentos ou de, politicamente intervir neles. A única coisa que poderíamos de facto fazer era “chorar sobre o leite derramado” e denunciar todas as implicações que o caso tem e terá ainda. Nessa parte aceito a crítica de não estar tão atento como deveria.
Em relação ao IMI a coisa é totalmente diferente. Tratava-se de uma decisão política na qual os partidos da oposição seriam consultados e teriam papel activo. Tratava-se de um momento em que era importante dar um sinal às pessoas de que na CMS existe uma oposição séria e responsável que está atenta à grave situação das famílias e das empresas. Infelizmente o rumo que as coisas tomaram na questão IMI veio provar que se não fosse a intervenção pública de uma série de pessoas por esse concelho fora as coisas talvez tivessem acontecido de outra forma.
Tirando estas “fugazes” discordâncias (que a escrita por vezes amplia), volto a reconhecer o bom papel que tem tido o Dr. Serpa durante este mandato. Continue e não se incomode com o que se diz na net… o que vale é o que se diz lá fora.
Há um vereador que tem um blog. Um blog que nos conta “estórias”. Estórias que nem para meter meninos a dormir servem. E assim começa este post…
O Partido Socialista abster-se na votação autárquica que conduziu à subida das taxas de IMI para o máximo, com o argumento da estabilidade e responsabilidade política, é o mesmo que tratar um bêbado com mais uma garrafa de whisky. Por isso vamos por partes, como dizia o “Estripador”…
A responsabilidade de um partido da oposição é, e sempre foi, proteger todos os cidadãos dos excessos e totalitarismos que sempre aparecem com o poder. Se as pessoas votam diferente é porque esperam atitudes diferentes, políticas diferentes, resultados diferentes…
A responsabilidade de um partido da oposição NÃO É, NEM NUNCA FOI, DAR COBERTURA A POLÍTICAS COBARDES E EXPLORADORAS DOS CIDADÃOS. Nos últimos 3 mandatos autárquicos temos andado a votar PS e com isso a fortalecer a actual gestão do PSD. Desde o apoio de praia em Armação de Pêra, passando pela Central de Lamas de Messines, acabando na nas taxas do IMI… em inúmeras vezes o voto no PS foi útil para o PSD continuar a “reinar” e maltratar os silvenses. Perante isto até acho normal que muitos socialistas tenham passado a votar noutra força política! Com a continuidade disto vamos deitar à rua o futuro deste concelho.
Depois temos a questão da coerência. “O PS irá propor na próxima reunião a contenção das despesas. Fala-se no aumento de impostos mas nada se faz para diminuir as despesas. Como se tudo isso fosse inevitável. A Vereação Socialista não aceita e irá apresentar uma proposta de contenção de despesas. Nada de orçamento participativo...” – isto, com a devida vénia a um leitor atento, é a reprodução de um texto publicado no blog do Vereador Fernando Serpa a 11 de Setembro de 2010. Passada uma semana tudo muda e aprova-se o aumento.
Temos depois a questão de política interna. Ao que julgo saber a Comissão Política do PS Silves não têm, nem nunca teve, dúvidas em relação à questão do IMI. No entanto, e apesar de terem tido a oportunidade de levantar essa questão em sede própria, a vereação preferiu discutir assuntos menores desviando a atenção sobre aquilo que se preparavam para fazer. A abstenção na votação apanhou todos de surpresa e demonstrou que os vereadores não estão a ser capazes de representar o Partido.
Eu leio o blog do Dr. Serpa e, perdoe-me ele, fico com a impressão que nenhum vereador do PSD faria tanto pelo partido de Isabel Soares. Vejam por exemplo a passagem (também extraída do seu blog): “Claro está, o meu apoio não é gratuito. Pressupõe a elaboração de um Orçamento responsável, credível e passível de enfrentar as dificuldades que se avizinham em 2011.” Ora, perante isto, o que podemos dizer?! Todos sabemos que em política isto… NÃO QUER DIZER NADA!! ABSOLUTAMENTE NADA!! Espanta-me depois que se admirem que a opinião pública equacione que as contrapartidas desta política “sabuja” possam ter cariz meramente “privado”! Até eu já começo a ponderar essa hipótese!
Tem o PDF do livro?
mais um profeta da desgraça
Para Marinho Pinto chegar a uns 15% não precisará ...
Fico satisfeito por ver que o rapaz ainda está viv...
O que eu gostei mais da entrevista foi de saber a ...