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Blog de discussão política do concelho de Silves. - "Porque um concelho que exige mais dos seus políticos, tem melhores políticas e é um melhor concelho."
Tem o PDF do livro?
mais um profeta da desgraça
Para Marinho Pinto chegar a uns 15% não precisará ...
Fico satisfeito por ver que o rapaz ainda está viv...
O que eu gostei mais da entrevista foi de saber a ...
Uma vez que o este mês o meu texto não chegou a tempo à redacção do Terra Ruiva, aqui vos deixo a crónica e o cartoon:
Começo por fazer uma declaração de interesses: pertenço ao grupo de fundadores do MMS – Movimento Mais Silves. Não quero que me acusem de ser como a “outra senhora”, que desempenhava à vez, e consoante melhor lhe convinha, o papel de candidata e de Delegada de Saúde. Não será novidade para muitos, mas faço questão de deixar claro para todos.
Pressupondo-se que um artigo de opinião deve reflectir a opinião de quem o escreve, coisa que não é tão redundante assim (nos tempos que correm há quem escreva artigos de opinião que reflectem a opinião de quem paga), parece-me meu dever explicar porque considero este Movimento um importante passo na mudança que tarda em chegar ao nosso concelho. Começando justamente por dizer que a minha envolvência neste projecto se deve à falta de alternativas, ou, sendo mais directo, às fracas alternativas que se vislumbram para Silves.
Estamos a 6 meses das autárquicas. Estamos a 6 meses de ter que escolher entre os “gémeos” que PSD e PS apresentarão a eleições. E digo gémeos porque, tal como os bebés, tiveram a mesma “mãe política” e “alimentaram-se da mesma tetina”, embora um seja destro e outro alegue ser “canhoto”. Aos meus olhos, estes dois, representam claramente aquilo que não convêm a Silves. Um será a “garantia” da protecção de interesses instalados, o outro a “garantia” da transferência desses interesses sem nenhuma vantagem evidente para a comunidade. Os dois serão claramente candidatos por razões que nada têm a ver com Silves, mas antes com a sua ambição política e, quiçá, com o sonho de administrar uma empresa pública… ou “privada em regime de monopólio”.
Algo vai mal na lógica partidária quando a convicção na vitória de um candidato parte de pressupostos como a “visibilidade e protagonismo” que uma catástrofe natural lhe trouxe; ou como a penalização eleitoral esperada para o candidato adversário, que representa o partido do Governo. Algo vai mal na lógica partidária quando um candidato é escolhido por uma só pessoa e o outro se escolhe a si próprio. Algo vai mal na lógica partidária quando, ao abrigo do código protocolar interno, os seus militantes apoiam com o mesmo entusiasmo e convicção um “Sá Carneiro” ou o “Pato Donald”, sem questionar, sem raciocinar.
José Miguel Júdice fez as contas e disse há tempos que “o número de militantes que elege os representantes sujeitos a sufrágio é praticamente igual ao número de eleitos em eleições autárquicas pelos partidos”, coisa que diz muito sobre o sistema político que temos. Fazer parte de um partido garante um cargo político, por mais modesto que seja, mas nem assim as pessoas parecem estar dispostas a filiar-se e a debater política. Pelo contrário, o alheamento é cada vez maior, a confiança nos partidos é cada vez menor e eu, enquanto cidadão, não fujo à regra. Não é aceitável colocar o ónus desta situação nas pessoas, se a política não as consegue atrair a falha tem que ser dos políticos.
Pessoalmente não acredito que a ideologia política vencedora numa autarquia tenha relação com o modelo de desenvolvimento que será seguido. O modelo a seguir é definido pelo projecto que se candidata a eleições. Não compete a uma autarquia legislar, supervisionar ou fazer cumprir orientações e leis. Compete-lhe sim gerir o território e os recursos da forma mais eficiente e a prova disso é que duas autarquias geridas há 16 anos pelos mesmos partidos, como são Silves e as Caldas da Rainha, estão nos antípodas da eficiência autárquica.
Faltará falar do papel da CDU e do BE no processo eleitoral que se aproxima. A primeira tem um histórico de responsabilidade e gestão acertada neste concelho, mas continua a faltar-lhe, na minha opinião, o pragmatismo necessário para poder ser encarada como uma forte alternativa. O segundo não tem capital humano nem força para poder ser sequer essa alternativa. A entrada do MMS neste cenário terá o mérito de transformar a tradicional luta a 2 numa mais acesa luta a 4, onde se incluirá a CDU, com evidentes vantagens para todos os silvenses. Só por isso o MMS já merece o meu apoio.
A hipocrisia sempre me irritou... demonstra muito o carácter das pessoas, infelizmente numa era de "fast-food" as pessoas nem sempre conseguem distingui-la...
Ainda com o “cheiro a filhós” no ar o Orçamento Municipal para 2013 lá foi aprovado em Assembleia Municipal, com os votos favoráveis do PSD, a abstenção do PS e os votos contra da restante oposição.
Pelo que li o Orçamento para 2013 prevê menos 10M€ de receitas do que o anterior, o que, é justo dizê-lo, será mais uma vitória da oposição – que sempre alertou para este escândalo dos orçamentos inflacionados - do que um “mea culpa” do executivo. Já todos estávamos habituados aos orçamentos “alucinados” de Isabel Soares, este último previa receitas de 47M€ e a 30 de Novembro estavam arrecadados 27M€. Mesmo com o corte o Orçamento de 2013 deverá apresentar um desvio de mais de 5M€ face às receitas que o município irá obter… défice, mais défice.
A posição de abstenção do PS, nesta fase da votação, parece-me responsável. As consequências para os cidadãos e entidades do concelho seriam mais dramáticas caso o Orçamento fosse chumbado. Ainda assim o PS não se livrou de um “presente envenenado”, com a declaração de voto do PSD a “agradecer” todo o empenho e cooperação do PS na elaboração deste orçamento…
Também é coerente a posição dos restantes partidos com assento na Assembleia Municipal, BE e CDU, que votaram contra. É bom dizer que este é um péssimo orçamento, com consequências trágicas para o concelho… mas tenho dúvidas que fosse possível fazer melhor sem mexer nos postos de trabalho que a CMS assegura e nos direitos dos seus trabalhadores.
Clubes, Associações e Juntas de Freguesia continuarão a ser os “Cristos” em 2013 e de investimento… nada! Ora o investimento é “aquilo” que permite criar valor, criar emprego e por conseguinte… criar receitas! Estou por isso ansioso para começar a ler os programas eleitorais dos vários partidos para as próximas autárquicas, e perceber quais os que farão “copy/paste” de programas antigos, requentados e comprovadamente ineficientes… e quais terão a decência de entender que Silves apenas pode “sair do buraco” se oferecer vantagens que atraiam empresas, pessoas e capital.
Espero sinceramente que 2013 não seja tão mau como muitos antecipam e que todos os “players” da política local se empenhem em defender as pessoas. Bom ano 2013.
PS. Uma palavra para o “serviço público” que a CMS presta no seu site… continuam disponíveis para consulta apenas as actas do ano 2008!! São 5 anos de atraso na informação dos munícipes! É caso para dizer, se não fosse o tornado, só saberíamos que tínhamos novo presidente lá para 2016!
A construção do “mamarracho” na Praia Grande continua a revelar-se uma anedota. O PS Silves, ou melhor dizendo o “Partido do Serpa”, desespera pela aprovação do projecto, enquanto o PS Algarve questiona a Ministra do Ambiente sobre o impacto ambiental do mesmo.
Mas porque razão o mesmo partido político tem duas posições diferentes sobre o mesmo assunto?! Há quem arrisque dizer que no PS Algarve ninguém, profissionalmente, representa os proprietários daqueles terrenos… já em Silves aguardamos esclarecimentos sobre que advogados têm representado essas pessoas. Acresce dizer que, contando com o “ovo no cu da galinha”, os 45 Milhões de euros em taxas, licenças e impostos fazem muito jeito a quem já fala como presidente da Câmara.
Recentemente o PS Silves anunciou uma sessão de esclarecimento sobre o assunto… convenientemente marcada para uma segunda-feira às 15H, para garantir que quem trabalha não poderia estar presente. Nem sei o que se passou nessa sessão porque sou dos que trabalha e não me posso dar ao luxo destas coisas. No blog do candidato, tal como no blog do partido exclusivo do candidato, não existe nenhuma informação sobre o resultado da sessão. É estranho, tendo em conta o entusiasmo que colocaram no anúncio da mesma.
Certo, certo é que os exemplos chamados “Herdade dos Salgados” e “Amendoeiras Golf Resort” estão a escassos quilómetros, demonstrando que destruir aquela zona única no Algarve e no país terá como único efeito afundar ainda mais o concelho. Como já aqui disse (ver post), a oferta de hotéis com “piscinas” é “mato” no Algarve… já a oferta de praias virgens e dunas imaculadas é algo que escasseia e nas mãos de alguém com visão poderá tornar-se na “galinha os ovos de ouros” de um concelho inteiro.
Post scriptum: Luís Brás, um dos responsáveis pela Associação ALMARGEM seguiu o link colocado no texto acima, que o levou ao post anterior sobre a Praia Grande, e respondeu a um dos comentários de Luís Ricardo. A resposta parece-me de interesse comum e não é merecedora de ficar esquecida na timeline deste blog, por isso decedi acrescentar esse texto a este post. Cá vai:
Caro Luís Ricardo,
No exercício do direito de resposta, em nome da Associação Almargem, à qual creio que erradamente se referiu no seu post como Grupo, convido-o desde já conhecer melhor as posições defendidas por esta associação relativamente a Praia Grande (Silves), onde se incluem a Lagoa dos Salgados (Ribeiras de Espiche/Vale Rabelho ) e os Sapais da Ribeira de Alcantarilha, e as quais visaram sempre a defesa dos valores naturais em presença.
Importa-me ainda comentar algumas afirmações por si efectuadas, as quais entendo carecerem de correcção, e que esperamos possam contribuir para uma melhor compreensão deste assunto, a saber:
Apesar do seu carácter parcialmente artificializado, a Lagoa dos Salgados apresenta uma elevada importância ecológica enquanto reservatório de biodiversidade, albergando valores naturais relevantes para a conservação, particularmente ao nível da avifauna aquática, valores esses reconhecidos comunitária (Directiva Aves) e internacionalmente, mas também do ponto de vista paisagístico.
Nas duas últimas décadas, a construção de uma pista de aviação, e posteriormente de um campo de golfe dentro da área inundável da lagoa, reduzindo a sua capacidade de retenção, e o aumento da afluência de água proveniente de descargas de Estações de Tratamento de Água Residual - ETAR de Pêra e da Guia, concorreram simultaneamente para a alteração significativa do balanço hidrológico da lagoa e da qualidade da água lagunar, traduzidos, respectivamente, no aumento da frequência dos episódios de abertura da barra e na diminuição da qualidade da água da Lagoa dos Salgados;
A resolução do problema da qualidade e do abastecimento da água da Lagoa dos Salgados dependeu durante muito tempo da descarga do sistema de águas residuais – concretamente da ETAR de Pêra. Tendo em conta a classificação da Lagoa como ‘Zona Sensível’ (desde 1998), que por força da aplicação da Diretiva Comunitária das Águas Residuais, obriga a tratamento superior ao secundário para sistemas de descarga de AR com mais de 10 000 habitantes, bem como a fraca qualidade do efluente tratado naquela, tornou-se necessário proceder a uma melhoria técnica dos sistemas de tratamento;
Com vista à melhoria do sistema de tratamento intermunicipal dos concelhos de Albufeira, Silves e Lagoa, e não propriamente para salvar a Lagoa, foi firmado um protocolo de execução de um projeto conjunto de interceção e tratamento de águas residuais que permitiria a construção de uma nova ETAR para servir 130 000 habitantes e a desativação da ETAR de Pêra, da ETAR da Orada (dispõe de tratamento secundário e emissário submarino), da ETAR da Galé (que dispõe apenas de tratamento preliminar e emissário submarino) e da ETAR da Guia (a descarregar na ribeira de Espiche, afluente da Lagoa dos Salgados);
Em 2005 foi submetida ao procedimento de Avaliação de Impacte Ambiental o projeto da ETAR Intermunicipal Poente de Albufeira, o qual se propunha substituir os sistemas municipais anteriormente referidos, e cujo projeto previa que a descarga das águas residuais fosse efetuada no mar, por emissário submarino, que parte do efluente fosse reutilizado na rega de campos de golfe e que fosse igualmente avaliado o impacte das descargas na Lagoa dos Salgados. A ETAR entrou em funcionamento em 2009, tendo-se verificado uma melhoria significativa na qualidade da água da lagoa.
Por último, faço notar que a Almargem expôs já por várias vezes as suas preocupações sobre este assunto junto das entidades nacionais e comunitárias, tendo ainda participado na Discussão Pública do Plano de Pormenor da Praia Grande, ao qual deu um parecer negativo sobre o mega-projecto previsto.
Luís Brás
Disse-me um “passarinho” que o Blog Penedo Grande, mais especificamente a sondagem que temos aqui ao lado, tem sido seguida com atenção pelas mais altas individualidades do PS Algarve… mais precisamente a partir de Albufeira e São Brás de Alportel. Uma verdadeira honra. Talvez sabendo disso “alguém” tentou, no dia 16 (o dia do tornado), votar 52 vezes no putativo candidato do PS a Silves. Quem o fez não deve ter visto que apenas o primeiro voto foi contabilizado, uma vez que o sistema apenas permite um voto por IP. Fica no entanto o registo dos “meios” que se usam naquela “sede de campanha”.
Sobre a sondagem, que muitos desvalorizam, os dados não mentem: mais de 40% dos visitantes votam no PS, mas no entanto só cerca de 14% votariam no candidato do PS. Também o PSD tem mais votos que o seu candidato, mas os números são perfeitamente aceitáveis numa amostra de pouco mais de 100 votantes.
Como aqui tenho defendido uma candidatura independente tem o cenário perfeito para vingar nas próximas eleições. É por isso que essa candidatura vai acontecer e vai ter mais força do que aquilo que imagina a maior parte dos “politiqueiros” locais. É só aguardar, e já não falta muito. Tem sido extraordinário o feed-back obtido no contacto com as pessoas… de toda a orientação partidária.
Mas o “passarinho” disse-me mais… garantiu-me que as cúpulas do PS Algarve têm forte inclinação e preferência em 2 nomes para encabeçar a lista em Silves… só que nenhum desses nomes é Fernando Serpa!!! Uai!!! Querem lá ver!! Será que a “conspiração” não tinha pensado na possibilidade da Distrital não “embarcar” em “fetiches” pessoais?! É que os dois nomes em cima da mesa são silvenses, são muito mais novos, muito mais competentes, muito mais respeitados e não andaram durante quase 20 anos a “comer as migalhas” da governação de Isabel Soares, esperando que caísse de podre. Em suma não foram coniventes com isto que temos.
Olhando para as últimas listas apresentadas a eleições e para a Comissão Política da Distrital não é difícil perceber quais são os nomes… adivinhem!
Rogério Pinto já encontrou o Vereador que o irá substituir no executivo camarário. A escolha recai sobre o armacenense Pascoal Santos (espero que o Luís Ricardo não me desminta na naturalidade), que deveria ter sido publicamente apresentado no dia em que a cidade foi atingida pelo tornado.
Sobre o novo Vereador, que tenho o prazer de conhecer bem, posso dizer que é uma óptima escolha. É um jovem arquitecto já com provas dadas, é conhecedor do concelho, é empresário e empreendedor e tem um perfil diplomata, procurando sempre consensos. Ainda não sei como serão distribuídos os pelouros mas tenho elevada expectativa nesta renovação em curso na autarquia
Sobre o PS, ao que parece, o dia após o tornado, 17 de Novembro, serviu para a Comissão Política apontar definitivamente Fernando Serpa como candidato às eleições autárquicas do próximo ano. O facto já estava consumado há muito, para ser mais preciso desde a primeira candidatura para “encher chouriços” de Lisete Romão. Sobre isso fico com a sensação que a maioria dos militantes não tem pingo de entusiasmo com esta candidatura, estarão mesmo resignados e “peados” pela ética partidária. Outros porém estão animadíssimos, mas mesmo esses apontam o desgaste do PSD e a possibilidade dos eleitores castigarem o Governo nas autárquicas como a grande vantagem em 2013… ou seja, ninguém equaciona que por mérito próprio o PS possa ganhar em Silves. É revelador…
Mal se começou a falar na Reforma Administrativa, logo após a assinatura do Memorando da Troika, o Penedo Grande lançou uma sondagem que teve mais de 100 votantes (118 para ser preciso) com IP’s únicos (quer dizer que foi contabilizada uma votação por computador) sobre o tema. A amostra utilizada não é grande coisa, mas ainda assim é superior a muitos estudos de opinião e sondagens feitos a nível nacional e que depois apresentam dados sobre o concelho.
Nessa sondagem os visitantes do Blog tinham como hipóteses de escolha os seguintes mapas autárquicos:
A hipótese A (apenas 3 grandes freguesias) reuniu 37% das preferências e foi a mais votada.
A hipótese B (4 freguesias) reuniu 13% dos votos.
A hipótese C (4 freguesias) reuniu 17% dos votos.
A hipótese D (5 freguesias) reuniu 21% dos votos
Foram dadas aos internautas mais duas opções:
- Outra opção de redução das freguesias, que reuniu 8% dos votos;
- Manter o actual mapa autárquico, que reuniu 4% dos votos;
Quer isto dizer que 96% dos 118 votantes consideram necessário mexer no actual mapa autárquico, no entanto, seguramente baseados em números muito rigorosos, os nossos políticos defendem na praça pública a manutenção do actual cenário como um feito grandioso de representação democrática! Ora eu não me sinto representado por esta gente e gostava de conhecer os argumentos objectivos e quem foi ouvido na tomada desta decisão. Algum dos vereadores me explique, sem usar copy/paste de artigos de imprensa, porque razão não tiveram coragem para mexer neste assunto e perderam mais dois anos, no minímo.
O blog “Cidadania” é um dos meus preferidos no mundo da blogosfera. Durante anos habituei-me a visitá-lo diariamente e coloquei-o como um dos mais lúcidos e pragmáticos focos de opinião deste concelho. Na verdade gostaria de conhecer o “célebre” JJJ porque tenho a certeza de que passaríamos umas horas em modo de animada "cavaqueira".
Nem sempre concordei com o que por lá foi escrito… mas sempre apreciei a frontalidade e sobretudo a fina retórica que o (ou os) autor utiliza. Contudo fiquei chocado quando aquele blog considerou Fernando Serpa como o "único" político deste concelho. Não pela consideração em si, mas mais pelo timming. Numa altura em que Portugal inicia uma emancipação democrática e coloca em causa todos os políticos forjados na podridão dos partidos (que, é bom lembrar, nos colocaram neste beco sem saída), considerar Serpa sequer um político é ultrajante… quanto mais o único.
Mas afinal o que é um político neste nível autárquico? Se pensarmos bem no percurso de Fernando Serpa vamos encontrar mais de 15 anos de nulidade… nem uma proposta, nem uma ideia, nem uma coerência. Mesmo após a derrota de Lisete Romão nas últimas autárquicas, altura em que se lançou de dentes afiados à corrida pela sua cadeira dourada, nada mais vimos do homem do que o “bê-à-bá” da política rançosa: localização de farmácias, ALISUPER, cabos de alta-tensão, Viga d’Ouro e orçamentos sem assunto. A mensagem de Serpa para o concelho é a mesma da “pitinha” de 18 anos que concorre a Miss-Universo e diz que o seu maior desejo é “acabar com a fome do mundo”.
Tenho a certeza que Fernando Serpa será um bom advogado, um bom pai, um bom chefe de família… mas como político!!!!! Tenham paciência! É tão óbvio o que o move, é tão óbvio que pisará quem tiver que pisar para lá chegar, é tão óbvio que o que menos lhe interessa é o concelho de Silves e os silvenses que me deixa amargurado ler aquele tipo de elogios.
O PS Silves tem gente muito boa. Muito boa mesmo! Gente que não entra nestas demagogias, nestes joguetes… gente séria, que provavelmente estará tão desiludida quanto eu. Infelizmente essa gente não consegue passar a mensagem, agachasse perante este sistema viciado que nos coloca no boletim de voto o pior dos fulanos. E com razão… porque até aqui os bons nada conseguiram.
Mas os tempos mudam. É visível. Os socialistas deste concelho podem entender isso e mudar também. ACORDEM!!!
PS: Quanto ao blog “Cidadania”, é evidente que respeito a opinião… apenas não concordo, mas continuará a ser uma paixão minha.
Uma coisa que me surpreende é que, apesar de tudo o que vivemos nas últimas três décadas, continuamos a ser “anjinhos”! Leio na primeira página do “Terra Ruiva” que “Praia Grande chega a Cavaco Silva” e, apesar de compreender perfeitamente a posição de um jornalista perante esta situação, não posso deixar de pensar que, entre os leitores, uma grande quantidade de “almas” irão dormir mais descansadas na esperança de que o Sr. Presidente da República tome o partido da inviabilização daquele atentado.
Não é que queira retirar a essas “almas” a esperança, mas só a falta de informação e a ingenuidade justificam que alguém neste concelho acredite numa solução vinda de Cavaco Silva. O projecto que ali nascerá (a não ser que uma nova revolução aconteça) é uma verdade mais absoluta do que a matemática. A empresa por trás do projecto emana do BPN e conta com a liquidez que os 4.8 mil milhões de euros dos contribuintes lá injectaram. O BPN, esse mesmo banco que deu a Cavaco o conhecido “jackpot” e muito provavelmente outros ainda maiores que não conhecemos. O mesmo BPN que teve nos seus quadros praticamente toda a geração de políticos que rodearam Cavaco nos seus dourados anos do betão e dos CCB’s. Provavelmente Cavaco até terá comissão no projecto.
Já sabemos que Isabel Soares, Rogério Pinto e Fernando Serpa vêem inegáveis qualidades no projecto e tudo farão para que vá em frente. Não pelo emprego, não pelo concelho… mas sim porque estão em jogo 30.000.000 de euros de taxas e licenças que a autarquia arrecadará. Com esse dinheiro (o equivalente a mais de 1 ano de receitas do concelho) este tipo de políticos, que nos trouxe a este estado de coisas, manterá o poder, o séquito, o concelho a viver acima das suas possibilidades sem nada produzir, sem ter que mexer uma palha ou ter uma ideia… e no final sairão com o bolso cheio directamente para a administração da Algar, da Docapesca, das Águas do Algarve ou doutro qualquer sorvedouro pago pelos contribuintes.
Para eles tanto lhes dá se o destruímos o património natural, se liquidamos as aspirações das gerações futuras, se concordamos ou não. O importante são as suas carreiras, os seus partidos e as suas ligações com os poderosos… A nossa história recente tem sido a repetição desta cassete.
Seria interessante perceber a posição do PCP e do BE (desde já me disponibilizo para aqui divulgar essas posições, caso queiram enviá-las para paulo.silva5@sapo.pt ) e ver se, enquanto eleitores temos quem nos defenda.
“Por detrás desta aparente acalmia brota uma memorável borrasca.” – dizia Carneiro Jacinto a alguns dos seus apoiantes há coisa de 4 anos. Na realidade ele tinha razão, mas a “borrasca” de que falava então é um chuvisco comparada com a tempestade que aguarda a politica silvense nos próximos meses…
Os temas do momento, falados nos cafés e nas praças por quem aprecia política amadora, são a substituição de Isabel Soares, o candidato que apresentará o PS, quem será o rosto da CDU, uma eventual candidatura independente e… as eleições na Caixa Agrícola de Messines, que não sendo política é de igual modo jogo de poder.
Em relação ao que nos reserva o PSD para as próximas autárquicas em Silves não parece haver grandes dúvidas. O Dr. Rogério Pinto é apontado como o candidato natural para continuar a “obra”… apesar de ser evidente que tudo fará para tentar demarcar-se dessa conotação. Já não é tão líquido que o PSD Silves continue anestesiado após a saída de Isabel Soares e é provável que aconteçam alguns “regressos” e outras tantas vozes discordantes. Também convêm não esquecer que o PSD nacional vai procurar jogar forte nas autárquicas e não será de excluir algumas interferências na hora de elaborar as listas e de recolocar o seu pelotão autárquico. Chuva forte… diria eu.
No PS a coisa “fia mais fino”. Tudo aponta para que um “não socialista” venha a ser o cabeça de lista pelo PS. E falo do actual Presidente da Comissão Política Concelhia, um homem que está bem mais à direita que Paulo Portas (aliás, gostaria de o ver jurar numa igreja que nunca votou em Paulo Portas) mas que teve a inteligência de entender que com o PP nunca chegaria “à sua cadeira de sonho”. Vai dai… resolveu “dedicar” a sua existência a esperar que Isabel Soares “apodrecesse” para poder subir ao “poleiro”. O plano pelos vistos foi perfeito, uma vez que conseguiu “aniquilar” ou calar os verdadeiros socialistas, deixando antever uma lista que congregue todos os que ambicionaram o poder a qualquer custo. O que se comenta é que está desgastado, desacreditado e simboliza tudo o que as pessoas detestam num político. Mas quem sou eu para mandar “biatites”!! Trovada… diria eu.
Na CDU tudo aponta para que “o bom comportamento” da Dra. Rosa Palma leve a uma recandidatura. No entanto muitos falam da hipótese Manuel Ramos… e nesse capitulo eu aposto que, mesmo não sendo ele o candidato, não deixará de lutar para impedir que o “Tea Party” local suba ao poder. Certo, certo é que por esta altura “as candeias” do PCP ainda não estão organizadas e alguns membros mostram o seu descontentamento perante as decisões do “comité”. Na eleição para a Junta de Messines a coisa é bem mais clara e o João Carlos voltará a ser presidente as vezes que quiser e que a legislação lhe permita… parabéns para ele pelo esforço e dedicação, mesmo em tempos difíceis. Céu muito nublado… diria eu.
Já a intenção de uma candidatura independente, que não é segredo para ninguém, parece ser o grande factor de interesse das próximas eleições. Nas ruas fala-se com entusiasmo dessa possibilidade e surgem alguns nomes, até improváveis, como parte do projecto. O “alegado” candidato mostra interesse e reúne as qualidades que fazem um líder a sério, mas terá a astúcia e o apoio necessários para se movimentar no “perigoso” terreno da “partidocracia” instalada?! É que o mais difícil é impor o seu projecto em tempo útil! Vamos ver. Possibilidade de aguaceiros… diria eu.
Falta o tema “não político” que circula pela vila… as eleições da Caixa Agrícola. Diria eu que este é o tema que desperta mais paixões… pelo menos as mais extremadas posições. Provavelmente será por este parágrafo que os comentários surgirão, o que prova a minha teoria. Há cerca de 2 anos fui abordado pelas duas listas concorrentes para na qualidade de sócio exercer o meu direito de voto. Confesso que na altura fiquei um pouco baralhado e o sentido do meu voto deveu-se mais à insistência de um dos “gurus” do projecto vencedor do que à certeza de que esse seria o melhor caminho para a instituição (isso e a ideia absurda para a altura da fusão com Silves… para ser franco). Agora passados 2 anos, e falando contra os meus interesses pessoais (como qualquer associado poderá constatar), devo dizer que foi uma decisão acertada. Há alturas em que o voluntarismo, a boa vontade e a simpatia não chegam… é preciso o conhecimento, a autoridade e a frieza. Estes tempos não são para brincadeiras. Tratando-se a Caixa Agrícola de uma instituição que deve em primeira instância defender os interesses dos seus depositantes eu creio (e contra mim falo, novamente) que foi exactamente isso que esta direcção fez. Independentemente disso tenho pessoas amigas, em quem confio plenamente, nos dois “lados da barricada” e é preciso esperar pelas listas para tomar a posição definitiva. Tratando-se de uma discussão ainda estéril é provável que as paixões continuem exacerbadas. Chuviscos… diria eu.
Tem o PDF do livro?
mais um profeta da desgraça
Para Marinho Pinto chegar a uns 15% não precisará ...
Fico satisfeito por ver que o rapaz ainda está viv...
O que eu gostei mais da entrevista foi de saber a ...