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Lanço hoje uma sondagem, que irei manter até que os factos justifiquem a sua retirada, sobre a discussão que, finalmente apareceu, da futura divisão administrativa do concelho de Silves. Todos podem votar num dos 4 mapas que criei pensando nas soluções mais lógicas. Podem também fazer-me chegar (usando o formulário na barra da direita) as vossas sugestões para a divisão do concelho.

Na última edição do Jornal "O Algarve" a senhora presidente da Câmara Municipal de Silves declarou que a reorganização do concelho, no seguimento das medidas previstas no plano acordado com a troika, passa por "juntar três freguesias pela sua proximidade: Alcantarilha, Pêra e Armação de Pêra numa só, com sede a decidir". Esta é desde à muito a posição que defendo, só não compreendo o "com sede a decidir". Será que passa pela cabeça da senhora presidente outra sede que não seja Armação de Pêra?! Não creio. Para mim o "com sede a decidir" foi a forma que ela encontrou de diminuir a resistência das populações que vão perder protagonismo, mantendo-as na expectativa até tudo estar cozinhado. Faltou-lhe coragem, foi o que foi.

Mais adiante a senhora presidente diz que a freguesia de São Marcos da Serra sofrerá "uma integração na freguesia de Silves ou São Bartolomeu de Messines". Aqui veio à "tona" toda a sua coragem. Como são menos de 900 os eleitores de São Marcos da Serra (a grande maioria nem sabe o que se passa fora da terra) a senhora presidente não tem pejo em dar a coisa por garantida. Neste aspecto estou contra e espero que as forças políticas da nossa terra façam alguma coisa pelas gentes de São Marcos da Serra. Retirem-lhes a "Estalagem e o Museu do Azeite" mas não lhes retirem a Junta de Freguesia. Para quem não sabe a Junta de Freguesia de São Marcos da Serra, além de todas as tarefas próprias das suas congéneres, desempenha muitos outros papéis vitais para quem vive afastado de tudo. A junta cumpre o papel dos CTT, dos Bombeiros (no combate aos fogos e no transporte de doentes) e em muitos casos é lá que os idosos vão procurar ajuda para tudo o que hoje em dia consideram "modernices".

A avançar a ideia de juntar São Marcos da Serra a uma das duas freguesias referidas estaríamos a criar uma "mega-freguesia" que teria praticamente o dobro da área do concelho e traria uma série de incómodos. De São Bartolomeu de Messines até à Azilheira (no extremo leste da freguesia de São Marcos) distam 35 Km que levam cerca de 50 minutos a ser percorridos. De Silves à Azilheira, pelo caminho mais rápido, são cerca de 50 Km que levam mais de 1 hora a ser percorridos. Já de Tunes ao Algoz, duas freguesias que quanto a mim deveriam ser uma só, distam cerca de 6 Km que podem ser percorridos em menos de 10 minutos, com excelentes acessos. Não podemos olhar apenas para o número de eleitores na tomada destas decisões, é preciso entender o papel social que cada junta de freguesia desempenha na sua região.

Estou certo que muita tinta vai correr ainda no que a este assunto diz respeito. Mas é importante que as pessoas deixem de lado a "sua sardinha" e se concentrem em encontrar uma solução que tenha em conta aqueles que mais desprotegidos estão. Este Blog está veementemente contra a extinção da freguesia de São Marcos da Serra e prometo fazer o que estiver ao meu alcance para evitar tamanha injustiça para com uma terra que foi sempre o "patinho feio" da actual gestão autárquica.

Espero que as restantes forças políticas do concelho entrem na discussão e tornem públicas as suas ideias. O que tenho visto são alguns políticos locais resumir a sua actividade a "colar-se" às causas de associações, cooperativas e grupos de trabalhadores. Essa é a política fácil, normalmente usada a poucos meses de eleições. Toda a gente é a favor que os pescadores de Armação tenham condições de trabalho, que os trabalhadores da ALICOOP vejam a sua situação resolvida ou que os habitantes de Alcantarilha tenham uma farmácia… agora quero ver quando for preciso mostrar determinação, coragem e enfrentar os interesses de alguns. Por aqui se conhecem os políticos… a ver vamos.

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 E quem é o SAR?! Perguntam vocês!
Todos nós quando nascemos viemos equipados de série, qual “Renault Laguna full extras”, com SAR (Sistema de Activação Reticular). Em cada fase das nossas vidas temos vários SAR’s activados e são eles que assumem, de forma inconsciente, o controlo dos nossos pensamentos. O truque consiste em aceitar esta realidade e procurar que sejamos nós a estabelecer os próprios SAR’s.
Para que entendam melhor isto do SAR eu dou alguns exemplos: quando nos preparamos para ser pais (ou mães) existe uma fase em que vemos grávidas e senhoras com bebés em todo o lado. Para onde quer que nos viremos lá estão as grávidas e os bebés! Parece magia! É como se o Mundo todo decidisse “procriar” naquela altura. Na verdade em todos os momentos da nossa vida existiram grávidas e senhoras com bebés nos sítios por onde passamos, a diferença é que antes o nosso cérebro atirava essa informação para o “lixo”. O facto de estarmos a experienciar a situação de ser pais ou mães fez com que a nossa “caixa pensante” começasse a reter essa informação e, por consequência, nós começamos a ter consciência dela.
O mesmo se passa ao nível das profissões. Um vendedor de cozinhas tem um SAR que o faz notar em todas as obras, casas em venda, placas com licença de obra, etc… Já um distribuidor de cerveja não liga absolutamente nada a isso e o seu SAR retém tudo o que tenha a ver com cafés, bares e restaurantes. Além do SAR profissional, todos temos pelo menos mais 6 SAR’s activados a cada momento da nossa vida. Cada SAR é como se fosse uma voz interior que nos passa mensagens, que nos chama a atenção para alguns dos milhões de inputs que recebemos diariamente, que nos guia e orienta nas decisões a tomar.
Vamos então ao que interessa: O SAR profissional de um Presidente de Câmara. Esse SAR deveria estar virado para o bem-estar dos seus munícipes. Certo?! Todos concordam! No limite todos os sinais exteriores que colocassem em causa o conforto e bem-estar dos cidadãos deveriam merecer respostas instantâneas do seu cérebro… o ideal até seria alguém inventar um capacete capaz de soltar uma “descarga eléctrica”, daquelas que “não matam” mas soltam um palavrão instintivamente, a cada atentado aos munícipes detectado. Mas isso é coisa do futuro.
O SAR do presidente deveria estar sempre activado: Cada vez que circulasse na EN 264 o SAR do presidente da câmara devia dizer-lhe “Que estrada de merda! Devia arranjar isto!”. Cada vez que fosse ao Jardim Municipal de Messines o SAR devia dizer-lhe: “Neste jardim é que eu não punha os meus netos! Devia arranjar isto?!” Cada vez que passasse em frente da “cabine de chapa” que serve de “terminal rodoviário” o SAR devia dizer-lhe: “Porra!! As pessoas ali molham-se e apanham sol! Nem sequer têm como escapar?! Devia arranjar isto!” Cada vez que passasse pelo Algoz o SAR deveria gritar-lhe: “Vila moderna uma ova!!! Devia olhar para isto!” Cada vez que fosse a São Marcos da Serra o SAR devia dizer-lhe: “Estas pontes são um perigo! Um dia destes ainda acontece uma desgraça! Devia arranjar isto!”
Não vivemos num mundo perfeito e por isso o verdadeiro SAR de um Presidente de Câmara está orientado para outras coisas… mais políticas e viradas para o umbigo. Por exemplo: quando passa por uma rua que tem uma escola o SAR do presidente não vê os miúdos (que por coincidência não votam) mas repara em 5 ou 6 velhotes a jogar às cartas… e diz o SAR: “Olha!! 6 velhotes a jogas às cartas! Devia levá-los a conhecer Sevilha!” Passa depois por jovens desempregados e, não reparando que estão todos na mesma situação, diz-lhe o SAR: “Olha!!! Está ali o Manel!! É filho do Joaquim que me apoiou nestas eleições! Devia arranjar-lhe um emprego na Câmara!” Passa por uma zona comercial, onde todos os comerciantes estão em dificuldades e lutam com taxas camarárias altíssimas, e diz-lhe o SAR: “Olha!!! Ainda há comerciantes neste concelho! Vou autorizar mais dois centros comerciais!” Mais tarde passa por uma reunião com os agentes culturais, que sufocam com a falta de apoios, e diz-lhe o SAR: “Olha!!! Estes tipos outra vez a pedir dinheiro! Tenho que sair daqui. Devíamos fazer um acordo de geminação com Punta Cana e enviar lá uma delegação!” A culpa, está bom de ver, é da má orientação do SAR.
Mas há mais. A oposição também tem SAR’s. E diz o SAR do principal partido da oposição: “Olha!!! Nós temos 3 vereadores, os outros têm 1 e o poder tem 3?! Vamos juntar-nos ao poder porque os outros gajos são alienígenas disfarçados que querem tomar conta do mundo.” E diz o outro partido da oposição: “Olha!!! Nós temos 1 vereador, os outros têm 3 e o poder também tem 3! Vamos juntar-nos ao poder senão ainda nos acusam de alianças de esquerda… cruzes canhoto!” E assim vamos, como diz o “outro”, sorrindo e cantando até à insolvência total!

In - Terra Ruiva, Novembro de 2009

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