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Blog de discussão política do concelho de Silves. - "Porque um concelho que exige mais dos seus políticos, tem melhores políticas e é um melhor concelho."
Tem o PDF do livro?
mais um profeta da desgraça
Para Marinho Pinto chegar a uns 15% não precisará ...
Fico satisfeito por ver que o rapaz ainda está viv...
O que eu gostei mais da entrevista foi de saber a ...
Depois de ouvir as palavras do Primeiro-ministro, à pouco nas televisões, e conjugando-as com os relatos que nos chegam desse mundo fora, acho que o próximo Orçamento de Estado deve contemplar um aumento das verbas destinadas às Forças Armadas... vamos precisar delas em breve.
Somos um país de brandos costumes e brando é também o lume que nos está a cozer. Tal qual um sapo na panela parece que ficaremos sossegados até que não nos reste alternativa...
“O problema da democracia em Portugal é que quem elege os governantes não são os que lêem jornais, mas sim os que limpam o cu com eles.”
Estou farto de ouvir os nossos governantes explicarem-nos que Portugal não é a Grécia, que os gregos estão bem piores que nós e que seremos o caso de sucesso de que a senhora Merkel precisa. Não acredito nisso. A situação do Estado português pode ser mais favorável que a do grego, mas é apenas uma questão de meses. Digo isto porque na Grécia a economia paralela tem um peso muito significativo e esse dinheiro que não entra nos cofres do Estado tem servido para que muitos sobrevivam. Por cá a economia paralela é bem mais pequena e as pessoas estão sufocadas e sem espaço de manobra… “vai vir” tempos difíceis, como diria o visionário Paulo Futre.
A austeridade, que este Governo vai continuar a fomentar, gerará mais recessão, mais desemprego e mais austeridade. As contas do Estado prevêem receitas fiscais que nunca irão existir e que minguarão à medida que os meses passam. Da oposição nada se pode esperar. O líder da oposição é aquilo a que os americanos designam um “nerd”… faz-nos lembrar aqueles meninos que na escola ficavam sempre na fila da frente a passar graxa na professora, que “marravam” e tiravam boas notas mas nunca seriam capazes de liderar nada ou criar o que quer que fosse.
Nos próximos meses chagará a agitação social e com ela toda a imprevisibilidade que os comportamentos das massas trazem. Vai haver “menino” com medo de sair à rua e vai haver muito político que sofrerá na pele pelos actos de gestão danosa cometidos. Não vai ser bonito de ver… isso não vai.
Deixa ver se eu percebi: as medidas que este Governo apresentou hoje para diminuir a despesa do Estado são… o aumento do IVA na electricidade e no gás?!!
Isto é fantástico!! Agora sim temos um Governo que usa soluções novas e imaginativas para meter o país no lugar! Força Passos Coelho!!
Lembrei-me de uma frase de Eça de Queirós que estará por certo
em voga nos próximos anos:
“Se V.Exas. nos cortam tudo, que poderemos nós cortar a V.Exas?”
Acho muito pouco verosímil que o país sobreviva ao que ai
vem, desde logo porque a periclitantes contas públicas estão assentes na errada
convicção de que os portugueses e as empresas conseguirão cumprir regularmente
as suas obrigações fiscais. Infelizmente será necessário que a “pancada” chegue
à Assembleia da República, à Presidência e ao Gabinete do Primeiro-ministro
para que percebam onde andam.
Leio as notícias nos vários jornais e fico deveras preocupado. Assola-me o facto de ser na altura em que o país mais precisava de um líder de esquerda forte e determinado, que nos calha na rifa… António José Seguro! Não me ocorre nenhum outro nome tão conotado com o actual sistema, com o cinzentismo, com os lobbys, com a política no pior sentido do termo… do que António José Seguro. Pode ser bom rapaz, pode acertar de vez em quando... mas o certo é que um bom rapaz não resolve isto e até um relógio avariado acerta nas horas duas vezes por dia.
Estes são tempos extraordinários, que exigem pessoas extraordinárias. Pagaremos todos muito caro esta escolha. Tudo se conjuga para a “tempestade perfeita”… precisávamos de um sonhador, um visionário, um revolucionário… um Lula da Silva, um Mário Soares, um Gorbatchev, um Mitterrand… temos o “Tó Zé”, o Jerónimo e o Louçã!!!!
Abençoai-nos Senhor…. e tomara que não seja tão grave como eu temo que possa ser.
É absolutamente ridículo o Estado não ter dinheiro neste momento para pagar ordenados no exército, nas polícias, nos transportes públicos… não ter dinheiro para pagar consumíveis para tribunais e hospitais… não ter dinheiro para abastecer de combustível as frotas da polícia, do INEM… não ter dinheiro para pagar bolsas de estudo a estudantes carenciados… e ainda assim o Governo insistir em que a culpa disto é da oposição que os mandou abaixo!
Será que alguém acredita que se não tivesse rebentado uma crise política haveria dinheiro para isto tudo? Será que a culpa de termos chegado a isto é da crise internacional e do Passos Coelho? Ou será que é o resultado de anos e anos de “festa” e de irresponsáveis a conduzir os destinos do país, gastando e enchendo os bolsos na esperança de que quem viesse a seguir pagasse a conta?
No meu entender a crise internacional veio antecipar em 2 ou 3 anos o inevitável estoiro do sistema e a crise política veio antecipar em 2 ou 3 meses o que já tinha sido antecipado. E a ver vamos se o resultado de tudo isto não será uma antecipação da convulsão social que se afigura cada vez mais grave.
José Gomes Ferreira, o director de economia da SIC, fazia ontem uma metáfora bem ilustrativa do que temos neste momento a acontecer. Dizia ele que Portugal parece um barco a afundar no qual, alheios a tudo e sem se preocuparem em evitar o afundamento, os almirantes (leia-se políticos) lutam entre si para ver quem chegará ao leme. Coisa inútil chegar ao leme de um navio que se afunda… mas ilustrativo da nossa capacidade de nos destruirmos.
Fazia-se, na TVI24, o rescaldo do congresso do PS. Surpresa… parece que muitos socialistas acham que se tratou de propaganda e não de um congresso (Daniel Oliveira diz no seu blog que já assistiu a congressos do PCP com mais pluralismo). Será possível que entre 1.200 congressistas ninguém fosse capaz de questionar as políticas deste Governo? Eu compreendo que no final deveria haver consenso e unanimidade, que todos deveriam remar para o mesmo lado. Não consigo é compreender que se percam 3 dias, que poderiam ser úteis para mudar o rumo e a estratégia COMPROVADAMENTE ERRADA do maior partido português, a massajar o ego do líder convencendo-o de que ele é que está certo. Um dos comentadores dizia que era natural que se assumisse aquela postura, afinal de contas aqueles 1.200 congressistas são os Deputados, os Presidentes de Câmara, os Chefes de Secção do Sector Público e os boys do sistema.
Antes de ontem também Medina Carreira fazia considerações na SIC Notícias. Faziam-se piadas com Medina Carreira e com o seu pessimismo… mas agora está à vista que tinha razão. Dizia ele que os políticos deveriam ser responsabilizados criminalmente pela má gestão que fazem dos dinheiros públicos. Falava na inutilidade de 3 auto-estradas Lisboa-Porto, no novo aeroporto, no facto de mais de 5.000.000 de portugueses dependerem do Estado, na alimentação das clientelas dos partidos… também ele usou uma metáfora: se nas nossas casas durante um ano o rendimento disponível sobe 2% e os gastos sobem 5% é inevitável que, passados alguns anos, o sistema entre em ruptura. Esse é o problema dos nossos políticos profissionais… são profissionais da estratégia, da demagogia, da ciência política e diplomacia mas não sabem, ou não querem, fazer contas simples.
Fui almoçar ontem e no restaurante um grupo de homens de uma empresa ligada à construção debatia a situação do país. Nunca como agora tinha ouvido tanta gente indignada e revoltada com os políticos. Sócrates, Cavaco, Passos Coelho, Portas e até Mário Soares ficaram com as orelhas a arder seguramente. Hoje de manhã, no café, mais um grupo de homens e mulheres e na conversa o mesmo desdém e ódio pela classe política e pelo que fizeram a este país. Parece-me que os nossos protagonistas políticos ainda não perceberam o que se passa nas ruas, esperamos que não venham a perceber da pior maneira.
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