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Blog de discussão política do concelho de Silves. - "Porque um concelho que exige mais dos seus políticos, tem melhores políticas e é um melhor concelho."
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mais um profeta da desgraça
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Acicatado pelo vizinho Caos Cosmos, e não me furtando às minhas responsabilidades de blogger silvense, vou trazer a este espaço a minha opinião sobre um assunto que, não sendo político, em tudo se assemelha às grandes questões políticas do nosso tempo.
É dado consumado que a Escola Agrícola, outrora o ex-líbris desta vila, vai fechar. As razões são económicas, ou pelo menos assim nos fazem crer. Nem é de estranhar que a Câmara Municipal de Silves tenha neste processo o papel de espectador quando deveria ser actor principal. Afinal esta câmara apenas “investe” no voto útil e os “papás” dos meninos, tal como os próprios meninos, da Escola não votam por cá. É muito mais útil investir nos seniores, esses sim eleitores fiéis e com taxa de abstenção baixíssima. Misturando a passividade da CMS com a escassez de recursos financeiros temos boa parte da justificação para o encerramento da escola. Mas não temos toda…
Não é meu hábito tecer comentários sobre instituições particulares (apesar de esta ser financiada a 100% com dinheiros públicos) mas desta vez acho que, não havendo mais ninguém que o faça, é bom que se diga que a actual gestão não se pode furtar às responsabilidades evidentes na “falência” do projecto. Sem aflorar muito partilho aquela que é a opinião generalizada da comunidade sobre o assunto, em moldes de história infantil:
“Era uma vez uma escola. Como todas as escolas tinha professores, alunos, auxiliares, directores e alguém que “pagava as contas” (uma espécie de Estado, "eleito" por um pequeno universo e que, por coincidência ou não, era composto pelos directores responsáveis e outros). Um belo dia os eleitores resolveram mudar os tipos que “pagavam as contas”, tipos esses que nas funções de “pagadores de contas” não eram remunerados mas, enquanto directores, auferiam ordenados (baixos ou altos consoante a “bitola” de cada um… não é isso que se discute). Assim que os recém-eleitos “pagadores de contas” tomaram posse ficou evidente que apenas lhes caberia “pagar as contas” sem nada receber em troca e sem grande margem para impor as suas ideias e projectos. Sem estranheza começaram a olhar para os directores que, aliviados de “pagar as contas”, pareciam libertos, felizes e contentes. A legislação laboral impunha que se mantivessem os directores, sob pena de se indemnizar para que saíssem.
Como os novos “pagadores de contas”, além de quererem impor a sua visão para a escola, também queriam ficar felizes e contentes… pensaram: vamos mandar os directores embora! Gastamos nas indemnizações mas depois disso ficamos também “felizes e contentes”. E assim fizeram. Negociaram com os directores e todos ficaram “felizes e contentes”. Tudo teria corrido bem se a legislação imposta aos estabelecimentos de ensino, em conjunto com o corte nos subsídios, não levassem a que o dinheiro das indemnizações fosse determinante no desenrolar do processo. O pior é que foi, e o processo culminou com alunos, auxiliares e professores… “infelizes e descontentes”.
Moral da história. Se eu fosse “director”, confrontado com o ter que abdicar para que os “pagadores” pudessem beneficiar, e pensando que a situação da escola estava minimamente assegurada, digo-vos já que… provavelmente também não abdicaria da minha “talhada”. Se fosse “pagador de contas” e entendesse que os directores estavam numa “cadeira dourada” sem nada a fazerem para a merecer… provavelmente também tentava correr com eles. Como em tudo na vida para haver conflito tem que haver duas posições, decida o leitor qual lhe parece mais verosímil.
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