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As mesmas sociedades de advogados que “blindaram” as PPP’s em favor dos seus clientes foram agora contratadas para renegociar as condições em favor do Estado. Isto é o mesmo que a polícia contratar o “terrorista” para desarmar a bomba que tinha acabado de montar. O cidadão inocente poderá pensar: “bem feito, eles conhecem os pontos onde podem actuar.” Eu penso que o objectivo é proteger a clientela e minimizar as perdas aos “tubarões”.

Dizem-nos que vivemos em Democracia. Dizem-me que temos um Estado de forte inspiração socialista mas para mim vivemos num regime feudal. É assim que se chama um regime que sacrifica os pobres para dar aos ricos. Na verdade nós somos mais que eles mas a teia está tão bem montada que nada podemos fazer. Quando um Governo age como marioneta dos grupos económicos e tem o poder de manobrar a seu gosto o aparelho judicial e fiscal não há democracia, há feudalismo. O Banco de Portugal, por exemplo, tem um conselho de supervisão formado por representantes dos supervisionados! A ERC, a Procuradoria-Geral da República e o Supremo Tribunal são “geridos” pelo Governo… e pelos supervisionados. É por isso que nunca ninguém será preso neste país.

Às vezes tenho pena que o nosso 25 de Abril tenha sido uma revolução “amaricada”… com cravos e sem tiros. O país continua nas mãos dos mesmos que o dominavam antes da queda do regime, quase como se nada se tivesse passado. Só espero que na próxima revolução se ataque o mal pela raiz.

Desiludam-se os que pensam que vamos no bom caminho. Provavelmente estaremos bem pior que a Grécia num ápice. Medina Carreira, o tal que previu tudo isto, disse na semana passada que “já antes da crise não tínhamos Economia para sustentar 5.000.000 de dependentes do Estado, agora muito menos.” Em média um português de classe média (se é que podemos chamar Classe Média a quem ganha mais de 1.000 Euros por mês) paga 73 euros ao Estado, por cada 100 que ganha, se tivermos em conta todos os impostos directos e indirectos. Não admira que sejam cada vez menos e que com isso todas as previsões de receita fiscal feitas pelo Governo sejam dizimadas. A boa notícia é que já só nos conseguem tirar mais 23 euros em cada 100… depois disso restam os muito pobres e os muito ricos e, das duas uma, voltamos à escravatura ou acontece uma revolução.

Há muito que digo que estamos 1 ano e meio atrás da Grécia. No Expresso da semana passada dois analistas prevêem um segundo pedido de resgate a Portugal já em Setembro ou Outubro… 1 ano e meio depois do segundo resgate à Grécia. Se tudo seguir este rumo estaremos, a meio do próximo ano, sem Governo e em busca de soluções. Teremos umas legislativas e umas autárquicas quase em simultâneo, teremos terreno fértil para convulsão social. Tal como os gregos, temos no centrão gente comprometida com o sistema económico e político vigente e não temos alternativas credíveis… é assim que estamos.

Dizia Dmitry Orlov, um pensador russo/americano que o colapso de uma civilização tem 5 estádios: Primeiro colapsa o sistema financeiro, depois o sistema económico, depois o sistema político, depois o sistema social e finalmente o sistema cultural… a identidade de um povo. O problema é que tudo isto é um lento processo de agonia e sofrimento.

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Um ano e meio...

10.06.12

Um ano e meio… é aquilo que nos separa da Grécia e que separa a Espanha de nós. Nada impede que as coisas se precipitem e que essas diferenças se esbatam, mas o destino será idêntico para os três.

Neste momento o Syriza, um partido de “extrema-esquerda” sem programa, sobe nas sondagens e prepara-se para ser poder na Grécia deixando o “bloco central” lá do sítio em sérios problemas. Por cá ainda não se vislumbra o Syriza… mas já se vislumbra a falência do “bloco-central”. Com 1 ano de poder o PSD apresenta os primeiros sinais de desgaste e o PS tem pela frente um problema “bicudo” chamado PPP’s.

Correndo o risco de ser “ultra-radical” eu diria que quanto mais tempo o PS levar a pedir a prisão de Sócrates e da sua pandilha, mais desacreditado fica. Quem com o ordenado de primeiro-ministro consegue ter o património que tem e viver em Paris “à grande e à francesa” não pode alegar que se enganou nas PPP’s… um mestre da gestão pessoal não pode ser um desastre na gestão pública. Tresanda a corrupção. O PS precisa de ser refundado, precisa de um reset… precisa de se ver livre dos Varas, dos Coelhos, dos Seguros, dos Santos, dos Penedos… até dos Serpas… precisa de um “golpe de partido”.

Os portugueses estão a mudar o seu pensamento. Todos os dias sabemos um novo detalhe sobre a “partidocracia” em que vivemos. Desde o SIED ao Alberto João Jardim, todos os dias o bloco central dá um tiro no pé. Até os naïfs, como eu, estão fartos…

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