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Temos resultados finais nas Legislativas 2011 e como sempre a análise dos resultados depende da perspectiva de cada um. Quando Sócrates discursava, para quem viu na SIC, um quadradinho no canto inferior esquerdo mostrava a festa do PSD no Marquês de Pombal e eu pensava: “quando, em miúdo, senti pela primeira vez a dor de uma derrota do PS provavelmente Sócrates estava a festejar a vitória com os seus companheiros da JSD”. É tudo uma questão de perspectiva e de tempo. O tempo que demonstrou que este líder não merecia o partido que o apoiava.

Os dias que se seguem vão ser de sentimentos múltiplos e antagónicos para todos os homens e mulheres de esquerda. Para mim a situação é clara. Já passei a fase da negação e à muito que aceitei que este PS não tinha competência para governar o país. Assistimos a uma campanha eleitoral vergonhosa, cheia de truques e de tiques “sul-americanos” que colocaram muitos socialistas perante a dúvida… uma campanha que tentou passar um “atestado de estupidez” às pessoas e que colocou em muitos dos que sempre estiveram com o PS o ponto de interrogação que nunca tinha aparecido antes. É bom que se lembre que este líder do PSD foi o mais “fraquinho” e impreparado que já vi em funções!

Não votei PSD e não acredito que Passos Coelho consiga gerir os interesses que envolvem o seu partido. Tenho no entanto a legítima e ingénua esperança de que este novo Governo consiga defender os interesses de Portugal, tal como tenho a legítima e ingénua esperança de que os tempos que se seguem sirvam para o PS “limpar a casa” e “desintoxicar-se” dos inúmeros vícios que o tomaram de assalto nos últimos anos. Esta derrota pode ser a oportunidade histórica de varrer “varas e rui pedro soares” da cena política, de limpar os milhares de parasitas que vivem à conta do Estado sob a égide do PS, esperando sempre que a sua militância cega seja recompensada com “tachos” e empregos de luxo. Tenho fé nesta hora de limpar os cacos!

Infelizmente parece que o debate interno já foi ultrapassado antes mesmo de existir. António José Seguro, o mais que provável líder do PS entre eleições, apareceu nas televisões com “um emplastro” atrás… esse emplastro deixa adivinhar já que o poder mudou e que o seu apurado “faro” lhe valerá um bom posto no futuro… voltamos pois ao mesmo!

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Nem dois dias tinham passado sobre o anúncio das medidas de austeridade impostas pela “troika” ao nosso país e já os dois principais partidos portugueses demonstravam que tudo o que seja mexer com os seus interesses não é bem-vindo.

É sabido que uma das medidas impostas passa pela redução significativa do número de autarquias, coisa que aliás é defendida por muita gente há anos e anos. Ora PS e PSD já vieram dizer que têm dúvidas em relação à diminuição do número de concelhos, porque por essa Europa fora os “concelhos” têm médias de habitantes inferiores à nossa. Isso é verdade… esqueceram-se foi de dizer que nenhum país europeu tem um modelo de administração do território de 3 níveis (Governos Civis, Câmaras Municipais e Juntas de Freguesia), como sempre compararam o que não é comparável.

Certo, certo é que, se PS e PSD já levantam reservas e o dinheiro ainda não chegou, depois de cá estar a “guita” não haverá um único concelho a desaparecer neste país. É preciso meter as “clientelas” em algum lado e diminuir o número de concelhos é sinónimo do pior tipo de desemprego que existe: os boys desempregados.

Deste episódio da “troika” guardo ainda outra imagem que tipifica o pior que a nossa política tem para oferecer: as intervenções de Sócrates e Catróga no intervalo do jogo Barcelona –Real Madrid, horas antes do anúncio das medidas de austeridade. É já de si significativo que se escolha o intervalo de um jogo entre duas equipas espanholas para fazer tal comunicado ao país, mas o pior foi mesmo o conteúdo das declarações. Sócrates, que durante semanas meteu a sua máquina partidária a “soltar” propositadamente hipotéticas medidas – duríssimas - para a opinião pública, deu um “duplo-mortal” e veio dizer que afinal “não ia doer nada”… graças a ela teríamos o 14º mês, o 13º mês, não haveria despedimentos na função pública e o ordenado mínimo não seria afectado! Foi uma “não-apresentação” patética e que assentou apenas num princípio: o aproveitamento político face a um povo que aos olhos do Primeiro-ministro é democraticamente curto de vistas e ignorante. Disse no fundo o que era essencial: “este acordo assenta no PEC IV que a oposição chumbou.”

Já Catróga, que mordeu o isco das más notícias propositadamente ventiladas pelo aparelho socialista e fartou-se de enviar patéticas cartas alarmistas, apareceu-nos visivelmente agastado pelo facto de as medidas não serem tão duras como o PSD esperava. Ainda assim tentou, pasme-se, sem conhecer o plano de resgate, assumir a “paternidade” do acordo que, de um momento para o outro, passou a ser trunfo eleitoral! Gaguejou, repetiu-se… e lá disse aquilo que era essencial: “este acordo é melhor que o PEC IV que nós felizmente chumbamos”.

Senti-me como um fantoche no meio deste joguete político vergonhoso. Se a máquina socialista fosse tão boa a governar como é na estratégia política seríamos seguramente o mais avançado país da Europa. Se a máquina social-democrática for tão má no Governo como é na estratégia estamos condenados ao terceiro mundo. Dizia-me um amigo que uma das razões pela qual os finlandeses ameaçaram não apoiar o plano de resgate português era o desprezo que sentem por quem gere mal dinheiros públicos. Desde sempre que quem o faz é penalizado nas urnas e corrido da cena política. Quando um finlandês olha para Portugal naturalmente estranha que um país falido tenha os principais responsáveis pela hecatombe das finanças públicas com 37% e 38% das intenções de voto nas sondagens! Certamente pergunta: “vou emprestar o dinheiro dos meus impostos a esta gente que durante os últimos 15 anos se abotoou com milhões e milhões de dinheiros dos contribuintes?! Então se não respeitam os seus contribuintes porque me haveriam de respeitar a mim?!”

Tenho fé que as próximas legislativas serão diferentes. Além dos 4 milhões de dependentes do Estado (em idade de votar), que sempre votam no seu interesse próprio, desta vez irão votar muitos outros. Muitos dos que normalmente se abstêm. Muitos daqueles que estão revoltados com este estado de coisas e que em anos anteriores nem se dariam ao trabalho de ir votar. É bom que o façam, porque se não o fizerem nada mudará. Vamos continuar a gastar mais do que temos, vamos continuar a pagar a “crise” com o nosso sacrifício, vamos continuar a assistir calados ao saque dos dinheiros públicos e ao parasitismo que domina o Estado. Pelos vossos filhos, vão votar no dia 5.

In. Jornal Terra Ruiva - Maio de 2011

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Os partidos políticos, na sua generalidade, contribuíram para que se chegasse a um ponto em que não existe qualquer representatividade na Assembleia da República. De facto, estarem lá 85 deputados de um partido ou apenas um deputado com 85 votos é a mesmíssima coisa. Imaginem o dinheiro que se poupava se em vez dos 230 deputados se distribuíssem os 230 votos pelas 6 forças com assento parlamentar!

É fácil cairmos na tentação de falar mal de todos os políticos quando muitas vezes esses políticos são tão vítimas como nós no estado a que a nossa democracia chegou. Seria muito mais fácil para todos os eleitores que se concentrassem em eleger regionalmente os seus representantes, exigindo-lhes responsabilidades pelo trabalho realizado e penalizando-os no final de cada legislatura caso o seu trabalho não correspondesse aos interesses das populações.

Como pode um algarvio votar novamente em quem viabilizou as portagens na Via do Infante? Ou mais grave, como podem os que se afirmam contra tal coisa ter votado a favor dela no cumprimento da disciplina de voto imposta pelos partidos?

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Quando Sócrates tomou posse eu era um dos entusiastas que festejou o facto. A forma directa e enérgica com que se apresentou ao país fez-me acreditar que o futuro de todos nós seria melhor com ele no “comando”. O início foi prometedor. Fez reformas importantes, mexeu com “lobbys” instalados e, já com Teixeira dos Santos à frente da pasta das finanças, reduziu o défice de forma espectacular. É claro que hoje sabemos que já nessa altura ignorou avisos e sinais sérios do que ai vinha… confiou na sorte.

 

Chegados ao último ano do primeiro mandato Sócrates mudou e passou a preocupar-se apenas com o poder, com o aparelho partidário e com o seu ego. Eu, tal como muitos outros portugueses, não me apercebi de imediato disso. O anúncio do final da crise, os recuos na educação e na justiça, a redução do IVA, os aumentos na função pública e a ruinosa actuação no caso BPN foram prenúncios preocupantes mas, pensei, “que raio! O homem saberá o que está a fazer!” Votei novamente Sócrates mas com enormes reservas e sempre esperando que o PS fosse capaz de chamar o Primeiro-ministro à razão.

O segundo mandato foi vergonhoso. Apenas e só estratégia política… “real politik” no seu estado puro. Tudo preparado ao pormenor para forçar a queda do Governo logo após a tomada de posse do Presidente da República. Mentiras todos os dias e, como se isso não bastasse, a contribuição diária para a instalação de um clima de terror no país. Quem está atento e informado sabe bem que Sócrates acusa hoje o PSD de querer fazer aquilo que ele sabe à partida que fará se for Governo mas não é capaz de assumir.

O congresso do PS foi para mim a “gota de água”. Como é possível uma coisa daquelas?! Nem em Cuba um congresso tem aqueles contornos de culto ao líder e total desprendimento em relação às óbvias responsabilidades que o Partido tem no estado do país. De lá para cá o discurso é sempre o mesmo: atacar o programa do PSD, imputar à oposição a responsabilidade de uma crise política que o próprio PS preparou e esquecer os 6 anos de governação concentrando as pessoas nas últimas 6 semanas.

Na semana passada, em vários locais, alguns “boys” abafaram com megafones e buzinas todos os que contestaram o líder e todas as perguntas inconvenientes dos jornalistas. Uma atitude inacreditável e com tiques ditatoriais. A diferença entre um líder democrata e um ditador não é a forma como lida com os que o apoiam… é sim a forma como lida com os que o contestam. Sócrates nisso é um Hugo Chávez e eu não quero ser acusado de ter contribuído para que tal tipo se perpetue no poder. Arrependido estou de o ter ajudado a chegar até aqui.

Ontem, em Évora, mais uma vergonha para todos os socialistas. A máquina de propaganda de Sócrates “importou” de Lisboa algumas dezenas de moçambicanos que sem saberem ao que iam (foram convocados pela Embaixada de Moçambique) serviram para mostrar às televisões os tais africanos que dava jeito ter para contrapor ao “africanista” do PSD. Quem usa assim pessoas, quem manipula assim o seu próprio povo é perigoso. Muito perigoso. Nestas eleições não está em jogo a ideologia... está em perigo a democracia.


Aqui ficam os videos que por estes dias deveriam fazer com que os responsáveis pela situação se retratassem e explicassem o que aconteceu ali e o que se prometeu aquelas pobres pessoas para ali estarem:

 

 

 

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Sócrates, com um Teixeira dos Santos que mais parecia um menino que tinha acabado de levar “táutáu” ao lado, apresentou ontem ao país as medidas que não vamos ter como contrapartida ao plano de resgate. Tratou-se de uma “não-apresentação”. É de facto um grande “artista” este PM. Para quem assistiu ficou a ideia de que estávamos perante uma redundante vitória do Governo… apesar da cara de Teixeira dos Santos nos causar alguns calafrios.

Logo de seguida o PSD voltou a “espalhar-se” ao comprido, com um Eduardo Catróga ridículo, a meter os pés pelas mãos e a reclamar que estávamos perante uma “vitória” do PSD que sempre tinha dito que o PEC IV não chegava!!!! Eu lembro-me é de virem dizer que não iam sacrificar mais os portugueses e que o PEC IV era demais!!! Em que é que ficamos?! Outro grande tiro no pé foram as cartas que o senhor Catróga andou a mandar (5 até à data) ao Governo, pedindo para saber a real situação do país e sempre com a mensagem implícita de que a dívida era bem pior do que o Governo dizia… pois bem, parece que afinal nem serão necessários os € 80.000.000! Parece que € 78.000.000 chegam, não é grande diferença mas chega para deixar Passos Coelho em mais uma situação complicada. Catróga e Nobre são de facto uma bela dupla de pontas de lança.

Hoje vamos conhecer na íntegra o plano. Se for, como se espera um ataque à despesa do Estado então aqueles que achavam que o FMI deveria entrar em Portugal estavam certos e ainda bem que vieram. É que nenhum Primeiro-ministro conseguiria atacar o “monstro” sem a imposição externa. Evidentemente o dia de hoje custará bem mais a Sócrates e seja qual for o resultado eu contínuo a achar que ele é o grande problema do país nesta altura.

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São cada vez mais as vozes que se levantam a favor da responsabilização dos políticos pelos seus actos de má gestão. Na sociedade civil a má gestão pode ser criminalizada e não há razão nenhuma para que a gestão da coisa pública não adopte as mesmas regras.

A questão das energias renováveis, que este Primeiro-ministro apresenta como um grande negócio e uma das gloriosas obras do seu Governo, mais não é do que um roubo aos contribuintes e um esbanjar de dinheiros públicos (tal como o Magalhães ou o TGV). Já todos sabemos que os estudos que sustentam estas obras draconianas são feitos “por medida” e oferecem sempre as mais variadas leituras, mas basta ser honesto e ter uma calculadora (já nem digo saber fazer contas) para saber de que falamos verdadeiramente quando o assunto são as energias renováveis.

A questão é muito simples, cada vez que o Primeiro-ministro, ou alguém do Governo, nos diz que Portugal tem 2/3 da energia provenientes de energias renováveis o que ele realmente quer dizer é que a capacidade instalada representa 2/3 da energia que o país consome. Coisa bem diferente, uma vez que para que os tais 2/3 fossem um facto todos os parques eólicos, barragens e painéis solares tinham que funcionar a 100%.

 

O grave disto é que o Estado anda a “estourar” dinheiros públicos incentivando o senhor Mexia e os seus amigos a instalar parques eólicos, painéis solares e tudo o resto com contas feitas sempre a partir da tal “Capacidade Instalada”. Ou seja, o investimento é feito esperando um retorno impossível de alcançar. As contas são simples de fazer: um parque eólico em Portugal, de acordo com especialistas, tem uma capacidade de produção que ronda os 25% da capacidade instalada. Uma barragem que produza energia tem uma capacidade de produção que ronda os 52% da capacidade instalada. Um projecto fotovoltaico tem uma capacidade de produção de cerca de 70% (uma vez que apenas é considerado o período do dia).

Para a propaganda do Governo faz sempre vento, as barragens estão sempre cheias e não existem dias nublados. Não viria mal ao mundo se não fossem os contribuintes a suportar mais este embuste que mais dia, menos dia, nos cairá nas mãos. É claro que eu gostaria imenso que Portugal fosse um exemplo Mundial nesta área, infelizmente estamos a ser um exemplo porque temos responsáveis políticos que nos estão a enganar a todos… ninguém em nenhum outro país avançou com este projecto de renováveis por uma simples razão: os responsáveis políticos são isso mesmo, responsáveis, vai dai… fizeram contas, viram que não era rentável nem sustentável, perceberam que estariam a hipotecar o futuro do país e tiveram medo de serem responsabilizados por isso. Nós por cá não temos problemas desses porque ninguém, jamais, será responsabilizado por nada.

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O buraco...

01.05.11

Durante a próxima semana iremos saber o que nos “calhará na rifa” quando a “troika” anunciar a “receita” para o país. Até lá teremos mais do mesmo. Mais delirantes discursos de Sócrates, onde retrata um país que só ele consegue ver. Mais “barro à parede” atirado por um PSD “travestido” de movimento de cidadania. Mais calculismo de Portas e do CDS (onde é que já vai o célebre “Paulinho da Feiras”). Mais aproveitamento pela lógica do “quanto pior, melhor” por parte de BE e PCP.

Depois do anúncio sabe Deus o que nos espera. O ideal seria que a “troika” nomeasse um representante seu para acompanhar cada líder político e impedir, na hora, as falsas promessas e os devaneios da nossa “nata” política.

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As listas dos principais partidos ao Distrito de Faro já são totalmente conhecidas. Novidades são muito poucas e no que diz respeito aos lugares elegíveis nada de surpresas.

Digno de registo apenas o facto de o concelho de Silves ter, nas listas do PS, uma representante. Os órgãos distritais do partido apostaram em Ana Sofia Belchior, advogada e messinense, para as listas finais que irão ser apresentadas a votos. Sem dúvida uma refrescante novidade que pode trazer em si uma “subliminar” mensagem…

Pela minha parte, e agora enquanto espectador, dou os meus parabéns à Ana Sofia Belchior e espero que este importante reconhecimento tenha eco no seu futuro político. É sem qualquer pudor que digo que se trata de uma das 2 opções sérias (leia-se capazes de trazer verdadeira mudança e capacidade mobilizadora) do PS para Silves em 2013. Esta nomeação pode, como de resto já afirma o Jornal Barlavento, não ser “inocente” e significar um empurrão de Miguel Freitas a uma candidatura nas próximas autárquicas. Espero que sim. Aqui fica a notícia:


João Soares volta a ser cabeça de lista do PS às Legislativas pelo Algarve

 
Foto 

João Soares volta a ser o cabeça-de-lista pelo PS Algarve nas Eleições Legislativas de 5 de junho, tendo o seu nome sido anunciado hoje pelo Secretário-Geral do partido José Sócrates, no fim da reunião da Comissão Nacional do PS.

TEMAS: Legislativas 2011

Em segundo lugar, de acordo com a lista aprovada pela Comissão Política da Federação do PS Algarve na sexta-feira, volta a surgir Miguel Freitas (presidente da Federação e atual deputado do PS eleito pelo círculo de Faro), seguido de Isilda Gomes (governadora civil), Jamila Madeira (também atual deputada), Rui Lourenço (presidente da ARS), Filipe Ramires, Jovita Ladeira, Dália Paulo (diretora regional de Cultura) e Márcio Viegas.

A Comissão Política Distrital aprovou ainda como candidatos Célia Brito, Sónia Melo, Eduardo Dias, Ana Sofia Belchior e Fernando Anastácio.

Esta lista irá ser submetida à aprovação da Comissão Política Nacional do PS na próxima quarta-feira.

Segundo o PS Algarve, a lista de candidatos traduz «uma aposta clara na continuidade do projeto que tem sido desenvolvido pelos parlamentares socialistas na Assembleia da República».

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Parece que ainda esta semana iremos ter a tão propalada crise política com a demissão do Governo imediatamente a seguir ao chumbo do PEC 4 na Assembleia da República. A acontecer teremos um Congresso Socialista mais “quente” do que o inicialmente previsto com as vozes de descontentamento a subirem de tom na inversa proporção em que o Partido descerá nas sondagens.

Ora sobre estas matérias tenho algumas considerações a fazer:

- Parece-me que uma nova ida a votos de Sócrates será de todo evitável, apesar de se apresentar como o cenário mais provável. Estas caras (Sócrates, Silva Pereira, Assis e Teixeira dos Santos) estão mais do que gastas. Muitos socialistas com memória (entre os quais eu me incluo) vão certamente olhar para tudo o que Sócrates disser em campanha como mais um “chorrilho” de mentiras. Quem não se lembra das promessas da primeira eleição em que dizia subir impostos “jamais”, Scuts com portagem “jamais”, diminiução do aparelho de Estado para já, etc… E quem não se lembra das segundas eleições em que anunciou o final da crise, derramou o nosso dinheiro no BPN, baixou o IVA, aumentou os funcionários públicos e manipulou todos os números que já então apontavam para a tragédia. E quem não se lembra da negociata escandalosa que comprou o apoio do “pesetero” Luís Figo com dinheiros públicos vindos do Tagus Park ou do balúrdio que a EDP pagou para que Manuel Pinho fosse “convidado” a dar aulas em Nova Iorque. Além disso neste último mandato Sócrates aprofundou a sua boa relação com Chávez e Kadhafi e vincou a sua personalidade de “ditadorzinho” arrogante e autoritário.

- Concordo com um “dinossauro” socialista que diz que não há qualquer vantagem em ser Governo minoritário nesta altura. É necessário um Governo forte e legitimado de “fresco” para jogar a “foice” logo nos primeiros meses às “ervas daninhas” do sistema. É preciso tornar o Estado mais magro, acabar com os ordenados escandalosos dos boys, acabar com os “Mercedes topo de gama com chauffer”, extinguir empresas municipais e fundações, acabar com a “boa vida” dos professores e dos juízes, acabar com o clientelismo das Câmaras Municipais, rever o mapa autárquico, estimular a criação de empresas e tributar os lucros absurdos da banca e das empresas em regime de monopólio do mercado. O que mais revolta as pessoas, e está bem patente nas ruas, é o facto de se pedir sacrifícios ao povo sem que os “empregos dourados” sejam tocados (como se pode ver pelo vergonhoso quadro já desactualizado de vencimentos acima do PM e PR).

 

 boys ps

 

- Havendo eleições até ao Verão aposto numa vitória clara do PSD e num brilharete do CDS. Por isso não acredito no propalado Governo a 3 de que se fala. Primeiro porque a maioria será clara e depois porque Sócrates nunca será capaz de governar a 3.

- Logo após as eleições o PS necessitará de novo Congresso para eleger novo Secretário-geral. Dificilmente o eleito nessa altura será candidato ao que quer que seja mas terá um papel decisivo no futuro deste partido. Há que devolver o PS às bases, por isso faço o apelo a que todos os socialistas subscrevam a “Petição para Adopção de Eleições Primárias no PS”. Essa simples alteração será suficiente para acabar com o “reinado” dos figurões do costume. Acabará com os candidatos autárquicos impostos, acabará com situações como João Soares a ocupar o lugar de um algarvio no Parlamento e muitas outras que apenas transmitem aos militantes a inutilidade da sua participação na vida do Partido.

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