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Blog de discussão política do concelho de Silves. - "Porque um concelho que exige mais dos seus políticos, tem melhores políticas e é um melhor concelho."
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mais um profeta da desgraça
Para Marinho Pinto chegar a uns 15% não precisará ...
Fico satisfeito por ver que o rapaz ainda está viv...
O que eu gostei mais da entrevista foi de saber a ...
Na última edição do, agora “instrumentalizado”, jornal O Algarve Mendes Bota acusa Mário Soares de usar a sua “memória selectiva” para fomentar o descontentamento dos portugueses em relação ao actual estado do país. No mínimo caricato se, no parágrafo anterior, atentarmos aos casos que Deputado Social-Democrata chama para a praça pública na sua inusitada tentativa de desviar os “holofotes” do PSD: Freeport – onde José Sócrates é figura de cartaz (e que eu gostaria de ver na prisão); Casa Pia – onde tentaram “linchar” Ferro Rodrigues; Face Oculta – onde Vara e Penedos “abrilhantam” o espectáculo (e onde eu também sonhava com justiça). Se isto não é memória selectiva então, meus amigos, encontre-se já outra definição para a coisa.
Sobre o BPN, a licenciatura de Relvas, o escândalo das PPP’s, as privatizações encomendadas… nem uma palavra. É por estas e por outras que o povo vai dizendo, para descontentamento do Dr. Bota, “Tudo é mau. São todos maus. Eles. Os outros.”
Sobre a crónica, que partilha em regime de rotação com o socialista Miguel Freitas na última página do dito “pasquim”, pouco há a dizer. Reflecte o estado de espírito da nossa classe política quando confrontada com a crítica, com os apupos e com a liberdade de expressão. Essa “porra” da liberdade de expressão “aleija”… na verdade é na forma como se lida com os que estão descontentes que a democracia se separa da ditadura. Estes governantes que temos lidam muito mal com isso. Agora a culpa é da imprensa, dos blogs, das redes sociais, do Soares e do Torgal… sim, porque “eles”, políticos da nação, são muito sérios! Todos estudaram em óptimas universidades e frequentam as melhores lojas maçónicas. Os seus filhos estudaram em Nova Iorque e hoje são administradores das melhores empresas que o contribuinte pode pagar. E nós temos que calar… não podemos ter memória selectiva. Ou por outra, não nos podemos lembrar de quando tínhamos um bom sistema de educação e de saúde… isso é selectivo. O que temos que nos lembrar é de quando todos eram analfabetos e as pessoas morriam de “uma doença ruim.”
O grande problema deste país são PS (Partido do Sistema) e PSD (Partido do Sistema Dois)… a partidocracia instalada é a raiz de todos os males e tenho dúvidas que ainda seja possível acabar com ela. Dizia Rui Rio, um político que muito estimo e que reforça a ideia de que nem todos são iguais, que “a Democracia acabou e estamos a entrar numa Ditadura muito pior do que aquela que experimentamos no século passado. A anterior ditadura tinha um rosto, alguém contra quem conspirar e a quem derrubar. Esta não tem rosto, não tem por onde lhe pegarmos.” No próprio jornal O Algarve (publicado, para meu espanto) Paulo Morais, um ex-vice da Câmara do Porto (expulso por socialistas e odiado por sociais-democratas), tem transcritas as seguintes citações: “O Parlamento é um escritório de advogados em open-space.” – “Há quatro ou cinco escritórios de advogados a vender alçapões às leis criadas por eles próprios, enquanto deputados.” – “As parcerias público-privadas são esquemas mafiosos para ir buscar dinheiro ao Orçamento de Estado.” Isto revela um pouco os motivos que tanto apoquentam a classe politica quando confrontada com manifestações, abaixo-assinados ou comentários nas redes sociais!
Mendes Bota, esse ícone da coerência, que ficou imortalizado na minha mente com uma pazinha de praia na mão a desassorear o Arade (na companhia de Isabel Soares), é o actual Presidente da Comissão para a Ética, a Cidadania e a Comunicação. Por certo tal cargo político dar-lhe-á umas belas equivalências, se optar por fazer algum Mestrado. Infelizmente não terá consequências para qualquer português porque, basta ler este seu artigo agora publicado, para entender que Ética não tem, Cidadania não precisa e Comunicação é uma chatice. É apenas mais um “tacho” para fazer curriculum, digo eu que tenho uma memória selectiva.
Enquanto Passos e Portas “dividem o saque” em segredo, o Partido Socialista viveu mais uma semana “esquisita”.
Como se esperava António José Seguro apresentou-se como candidato a Secretário-geral do PS. O “jótinha” cresceu e agora está um homem. No mesmo dia também Francisco Assis avançou para a corrida e no dia antes António Costa disse que “ainda” não é tempo de se meter nestas “alhadas”.
Seguro é um homem por quem todos os socialistas nutrem um carinho especial. Apesar de encontrar maior suporte na ala esquerda do partido parece-me que pode ser uma boa solução para os tempos que se esperam. Saberá sempre dialogar ou negociar e tenho a certeza que poucos têm tão claras as concepções ideológicas da esquerda como ele. Pessoalmente ainda não aprendi a olhá-lo como um líder, parece-me que lhe falta energia e alguns cabelos brancos.
Assis é mais do mesmo. Chamaram-lhe o “cão de fila” de Sócrates. A imagem que tenho de Assis é a pior possível, a de um político envolto numa retórica apurada (que nunca diz a verdade completa, sempre pensando nos prejuízos que dai podem advir) mas totalmente moldado ao “sistema” e conivente com todo o aparelho socrático. Francisco Assis parece-me pouco talhado para líder e por certo foi empurrado para esta posição por todos aqueles que esperam manter o seu “modo de vida”.
Sobre António Costa posso dizer que seria o líder perfeito. Era difícil que aceitasse tal tarefa sem estar preparado e sabendo o desgaste enorme que espera o protagonista deste “filme”.
A semana fica ainda marcada, na esfera socialista, por 3 outras notícias que merecem uma reflexão:
Ana Gomes disse o impensável sobre Portas, chegando ao ponto de o comparar ao também socialista Strauss-Kahn. É habitual Ana Gomes dizer coisas que nenhum eurodeputado pode dizer e que muitos “opinion-makers”, sem um décimo das suas responsabilidades, não se atreveriam a dizer, esta foi só mais uma e é condenável. Quem apoiou Paulo Pedroso, Sócrates e foi conivente com Armando Vara não pode vir dizer que as suspeitas sobre alguém são quanta basta para traçar o seu carácter.
Mário Soares em entrevista ao “I” disse que o PS precisava desta “cura de oposição” e de muitas mudanças. Posição coerente do histórico fundador do Partido que, pelas responsabilidades e peso que tem, nem sempre pode assumir posições de ruptura. Compreende-se… de “Carrilhos” já temos que chegue. Já não se compreende é que um qualquer anónimo militante de base seja tratado como uma “besta maldita” por criticar as posições e a organização socialistas.
O “Jornal Barlavento” publica uma notícia sobre os maus resultados do Partido Socialista no Algarve. Em 5 anos o PS em Faro passou de 6 deputados para 2. Inédita a derrota em todos os concelhos do Algarve e percentagem de votos PS mais baixa do território continental. Estes números deverão forçar a uma reflexão na federação… ninguém acreditará que tudo isto (e o que se passou nos últimos 3 actos eleitorais) são responsabilidade única de Sócrates. Existe por certo muita incongruência, muita falta de dinâmica e uma fraca liderança a discutir por cá.
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