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Blog de discussão política do concelho de Silves. - "Porque um concelho que exige mais dos seus políticos, tem melhores políticas e é um melhor concelho."
Tem o PDF do livro?
mais um profeta da desgraça
Para Marinho Pinto chegar a uns 15% não precisará ...
Fico satisfeito por ver que o rapaz ainda está viv...
O que eu gostei mais da entrevista foi de saber a ...
Ainda com o “cheiro a filhós” no ar o Orçamento Municipal para 2013 lá foi aprovado em Assembleia Municipal, com os votos favoráveis do PSD, a abstenção do PS e os votos contra da restante oposição.
Pelo que li o Orçamento para 2013 prevê menos 10M€ de receitas do que o anterior, o que, é justo dizê-lo, será mais uma vitória da oposição – que sempre alertou para este escândalo dos orçamentos inflacionados - do que um “mea culpa” do executivo. Já todos estávamos habituados aos orçamentos “alucinados” de Isabel Soares, este último previa receitas de 47M€ e a 30 de Novembro estavam arrecadados 27M€. Mesmo com o corte o Orçamento de 2013 deverá apresentar um desvio de mais de 5M€ face às receitas que o município irá obter… défice, mais défice.
A posição de abstenção do PS, nesta fase da votação, parece-me responsável. As consequências para os cidadãos e entidades do concelho seriam mais dramáticas caso o Orçamento fosse chumbado. Ainda assim o PS não se livrou de um “presente envenenado”, com a declaração de voto do PSD a “agradecer” todo o empenho e cooperação do PS na elaboração deste orçamento…
Também é coerente a posição dos restantes partidos com assento na Assembleia Municipal, BE e CDU, que votaram contra. É bom dizer que este é um péssimo orçamento, com consequências trágicas para o concelho… mas tenho dúvidas que fosse possível fazer melhor sem mexer nos postos de trabalho que a CMS assegura e nos direitos dos seus trabalhadores.
Clubes, Associações e Juntas de Freguesia continuarão a ser os “Cristos” em 2013 e de investimento… nada! Ora o investimento é “aquilo” que permite criar valor, criar emprego e por conseguinte… criar receitas! Estou por isso ansioso para começar a ler os programas eleitorais dos vários partidos para as próximas autárquicas, e perceber quais os que farão “copy/paste” de programas antigos, requentados e comprovadamente ineficientes… e quais terão a decência de entender que Silves apenas pode “sair do buraco” se oferecer vantagens que atraiam empresas, pessoas e capital.
Espero sinceramente que 2013 não seja tão mau como muitos antecipam e que todos os “players” da política local se empenhem em defender as pessoas. Bom ano 2013.
PS. Uma palavra para o “serviço público” que a CMS presta no seu site… continuam disponíveis para consulta apenas as actas do ano 2008!! São 5 anos de atraso na informação dos munícipes! É caso para dizer, se não fosse o tornado, só saberíamos que tínhamos novo presidente lá para 2016!
O dia 16 de Novembro trouxe Silves para os noticiários pelas piores razões possíveis. O tornado que devastou parte dos concelhos de Silves e Lagoa foi motivo de muitas horas de emissão televisiva e de primeiras páginas em toda a imprensa nacional.
Ficamos sempre tocados com estas situações e mais ainda quando elas envolvem pessoas que conhecemos e um município já de si devastado. Não bastavam as dificuldades económicas do concelho, agora há também que reconstruir uma série de infraestruturas públicas devastadas pelo fenómeno meteorológico sem precedentes na região.
Pelas razões que certamente não terá desejado, Rogério Pinto assumiu o protagonismo como o novo líder silvense e saiu-se muito bem. Curioso o facto de em Lagoa, provavelmente na preparação da sucessão (digo eu, sem saber se o presidente estava de facto impedido de dar a cara), ter sido o vice-presidente a aproveitar o “mediatismo” que a tragédia trouxe. Mas voltando a Rogério Pinto, as suas palavras foram importantes e, na minha opinião, demonstraram um estilo totalmente diferente das “lágrimas de crocodilo” que Isabel Soares sempre carpiu nestas situações. Pareceu-me genuinamente consternado e preocupado… sem querer aproveitar a situação.
Da sua boca saiu um importante apelo à mobilização do concelho e o reconhecimento da falta de capacidade financeira para pagar a reconstrução. Na verdade o orçamento silvense pouco mais comporta do que os custos com pessoal e responsabilidades básicas da autarquia. Um exercício curioso, com base nos orçamentos municipais dos concelhos vizinhos em 2011, demonstram que em Silves a divisão do orçamento anual pelo número de funcionários autárquicos dá € 52.000/por funcionário. Em Albufeira o valor é € 74.300/por funcionário, em Loulé € 94.600/por funcionário e em Lagoa de € 82.600/por funcionário. É por isso normal que não exista margem para imprevistos nem dinheiro para investir no concelho.
Deixando de lado as “politiquices”, agora é tempo de o concelho se unir. Hoje mesmo centenas de pessoas ajudaram na limpeza dos estragos deixados na baixa de Silves, num sinal de solidariedade que merece admiração. Nos próximos tempos estou certo que as forças vivas locais dirão presente e a ajuda aparecerá. Já tenho conhecimento de algumas ideias em curso e deixo aqui uma outra ao cuidado do Sr. Presidente da Junta de Freguesia de Messines e dos Restaurantes locais: que aproveitem a proximidade da “Semana Gastronómica” e contribuam com um valor por refeição a favor das vítimas do tornado. Seguramente os media divulgarão a medida e muitas mais pessoas sairão de casa para provar as iguarias messinenses sabendo que com isso estão a contribuir para uma boa causa.
Quem pode também dar uma ajudinha ao concelho é o “regressado” Carneiro Jacinto, que estreou ontem na SIC Notícias, um programa seu, “Bola ao Centro”. Não seria demais pedir-lhe que visitasse o “seu concelho” e procurasse dar visibilidade ao Silves FC, um clube que sobrevive no fio da navalha e vê agora as suas infraestruturas devastadas. Se o objetivo do programa é falar dos bastidores do desporto seria interessante divulgar o trabalho daquelas pessoas e contribuir para que surjam apoios.
E já está. A CDU comprometeu-se a “jogar no Euromilhões” de sociedade com o PSD e aprovou o orçamento municipal para 2011. O “jackpot” são 18.000.000 de euros, que é quanto vai faltar no final do ano nos cofres da autarquia. O resultado desse “prémio” serão mais despedimentos (nas empresas que não vão receber da CMS pelos trabalhos e produtos que colocaram à disposição do município), mais endividamento (nos empréstimos que vão ser contraídos para tentar tapar o buraco), mais despesismo (nas festas que agora são patrocinadas pela CDU), mais clientelismo (nos novos funcionários e “Jôtas” que serão contratados) e mais arrogância por parte do poder. Tudo em nome da “responsabilidade” política, e do suposto interesse do concelho.
Não se sabe quais as contrapartidas negociadas, mas provou-se que afinal, e contra tudo o que se dizia, a CDU é uma força política que se preocupa primeiro com os seus presidentes de junta e depois com todos os munícipes e contribuintes do concelho. Estou certo que alguns comunistas da terra esgrimirão argumentos muito convincentes e elaborados mas o certo é que a CDU sempre fez seu “cavalo de batalha” a luta contra a gestão autárquica que agora viabiliza. Viva a coerência.
Do lado do PS ficou a imagem que interessa. Em Silves o Partido Socialista não foi conivente com jogadas financeiras (é disso que se trata quando se aponta uma falsa receita apenas para poder justificar a despesa exagerada) e marcou a sua posição. A Comissão Política e a Vereação souberam resistir ao “canto da sereia” e demonstraram sempre uma atitude responsável, séria e de ruptura com as práticas instaladas. Podemos dizer que começam agora a jogar-se as próximas décadas deste concelho e o PS demonstrou já que é a única opção capaz mudar Silves. Digam o que disserem, labutem o que quiserem… esta foi uma vitória e uma afirmação do PS.
Voltou o executivo Camarário a insistir no esgotado modelo económico - “tipo regabofe” - e voltou a oposição silvense a chumbar o Orçamento Municipal para 2011. Isto de governar em Democracia é uma chatice… ter que aceitar as opiniões dos outros, ter que negociar e procurar soluções que beneficiem todos é mesmo a pior coisa que pode calhar na “rifa” a quem estava habituado a não “dar cavaco” a ninguém.
Quando chegou ao poder, há quase 15 anos, o PSD tinha um sonho e um projecto para Silves. Hoje ficamos a saber que o sonho era fazer de Silves a “Sevilha do Algarve” e o projecto era “desassorear o Arade”… em todo este tempo não se conheceram outros sonhos ou projectos. O modelo económico seguido, que o executivo de Isabel Soares copiou dos concelhos vizinhos à letra, levou à destruição de tudo o que estava feito por José Viola e José Viseu. Passamos a apostar “todas as fichas” no turismo… a ideia era simples: não tínhamos que produzir nada, bastava atrair ingleses, alemães e irlandeses ao Castelo de Silves e aliciá-los a deixar uns “patacos” no comércio local. Estava feito.
O “silvense tipo” para a actual gestão é o que “caia” a casa de branco, pinta as “bordas” das janelas de azul, sai à rua vestido como se fizesse parte do “rancho folclórico” e sabe dizer “you’re very wellcome!” com o mesmo “accent” do Zêzê Camarinha. Os outros… os que querem um concelho moderno e atraente para quem cá vive, os que querem produzir e fabricar coisas, os que querem pesquisar e criar, os que ambicionam um futuro de liderança para estas terras... esses são os hereges. Trocou-se o original Festival da Cerveja pela gasta Feira Medieval, realizada em tudo o que é terra com castelo. Trocou-se a Festa da Laranja pela Ópera no Castelo, onde se contratam artistas elitistas estrangeiros e se agrava o défice da balança comercial (este ano, por exemplo, a corrida de São Silvestre no Porto só contou com atletas nacionais para garantir que o prémio ficava em Portugal). Trocou-se a terra pelo ar, trocou-se a serra pelo mar… trocou-se o progresso pelo “deixa andar”.
Quase 1.000 funcionários camarários e € 60.000.000,00 de passivo depois estamos, finalmente, no último mandato. Desta vez sem maioria. E à primeira a coisa falhou! A oposição, que antes era privada de informação, maltratada, ignorada, manipulada… agora tem “voto” na matéria. Essa mesma oposição tem-se encarregado de demonstrar que mais não fazia porque não podia. A actuação na questão das taxas de IMI e no Orçamento demonstrou que PS e CDU não compactuam com a “má gestão” e com os orçamentos “delirantes” que o PSD tem aprovado sozinho nos últimos 13 anos… com os resultados que estão à vista.
Diga-se, em abono da verdade, que pelo menos o PS sempre manifestou publicamente a disponibilidade em negociar e viabilizar um orçamento que fosse sério e apropriado aos tempos que correm. Em vez de sentar à mesa e falar sobre isso a gestão PSD preferiu apresentar um Orçamento que prevê um crescimento das receitas de 50% face a 2010, sem que a despesa sofresse qualquer revês (à excepção das Juntas de Freguesia, verdadeiros “Cristos” deste orçamento). Escusado será dizer que o documento foi chumbado. Tal como foi chumbada a segunda proposta, que previa uma redução na despesa na ordem dos € 2.000 em todo o exercício (provavelmente iriam desligar a luz meia hora mais cedo às terças-feiras) e continuava a insistir na absurda receita. A obstinação é tal que a solução mais prática que se encontrou foi procurar “limianos”, malta disposta a vender a “alma” e sempre escudada no interesse da sua população e alicerçada pela ambição política… como se essa população não fizesse parte de algo maior. Parece que também isso falhou.
Desejo para este ano que lá pelos Paços do Concelho percebam que estes são outros tempos. São tempos em que todos precisam de fazer esforços. Desejo que esta oposição continue o seu bom trabalho e desejo que, pela primeira vez desde que sou adulto, o bom exemplo em Silves venha de cima! Bom ano a todos.
In. Jornal "Terra Ruiva" - Janeiro de 2011
“Estoirou o verniz” na aprovação do Orçamento para 2011. Sem maioria absoluta e com uma oposição “motivada” como há muito não se via a coisa só podia ter este resultado.
Haverá quem defenda que foi um erro “chumbar” o orçamento. Eu acho que o verdadeiro erro foram todos os orçamentos que precederam este, desde que a Dra. Isabel Soares tomou posse. E vamos ser claros, não é por me dizerem que todas as Câmaras Municipais “manipulam” os orçamentos que eu vou achar que em Silves isso é uma solução.
Toda a blogosfera já abordou o assunto. Uns chamando a si os louros, outros encontrando nas entrelinhas razões que a própria razão desconhece, outros transcrevendo comunicados dos seus partidos, outros ainda abordando o assunto de forma totalmente pragmática. Resta-me por isso muito pouco por dizer, a não ser dar os parabéns ao PS pela forma coordenada com que abordou esta questão e como soube ultrapassar as diferenças de pensamento internas em nome do interesse do concelho.
Vai ser difícil? Vai! Vamos todos sofrer com os duodécimos? Vamos! Mas, pergunto eu, haverá alguém que defenda continuar com o modelo anterior?! Diz o meu estimado Manuel Ramos que regista com surpresa “a repentina surpresa de alguns quanto à irrealidade dos orçamentos PSD dos últimos anos”. No meu entender o que houve foi resignação… impotência. Sempre me lembro de ouvir falar das hilariantes previsões de orçamento deste executivo… da esquerda à direita. Se ninguém o escrevia a razão só podia ser resignação. Desta vez havia como parar a “máquina” e… a “máquina” parou.
Ainda a propósito do blog do ex-vereador Manuel Ramos deixem que sublinhe aqui uma posição minha que, como muitas outras terá o dom de cair mal no PS, no PCP e no PSD. Subscrevo que os cortes nas verbas para as freguesias de Messines e Silves deveria ter sido abordado pelo PS, ainda que sejam ambas freguesias CDU. E acho isso porque sei que muito do eleitorado que vota CDU na freguesia, vota PS no município… é preciso um PS Silves que saiba tratar bem até o eleitorado que não confia nos seus candidatos às freguesias… afinal somos todos munícipes e queremos todos o melhor para o concelho. Evidentemente o melhor para o concelho passa por levantar a voz quando se “amputam” financeiramente as freguesias “chave” deste burgo.
O que cai mal no PSD fica para o fim. Saibam que até alguns do “ícones” desse partido neste concelho acham vergonhoso a proposta vingativa, cobarde e infame que foi feita às freguesias.
Até me disseram da Dra. Isabel Soares algo que bateu “tim-tim-por-tim-tim” naquilo que uma “ressabiada” política perdedora da suposta esquerda concelhia me disse em público um destes dias: “pensa que as pessoas gostam de si mas engana-se”. Eu “embrulhei” porque não estou interessado em que gostem de mim. Não sei é se a “carente” presidente que temos reagirá bem se lhe disserem uma coisa destas!
Passem bem. Até ao fim do ano não percam aqui a resenha do ano 2010. Boas festas, bom Natal, felicidades… a todos. Até à senhora presidente e seu séquito, porque eu sou dos que acredita que as intenções são sempre boas, o que pode ser mau é o raciocínio!
Se me pedissem para resumir numa só frase os grandes problemas que todos enfrentamos nesta altura eu escolheria esta: Não há açúcar para tantos gulosos!
É um retrato interessante e actual do Mundo, numa altura em que o doce alimento escasseia nas prateleiras dos hipermercados, levando mesmo a que alguns optassem por racionar as quantidades que cada cliente leva. A globalização é assim mesmo, é como um cobertor demasiado curto em noite de Inverno…. tapa-se pescoço e logo ficamos com os pés gelados. Com os mercados a absorver quantidades cada vez maiores de cana-de-açúcar para fabrico de bio-diesel era de prever que, mais tarde ou mais cedo, bebêssemos o café amargo. Por certo não chegaremos a tanto, mas não escaparemos de mais um forte aumento numa série de produtos que todos os dias consumimos.
A metáfora do açúcar aplica-se como uma luva ao nosso país mas as páginas de 10 jornais não seriam suficientes para enunciar tantos “gulosos”. As linhas que me cabem dão quando muito para tecer algumas considerações sobre a “amarga” gestão da nossa Câmara Municipal. Vejamos o “estafado” tema do orçamento municipal para 2011:
No corrente ano as receitas da CMS irão ultrapassar em pouco os 30.000.000 de euros. Sabemos que as transferências para as autarquias por parte do Estado sofrerão uma redução de 10%, sabemos que o IMI irá manter a taxa deste ano, sabemos que as restantes receitas tendem a reduzir ainda mais em 2011… mas a gestão da Dra. Isabel Soares prevê para o ano uma subida de 50% nas receitas!! É mesmo. São 48.000.000 de euros que provavelmente contam com o primeiro prémio do Euromilhões e com a taluda de Natal.
Temos depois o lado da despesa, e é aqui que a falta de açúcar nos afecta mais directamente. As dívidas a fornecedores aumentam a um ritmo fulminante, os quadros de pessoal estão mais “gordinhos” e mais “gulosos”, os eventos despesistas continuam na agenda, as horas extraordinárias continuam a ser pagas a rodos… tudo isto seria comportável com o tal aumento de 50% nas receitas. Mas, como o aumento é falso, há que cortar. E corta-se onde?! Nas Juntas de Freguesia, em primeiro, nas Associações e Colectividades, em segundo lugar. A “facada” é em média 35% de redução nas transferências para as juntas. O lógico seria um corte de 10%, igual ao corte das transferência do Estado, mas há que sustentar os “gulosos”.
Não ficamos por aqui. Se olharmos para o corte que cada junta leva podemos constatar que Messines e Silves, as 2 maiores freguesias que juntas têm 2/3 da população do concelho, verão os seus orçamentos reduzidos em 50%. Mas que raio?!!! Que sentido faz isto, pensei eu! Fui ver os cortes das restantes freguesias para tentar perceber que critério havia sido usado para determinar as verbas que cada junta receberia. Primeiro vi habitante por quilómetro quadrado, não batia certo. Depois vi a contribuição para a receita fiscal de cada freguesia, também não batia certo. Procurei encontrar o IDH – Índice de Desenvolvimento Humano, também não dava. Vi todos os dados disponíveis no INE – Instituto Nacional de Estatística – das freguesias silvenses e, adivinhem… também não havia justificação plausível para os cortes!
Finalmente acabei por encontrar um indicador que encaixa perfeitamente nos cortes quando pesquisei no site da Administração Interna os resultados das últimas Eleições Autárquicas. Está lá claro como a água que o critério utilizado para determinar os cortes foi a votação no PSD das últimas eleições. As freguesias onde o PSD não ganhou foram as mais penalizadas com cortes na ordem dos 50%. As outras, onde os fregueses foram fiéis, tiveram cortes na ordem dos 20%... tudo perfeitamente justificado e de acordo com a cartilha do Dr. Alberto João Jardim que tão bons resultados têm dado na Madeira. E o pior de tudo é que não adianta queixarmo-nos. Fomos nós que votamos nisto e nem podemos dizer que não sabíamos ao que íamos.
Vai ser um ano complicado para todos nós, em Silves. O despesismo e má gestão vai continuar lá pelos Paços do Concelho e daqui a 3 anos quem apanhar com o concelho nas mãos terá que adoptar uma gestão “diabética” à força… a ressaca, se lá chegarmos, será complicada! Aproveitemos pois a quadra natalícia para comer muitos doces, enquanto ainda há açúcar que chegue para todos. Desejo-vos um óptimo Natal e espero que o ano 2011 seja menos mau do que este.
In. "Terra Ruiva" - Dezembro de 2010
Não tenho tido muito tempo para postar, mas tenho conseguido passar “frequentemente” pela blogosfera silvense que, diga-se de passagem, atravessa fase bastante saudável.
Começando pela vizinhança temos de vento em popa o “Caos Cosmos”, na sua luta contra o “pivete” que é a nossa freguesia… agora num estilo “papparazzi” que se revelou bastante eficaz na questão do lixo. Também de máquina em “riste” o “Vereador Fernando Serpa” denunciou a situação e merece uma palavra de incentivo pelo trabalho que tem feito nas questões da Alicoop e da Central de Lamas… sem ponta de ironia.
O também vizinho “25 de Abril”, da Tânia Mealha, apresenta “trabalho”. Reconheço-lhe toda a justeza nas críticas que faz à questão da distribuição das verbas para as freguesias prevista no futuro orçamento municipal. A análise está muito bem-feita e merece uma visita. “Vagueando” ao sabor do seu coração continua o também vizinho “Messines – Alte”, ajudando-nos a ter uma visão mais afastada dos pequenos problemas que temos ao mesmo tempo que nos brinda com grandes recordações da nossa terra. No post anterior deixo o texto que “roubei” ao Messines-Alte, por considerar que é deveras pertinente.
Recentemente “regressado” às lides o nosso António Guerreiro também vai fazendo “travessuras” no seu “Apontamentos Políticos”, reflexões de quem sabe da “poda”como ninguém. Mesmo ao lado o “Cidadania” joga noutro campeonato, ali prima a reflexão, a consciencialização e o olhar crítico. Já não é surpresa para ninguém a qualidade dos posts, apenas surpreende o ritmo a que se sucedem… até há quem diga que JJJ são as iniciais de José, João e Joaquim. Noutro quadrante o “Blog do Ex-Vereador”, de Manuel Ramos, abrandou o ritmo mas dá provas de continuar atento às questões fundamentais do concelho, tal como o “Coisas da Economia”, de Francisco Martins, um espaço que descobri há pouco e que me deixa feliz… pelo contributo que seguramente terá e pela admiração que merece o meu parceiro de página no “Terra Ruiva”… um óptimo professor, um excelente economista e um grande silvense.
Não será pela blogosfera que o nosso concelho está como está. Tal como não será pela blogosfera que teremos um orçamento municipal para 2011 que prevê um aumento da receita (face à receita arrecadada em 2010) de 50%... isto sabendo-se que as transferências do Estado sofrerão um corte de 10%, o IMI garante quando muito a mesma maquia e os restantes impostos e taxas registarão menos receita. Esperemos que lá por Silves joguem no Euromilhões ou na Taluda de Natal.
Não é meu costume reproduzir textos de outros blogs, mas a excepção faz a regra e este, publicado no Blog Messines-Alte, merece o maior destaque possível... até porque o que está em causa no fim de contas são as pessoas deste concelho e não as forças política. Com a devida vênia, aqui vai:
Proposta de Orçamento da CM de Silves para 2011.
Foi com atenção que li os posts nos Blogs “25 de Abril”, da Tânia Mealha e, “Coisas da Economia”, do Francisco Martins, onde estes mostram o quadro de cortes proposto pela CM de Silves para as diferentes freguesias.
Lamentam-se, mais o Francisco que a Tânia, esta é mais guerreira, não entender o critério utilizado para estabelecer os cortes referidos, alguns chegando aos 50%, mas já vislumbravam que as juntas de freguesia da CDU eram de longe as mais prejudicadas.
A Tânia mostra ainda ter esperança quando escreve “…claro que temos que ter em conta que esta medida só passa se o PS votar favoravelmente uma vez que o PSD não tem maioria…”. Vamos ver.
Fiquei curioso com o assunto e dei-me ao trabalho de ir ver os dados fornecidos com maior.
Tentei correlacionar a percentagem do corte atribuído a cada freguesia, com a votação obtida por cada partido para a Assembleia de Freguesia nas últimas eleições autárquicas. Se acaso houvesse “marosca”, como insinuavam a Tânia e o Francisco, essa seria prontamente revelada pelo gráfico na forma de uma clara correlação linear, que seria evidenciada por uma distribuição dos cortes ao longo de uma linha recta, indicando assim que as percentagens no corte dos fundos atribuidos estavam de facto relacionados com a escolha feita pelos eleitores quando colocarem o seu voto nas urnas.
Pois bem, os resultados não poderiam ser mais claros:
Para o PSD, na CM de Silves, o PS é indiferente, não passa de uma força política que poderá sempre ser útil e, como tal, convém não a hostilizar. Por isso mesmo, a votação no PS não foi utilizada como critério para a distribuição dos cortes e o gráfico mostra uma correlação nula.
Já quanto ao próprio PSD e à CDU a conversa é diferente. Como quem parte e reparte sempre escolhe a melhor parte, o PSD tratou de presentear as suas juntas com os menores cortes possíveis, o gráfico mostra por isso que quanto maior a votação no PSD menor é o corte efectuado na verba atribuída.
Já a CDU é claramente o inimigo a abater e, a CM Silves não faz disso segredo, castiga as freguesias rebeldes. Quem ousou votar na CDU leva! (Jorge Coelho não diria melhor). O gráfico mostra claramente que quanto maior foi a percentagem de votos atribuída à CDU maior é o corte na verba atribuída, ou seja a mensagem é clara, “desenrasquem-se e para a próxima não repitam a graça”.
É assim a vida, eu só digo, “não é nada que o Alberto João não tenha já feito na Madeira”.
Nada tenho para vos dizer neste vazio mês de Novembro. Comecei várias vezes a escrever mas acabei sempre por fazer “delete” ainda antes de terminar o primeiro parágrafo. Não sei se por falta de assunto, de opinião ou de paciência… o que sei é que desta vez não saiu nada. Eu explico:
Primeiro pensei em falar sobre o orçamento municipal para 2011. Mas, o que posso dizer de um documento que, ano após ano, é feito “sobre o joelho” sem que ninguém seja chamado à responsabilidade quando, no final, se verifica que nada bateu certo. O normal em Silves é uma execução orçamental “vergonhosa”, fruto de projecções que “empolam” as receitas e subestimam as despesas. O resultado de anos “disto” é visível em todo o lado. Ainda há bem pouco tempo éramos a Câmara Municipal do país que mais tempo levava a pagar aos fornecedores, hoje, um ano apenas após um recebimento extraordinário de 15 milhões de euros do Programa “Pagar a Tempo e Horas”, a dívida a fornecedores “galopa” a um ritmo impressionante e os prazos de pagamento dilatam-se a cada mês.
O próximo orçamento vai ser de contenção. Diz-se que o corte na despesa será na ordem dos 35%. Fala-se que as responsabilidades financeiras acumuladas pela CMS poderão “estrangular” as contas municipais. Especula-se que a grande “facada” está guardada para a as Juntas de Freguesia, algumas nem para pagar salários irão ter. Não me apeteceu nada falar disto, por isso decidi procurar outro tema e esquecer esta questão. Afinal de contas, nos tempos que correm, as pessoas estão tão habituadas a ouvir falar em dificuldades que já nem ligam.
Depois pensei na Fábrica do Inglês. Ouvi dizer que a autarquia se preparava para investir um avultado montante na realização de um “Estudo de Viabilidade” para aquele espaço privado. Montante suficiente, por exemplo, para equilibrar as contas de algumas Juntas de Freguesia do concelho. Não sei o que seria feito depois do estudo concluído, mas calculo que o argumento da criação de emprego e da preservação do edifício nos voltasse a “vir ao bolso” por altura da implementação das medidas que haveriam de ser apontadas pelos “estudiosos”. Uma vez que acredito na igualdade de tratamento entre munícipes pensei em seguida que seria bom se a CMS encomendasse estudos de viabilidade para todas as empresas em dificuldades no concelho. Imaginem quantos postos de trabalho se salvariam e quantos edifícios lindíssimos veríamos reabilitados?! Como sei que isto é utópico, e que a oposição não deixará avançar tal estudo, resolvi também “saltar” sobre este tema e não o trazer a estas páginas.
Passou-me em seguida pela cabeça trazer “à baila” o estado das ruas de Messines e Algoz. Parece-me a mim que a CMS está a fazer um “esforço” para colocar as ruas destas duas vilas a condizer com a estrada que as une, tal como uma senhora combina os sapatos com a mala e com o cinto. Depois de ter tido, durante anos, sob sua administração a EN 264 a CMS devolveu o “brinde” ao Estado e agora exige, e muito bem, que se ponha termo àquela vergonha. De facto não consigo entender como é que se gastam milhões a substituir pavimentos ainda em excelentes condições, em algumas auto-estradas desertas, e depois se mantém uma estrada vital para economia da região no estado lastimável em que se encontra a EN 264 (entender, até entendo… explicar é que já é mais complicado). Mas fora este parêntesis, o que me assola o espírito é o facto da mesma câmara que reclama a reparação da estrada nacional não olhar para o estado deplorável em que estão as ruas, essas de sua inteira competência (pelo menos não dei conta que as tivessem atirado para a alçada do Estado).
Passaram-me ainda outros temas menores pela frente… tais como os custos exagerados do “Lince Ibérico” para o erário público, as alterações de trânsito um pouco por todo o concelho ou a contratação de novos “técnicos superiores” anunciada recentemente. Nenhum me inspirou o suficiente para que escrevesse mais do que uma linha. Por estas e por outras este mês não tenho nada para escrever… vamos ver se o Natal me trás luz e bom material.
In. jornal "Terra Ruiva" - Novembro de 2010
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Para Marinho Pinto chegar a uns 15% não precisará ...
Fico satisfeito por ver que o rapaz ainda está viv...
O que eu gostei mais da entrevista foi de saber a ...