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Blog de discussão política do concelho de Silves. - "Porque um concelho que exige mais dos seus políticos, tem melhores políticas e é um melhor concelho."
Tem o PDF do livro?
mais um profeta da desgraça
Para Marinho Pinto chegar a uns 15% não precisará ...
Fico satisfeito por ver que o rapaz ainda está viv...
O que eu gostei mais da entrevista foi de saber a ...
É no mínimo surreal o que se está a passar com a União Desportiva Messinense (UDM) por estes dias. Na certa já todos ouviram falar da questão das dimensões do relvado do Estádio Municipal de Messines. Ao que parece o “bando de patos bravos na reforma” que controlam a Federação Portuguesa de Futebol (FPF) entendeu que, em ano de crise profunda, o que fazia falta ao país era ampliar e arrelvar os campos de futebol onde jogam os clubes que participam nas competições organizadas por eles. Recorde-se que a 1º e 2ª Liga são profissionais e já estão obrigadas a cumprir estas normas há bastante tempo. Esta é uma medida para o futebol dito amador que nos coloca na primeira linha mundial, ao exigir para um Messinense – Fabril, da 3ª Divisão - Série F, as mesmas condições que exige a UEFA para um Manchester United – Real Madrid, da Liga dos Campeões.
Parece-me óptimo que se nivele o país por cima, mas isto é demais. Os estádios que por esse país fora terão que ser intervencionados (muitos deles já estão a ser ou já foram) têm duas condições: são Estádios Municipais (a maioria), e como o nome indica são propriedade das autarquias e geridos por elas (o que coloca o contribuinte comum na grotesca posição de ver o seu dinheiro a ser utilizado para alargar em alguns metros o “campo da bola” ao mesmo tempo que lhe cortam o subsídio de desemprego, lhe aumentam os impostos e o obrigam a pagar nas SCUT); ou são propriedade dos clubes (a minoria) que, como todos também sabem, vivem de subsídios que as Câmaras Municipais lhes dão, dos “biscates” que fazem (tipo transportes escolares) e do apoio das empresas da “terrinha”. Ora, com as empresas a cortarem nos apoios (e também no pessoal) e as Câmaras Municipais sem verbas para atribuir, restam os transportes escolares (leia-se os biscates). Em última análise poderemos dizer que a opção será entre comprar uma carrinha nova para transportar os nossos filhos ou alargar o “campo da bola” e manter os “putos” na carrinha velha, com todos os riscos que isso possa trazer.
A primeira posição da UDM nesta questão foi abdicar da participação na 3ª Divisão e permanecer nos distritais, onde a Associação de Futebol do Algarve (AFA) ainda não exige tal extravagância (o que não nos livra de no final de algum jantar mais “bem regado” se lembrem de adoptar a medida). A ideia colheu a minha simpatia porque assentava no combate ao despesismo público, mas não era preciso ser o “polvo Paul” para adivinhar o que se iria suceder a seguir. A AFA e FPF ameaçaram a UDM com a suspensão de competições e com a aplicação de multas caso fosse avante com a herege ideia. À hora que escrevo estas linhas a UDM irá participar na 3ª Divisão Nacional contrariada, utilizando para isso o Estádio Municipal de Salir… que para os mais distraídos está situado no concelho de Loulé.
Entramos agora em águas mais lamacentas com a pergunta: Então no concelho de Silves não existe um Estádio com as medidas oficiais da FPF? A resposta é… não! E também não parece que vá existir um tão cedo. Aceito a decisão camarária de não gastar dinheiro com os delírios da FPF numa altura destas. O que crítico é a falta de planeamento que grassa neste concelho e que salta a vista em todo o lado… do desporto à economia, passando pela cultura e urbanismo. Nem me venham com a desculpa de que se trata de uma regra nova porque, nos escalões superiores, ela já existe há bastante tempo e é por isso que Salir, Ferreiras, Paderne ou Guia (entre centenas de outros por esse país fora) têm campos com as medidas correctas e nós não.
Já sabíamos que em Messines para disputar uma partida oficial de qualquer modalidade indoor tínhamos que ir ao Pavilhão de Armação de Pêra (que ao menos é no concelho) porque os dois pavilhões da freguesia juntos… não fazem um. Agora ficamos a saber que no caso do futebol nem o concelho nos vale e temos que andar a pedir favores aos concelhos vizinhos para que os nossos clubes joguem dentro das regras. O que se seguirá!
Com esta conjuntura volta “à baila” a questão da localização do Estádio Municipal de Messines. Se somarmos o investimento do alargamento, a obrigatoriedade de a curto prazo substituir o desgastado relvado sintético e a necessidade de encontrar um campo que possa servir para descongestionar o actual - permitindo por exemplo que os miúdos das camadas jovens não tenham que treinar à hora em que deviam estar em casa a descansar - chegaremos à conclusão de que esta é a terceira oportunidade que temos de resolver de vez a questão do Estádio Municipal obsoleto que serve de “tampão” entre duas metades da vila.
Os terrenos do Estádio são por certo apetecíveis e poderão ser usados para conseguir um negócio sem custos para o contribuinte. Essa foi aliás a proposta que José Carlos Araújo, na altura presidente da UDM, fez à autarquia no decurso do seu último mandato. Não foi escutada, sabe-se lá porquê, e traduziu-se assim na segunda oportunidade perdida.
Qual foi então a primeira? Se bem se lembram a primeira surgiu quando se construiu, em cima de uma estrada pública (algo inédito e provavelmente ilegal), o tal pavilhão de “brincar” para a Escola EB 2+3. Alvitrou-se nessa altura a hipótese de transferir o Estádio para a zona do Parque de Feiras e Mercados, criando aí de raiz um verdadeiro centro desportivo. Na altura faria sentido uma coisa destas. Hoje já não faz. Colocar tal obra naquela zona seria um erro porque se tornou evidente que a vila irá crescer para ali e, de Estádios “entalados” no meio de vilas, já nós estamos fartos. Ou não?!
In: Terra Ruiva - Julho 2010
A novidade que circula pela vila, e que nos dá conta que a União Desportiva Messinense terá que jogar em Salir as partidas em “casa” da época 2010/2011 do campeonato da 3ª Divisão Nacional de futebol, é absolutamente reveladora da falta de estratégia, de planeamento e de visão que grassa nos paços do concelho. É vergonhoso e de uma incompetência a toda a prova que um concelho como o nosso não tenha um único campo capaz de satisfazer as novas normas (que já não são assim tão novas) da Federação Portuguesa de Futebol.
Quando, há quase 15 anos, a CMS anunciou que iria construir, em cima de uma estrada pública, aquele que é hoje o pavilhão da Escola EB 2 +3
de Messines, um grupo de cidadãos prontamente “gritou”: Aproveite-se esta altura e retire-se o Campo Municipal (ou Estádio, com alguma dose de boa vontade) daquela zona, construa-se o pavilhão no local do campo e abra-se uma avenida entre a zona comercial de Messines e a zona dos serviços públicos (que nessa altura desabrochava).” Foram “gritos mudos” que tiveram o seu epílogo numa célebre Assembleia Municipal onde a senhora presidente, visivelmente irritada por alguém ousar contrariá-la, nos informa que o dinheiro servia para aquele pavilhão ou para nenhum! Ainda assim votos a favor só do PSD… os outros abstiveram-se e foram brindados com a não menos célebre frase: “Os abstencionistas são como os homossexuais…”
Já depois da construção do pavilhão o “Estádio Municipal” sofreu obras de fundo. Colocou-se a relva sintética, ampliaram-se os balneários, embelezou-se a zona envolvente… Tudo pago pela autarquia. Já com o “mal feito” surge uma proposta (que me foi apresentada pelo José Carlos Araújo e que julgo de sua iniciativa) de retirar dali o “campo da bola” e fazer um Complexo Desportivo na zona do Furadouro, o negócio implicaria a permuta dos terrenos e tinha elevado interesse para a vila. Como sempre “bateu na trave” e da presidência ficou claro que não havia interesse nisso. Por certo alguém no executivo PSD conseguia ver naquele campo algo que manifestamente mais ninguém via. Foram várias as pessoas que tornaram públicas opiniões que, como a minha, questionavam esses investimentos. Como poderia crescer o Estádio?! Responderia aquele espaço às necessidades que o futuro nos colocará?! Poderia a vila continuar dividida ao meio por um estádio obsoleto e limitado?! Não mereceria Messines um verdadeiro Estádio, que fosse além do futebol?
Não era preciso ser um génio para ver que iríamos chegar onde chegamos: à situação absolutamente ridícula de ter num raio de 100 metros 2 pavilhões e um Estádio Municipal e de, para poder disputar uma partida oficial de Futebol ou Futsal (por exº), termos que nos deslocar a Armação de Pêra (no caso do Futsal) e a Salir (no caso do futebol). Tudo porque nenhum dos pavilhões tem as medidas oficiais e o Estádio, de acordo com as novas normas, precisaria de ser alargado… O problema é que não há por onde alargar e mesmo que se “invente esse espaço” estaremos a insistir no mesmo erro: olhar para o curto prazo.
O contribuinte e munícipe silvense deve reflectir sobre estas coisas e exigir responsabilidades a quem tomou as decisões erradas sem ouvir ninguém. Deve sobretudo ter em conta que as pessoas que delinearam toda esta anedótica estratégia são as mesmas que agora querem comprar a Fábrica do Tomate para centralizar serviços - sem qualquer espécie de estudo ou plano de encargos fiável que sustente a decisão – ou construir numa aldeia como São Marcos da Serra um Museu e uma Estalagem condenados ao fracasso!
Iremos, por certo, assistir a acesa discussão sobre o Estádio Municipal. Tomara que a solução apresentada pela Câmara não seja novamente uma solução de curto prazo. Aquilo que há 15 anos parecia a solução ideal (porque se fosse feito hoje teria mais 15 anos pela frente o que daria uma vida útil de 30) hoje não o é. Passar o Estádio Municipal para o Parque de Feiras e Mercados irá no curto prazo revelar-se uma má decisão. Aquela zona será por excelência o novo centro da vila… ali deverão pensar em construir um Terminal Rodoviário, zonas comerciais e outras infra-estruturas de menor dimensão e de localização tipicamente central.
PS - Espero que o Dr. José Paulo Sousa não me processe por usar uma foto sua neste artigo!!
"Messines está plantada num vale lindíssimo e nas mãos de gente competente podia ser uma das mais belas terras do Algarve. Não temos líderes capazes nem munícipes exigentes o suficiente."
Inquérito do Penedo, IP: 7.***.***.89
Este toldo “nojento” e “roto” foi anunciado, na altura da sua colocação, como um investimento nos mais velhos, mas mesmo que o toldo ainda estivesse novo e fosse muito bonito o local é vergonhoso. Trata-se do cruzamento mais movimentado da vila, uma zona sem passeio e sem qualquer acesso digno… Este espaço é a recomendação da Câmara Municipal para o “ajuntamento” dos mais velhos. Já ali aconteceram vários acidentes rodoviários, felizmente ainda nenhum causou danos de maior.
Nesta última foto (de hoje, porque muitas mais existem que demonstram a incompetência deste executivo) podemos constatar aquele que é, quanto a mim, o mais grave problema da vila de Messines: a escola e o estádio municipal constituem um “tampão” que não deixa a “Messines do comércio” comunicar com a “Messines dos serviços”. Um idoso que queira deslocar-se da Praça à Junta de Freguesia vê os cerca de 200 mts que separam os dois espaços transformados numa escolha muito difícil. Ou opta por fazer o percurso mais curto e vê-se obrigado a atravessar uma azinhaga cheia de armadilhas onde muita gente evita passar, ou é obrigado a circundar a vila fazendo quase 1 km numa estrada de sentido único com passeios estreitos e irregulares. Tudo isto porque (e dai vem grande parte da minha “azia” a Isabel Soares) se decidiu construir, para fins meramente eleitorais e contra a vontade daqueles que se preocupam com a vila. O resultado foi, como já aqui disse, Messines ter 2 pavilhões desportivos a menos de 50 metros um do outro e ter que mandar as suas equipas de Andebol e Futsal jogar a Armação de Pêra ou Albufeira porque nenhum dos pavilhões tem as dimensões oficiais. Isto é respeito pelos munícipes? Não creio...
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