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A semana que agora termina fica marcada por uma inconclusiva reunião dos responsáveis pelo PS Silves. Não sei o que se passou nessa reunião, mas basta-me saber que terá que haver outra para imaginar.
O normal, perante as actuais circunstâncias, seria a direcção demitir-se e permitir que os militantes decidissem o que se seguirá. Mas como o PS por cá não é “normal” as coisas vão arrastar-se por, pelo menos, mais uns dias… até a “continuidade” estar devidamente “cozinhada”.
A mudança que defendo (e que muitos outros também anseiam) tem duas razões que se sobrepõem a todas as outras: o descrédito e a imagem dos actuais dirigentes. Não falo dos resultados vergonhosos e do estado decrépito do partido porque isso é mais que evidente.
O descrédito é visível por todo o concelho, mas é “assustador” em Messines. Os comportamentos, de “alguns altos dirigentes”, nos últimos tempos têm sido motivo de um misto de “estupefacção” e desaprovação entre os populares. Se fossem hoje as autárquicas o PS ficaria atrás do PSD na Assembleia de Freguesia de Messines, não tenho dúvidas disso. Já nem falo do “saber perder”! Falo do ser inteligente… esta não é altura para “cavar distâncias” e “mandar abaixo”. É sim a altura de subir a “fasquia” e a exigência das pessoas, de colocar a pressão do “lado de lá”… para depois cobrar!
A imagem política que se tem dos actuais líderes do PS Silves é uma imagem “3D”… de “derrotados”, “desgastados” e “desinteressados”. Mesmo admitindo que não passa de uma imagem e que todos eles são competentíssimos seria importante mudar… pelo menos mudar os nomes e introduzir gente nova. Quando digo gente nova não falo apenas de jovens, mas confesso que são eles a esperança deste PS. Existe gente em todas as freguesias deste concelho com capacidade e vontade de mudar “isto”. Existem inclusive algumas pessoas na actual direcção capazes de “remar” com muito mais força e com bom "rumo"… basta que confiem nelas.
A crispação com a CDU tem que terminar. É bom que o PS demonstre a sua posição sobre esta “união” mas, tirando isso, a coisa apenas diz respeito aos dois partidos que se “acertaram”. Serão eles que terão que se justificar, mais tarde ou mais cedo, aos eleitores e, acreditem, a coisa vai-lhes sair “cara”.
O “Barlavento” desta semana trás declarações de José Apolinário sobre o estado do PS Algarve e um excelente artigo do Hélder Nunes, o director, sobre o mesmo assunto. Vale a pena ler… assim que conseguir coloco aqui os links.
Aproveito para dizer que o Penedo Grande atingiu hoje as 100.000 páginas visitadas e nos próximos dias chegará às 50.000 visitas únicas. No total este blog já recebeu visitantes de 52 países, sendo que mais de 95% das visitas são de Portugal e mais de 85% do Algarve. Para breve – a 22 de Novembro, no dia do 4º Aniversário - está preparada também uma nova “roupagem” para o Blog, com novas funcionalidades e mais motivos de interesse. Obrigado a todos os visitantes!

A 2 de Novembro coloco aqui os links:

 

Artigo de Hélder Nunes - Clique Aqui

Notícia sobre José Apolinário - Clique Aqui

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Manuel da Luz, o presidente da Câmara de Portimão, termina um artigo de opinião no Jornal Barlavento com a seguinte frase: “…temos de dar especial atenção às economias da criação, por contraponto às economias de especulação ou de ilusão.”

É precisamente isso que a Câmara de Portimão tem feito. Digam o que disserem Portimão é hoje a cidade mais fervilhante do Algarve, uma cidade onde está sempre a acontecer qualquer coisa. No reverso da medalha temos Silves, a cidade onde nunca acontece nada apesar do discurso de quem a comanda.
Armação de Pêra, Alcantarilha e Messines são 3 exemplos de vilas entregues à economia da especulação e da ilusão. Por aquelas bandas nada de criação, nada de mais-valias para as pessoas. As 3 estão demasiado expostas à crise financeira e só por milagre as coisas não se tornarão mais graves. Grande parte da actividade de Armação de Pêra e Alcantarilha tem a ver com o imobiliário. Construtores, investidores, mediadores, especuladores, administradores, etc… todos sentem o chão a fugir-lhe debaixo dos pés e o fantasma do “boom” com consequências imprevisíveis. Há bancos que consideram aquelas freguesias como “pontos negros” com demasiado risco mesmo para financiamentos a 80% do valor de avaliação (já de si em baixa considerável).
Alheia a tudo isto a Câmara Municipal continua a sua travessia e, ao contrário das suas vizinhas Lagoa e Albufeira, pressiona os construtores a avançar com os projectos ameaçando não renovar licenças. Desta forma salvaguarda algumas empresas e os cofres da autarquia (pelo imposto pago no levantamento) mas ao mesmo tempo rega o “incêndio” com “gasolina”. É que pressionar um já saturado mercado com mais oferta nova pode conduzir a uma baixa de preços vertiginosa que vai afectar todos… os não residentes e os munícipes.
Em Messines as coisas não são muito diferentes. Descaracteriza-se de forma quase criminosa o Penedo Grande construindo condomínios e aprovando loteamentos enquanto “cá em baixo” aumentam a cada mês os edifícios abandonados e em risco de ruir. Messines tem mais movimento e mais residentes a cada dia que passa mas continua a ser uma enorme rotunda ladeada por “mau gosto urbanístico” e ruínas.
A sul da vila, em pleno barrocal algarvio, vivem milhares de pessoas (muitas delas reformados ou em idade de reforma) em pequenas localidades (Benaciate, Mouricão, Barrocal, Fica Bem, Calvos, Foral, etc,,,) que para vir à vila são obrigadas a entrar numa estrada inacreditável ou a sujeitar-se a transportes públicos que as levam para Albufeira ou para a Guia.
Enquanto tudo isto acontece nas vilas, em São Marcos da Serra constrói-se uma Estalagem e um Museu (do Azeite). Ilusão ou especulação?! Bem, para ser sincero, eu acho que é estupidez.

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