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Na terra do verdadeiro Sócrates o PASOK – Partido Socialista Grego – passou, em 5 anos, de 45% nas sondagens para pouco mais de 4%. Do seu seio nasceram novos partidos e dos seus cacos já nada deverá nascer, restando-lhe ficar no limbo político grego durante anos. Este facto deveria servir de aviso a muitos dos que se acham “insubstituíveis”, mas infelizmente não serve.

 

Há muito que digo que não é preciso ser do PS para se ser socialista. Há muito que digo que a partidocracia instalada no nosso sistema político é a responsável pelo estado a que chegamos. Há muito que deixei de acreditar no PS, no PSD, no CDS-PP… e com essa descrença não passei a acreditar no PCP, no BE ou nos tradicionais partidos que lutam por assento parlamentar acenando com discursos utópicos e retrógrados. E como eu, muitos. Mas, outros tantos continuam a acreditar no poder dos partidos, não tanto pelo que podem fazer pela sociedade, mas pelo que podem fazer por si próprios… é por isso normal que ainda faltem uns anos para que as coisas mudem de forma visível. Nas urnas a metade que não vota continua a ser projetada pelos analistas como “uma massa anónima afastada da política” que se deixa representar pelos que votam… perigoso erro esse!

2015 é ano de Eleições Legislativas. Não será fácil a esta distância, e com o ritmo a que sucedem os acontecimentos políticos, fazer prognósticos sobre quem vencerá. Resta pois opinar. O tratamento dado ao país pelo PSD valer-lhe-ia, em qualquer país normal, uma pesada derrota nas urnas. Por cá sabemos que não será bem assim.

Do lado do PS a vitória parece mais plausível. Apesar de reconhecer alguma competência em António Costa, basta-me olhar para o restante “retrato de família” para perceber que a “trupe de Sócrates” se prepara para voltar… à política, aos negócios, aos bastidores… ao poder. É de arrepiar.

 

A propósito de Sócrates importa esclarecer: a encenação da sua prisão foi vergonhosa. O Ministério Público e os que “convocaram” os jornalistas para aquele espetáculo deplorável deveriam sofrer consequências dos seus actos. Admito que muita da fundamentação do MP para mantê-lo preso possa carecer de prova, mas a questão aqui é sobretudo moral. O argumento de que veio de livre vontade, sabendo que ia ser preso, e por isso é um corajoso mártir... não cola. Todos os grandes burlões e vigaristas da história acharam que nunca seriam apanhados. Acham sempre que não deixam rasto, que “os outros” não se atreverão a denunciá-los e que todos são estúpidos.

Moralmente Sócrates não tem desculpa. O “seu motorista” já admitiu que recebia uma parte do salário “por fora”, como forma de fugir aos impostos e à segurança social. Ora, na minha opinião, quem, como Sócrates, durante anos, perseguiu os contribuintes e taxou mais e mais os rendimentos dos portugueses não pode moralmente fazer uma coisa destas. É inadmissível, e justifica só por si uma pena de prisão. Tudo o resto será arquivado mal o PS chegue ao poder, como de resto é fácil antever pelo rol de visitas que tem tido por parte de “amigos”, mas na minha memória ficarão estas falhas de carácter…. que em Sócrates sempre foram demasiadas para serem apenas “vinganças alheias”, por isso, pelo menos estes dias em Évora, já me deixam um pouco mais aliviado. Como dizia Lincoln: "Podes enganar pouca gente durante muito tempo, podes enganar muita gente durante pouco tempo, o que não podes é enganar toda a gente o tempo todo."

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Sem comentários

10.11.12

 

 

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Mal se começou a falar na Reforma Administrativa, logo após a assinatura do Memorando da Troika, o Penedo Grande lançou uma sondagem que teve mais de 100 votantes (118 para ser preciso) com IP’s únicos (quer dizer que foi contabilizada uma votação por computador) sobre o tema. A amostra utilizada não é grande coisa, mas ainda assim é superior a muitos estudos de opinião e sondagens feitos a nível nacional e que depois apresentam dados sobre o concelho.

Nessa sondagem os visitantes do Blog tinham como hipóteses de escolha os seguintes mapas autárquicos:

 

A hipótese A (apenas 3 grandes freguesias) reuniu 37% das preferências e foi a mais votada.

A hipótese B (4 freguesias) reuniu 13% dos votos.

A hipótese C (4 freguesias) reuniu 17% dos votos.

A hipótese D (5 freguesias) reuniu 21% dos votos

Foram dadas aos internautas mais duas opções:

- Outra opção de redução das freguesias, que reuniu 8% dos votos;

- Manter o actual mapa autárquico, que reuniu 4% dos votos;

Quer isto dizer que 96% dos 118 votantes consideram necessário mexer no actual mapa autárquico, no entanto, seguramente baseados em números muito rigorosos, os nossos políticos defendem na praça pública a manutenção do actual cenário como um feito grandioso de representação democrática! Ora eu não me sinto representado por esta gente e gostava de conhecer os argumentos objectivos e quem foi ouvido na tomada desta decisão. Algum dos vereadores me explique, sem usar copy/paste de artigos de imprensa, porque razão não tiveram coragem para mexer neste assunto e perderam mais dois anos, no minímo.

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Anjinhos

21.09.12

Uma coisa que me surpreende é que, apesar de tudo o que vivemos nas últimas três décadas, continuamos a ser “anjinhos”! Leio na primeira página do “Terra Ruiva” que “Praia Grande chega a Cavaco Silva” e, apesar de compreender perfeitamente a posição de um jornalista perante esta situação, não posso deixar de pensar que, entre os leitores, uma grande quantidade de “almas” irão dormir mais descansadas na esperança de que o Sr. Presidente da República tome o partido da inviabilização daquele atentado.

Não é que queira retirar a essas “almas” a esperança, mas só a falta de informação e a ingenuidade justificam que alguém neste concelho acredite numa solução vinda de Cavaco Silva. O projecto que ali nascerá (a não ser que uma nova revolução aconteça) é uma verdade mais absoluta do que a matemática. A empresa por trás do projecto emana do BPN e conta com a liquidez que os 4.8 mil milhões de euros dos contribuintes lá injectaram. O BPN, esse mesmo banco que deu a Cavaco o conhecido “jackpot” e muito provavelmente outros ainda maiores que não conhecemos. O mesmo BPN que teve nos seus quadros praticamente toda a geração de políticos que rodearam Cavaco nos seus dourados anos do betão e dos CCB’s. Provavelmente Cavaco até terá comissão no projecto.

Já sabemos que Isabel Soares, Rogério Pinto e Fernando Serpa vêem inegáveis qualidades no projecto e tudo farão para que vá em frente. Não pelo emprego, não pelo concelho… mas sim porque estão em jogo 30.000.000 de euros de taxas e licenças que a autarquia arrecadará. Com esse dinheiro (o equivalente a mais de 1 ano de receitas do concelho) este tipo de políticos, que nos trouxe a este estado de coisas, manterá o poder, o séquito, o concelho a viver acima das suas possibilidades sem nada produzir, sem ter que mexer uma palha ou ter uma ideia… e no final sairão com o bolso cheio directamente para a administração da Algar, da Docapesca, das Águas do Algarve ou doutro qualquer sorvedouro pago pelos contribuintes.

Para eles tanto lhes dá se o destruímos o património natural, se liquidamos as aspirações das gerações futuras, se concordamos ou não. O importante são as suas carreiras, os seus partidos e as suas ligações com os poderosos… A nossa história recente tem sido a repetição desta cassete.

Seria interessante perceber a posição do PCP e do BE (desde já me disponibilizo para aqui divulgar essas posições, caso queiram enviá-las para paulo.silva5@sapo.pt ) e ver se, enquanto eleitores temos quem nos defenda. 

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Meteorologia

24.08.12

“Por detrás desta aparente acalmia brota uma memorável borrasca.” – dizia Carneiro Jacinto a alguns dos seus apoiantes há coisa de 4 anos. Na realidade ele tinha razão, mas a “borrasca” de que falava então é um chuvisco comparada com a tempestade que aguarda a politica silvense nos próximos meses…

Os temas do momento, falados nos cafés e nas praças por quem aprecia política amadora, são a substituição de Isabel Soares, o candidato que apresentará o PS, quem será o rosto da CDU, uma eventual candidatura independente e… as eleições na Caixa Agrícola de Messines, que não sendo política é de igual modo jogo de poder.

Em relação ao que nos reserva o PSD para as próximas autárquicas em Silves não parece haver grandes dúvidas. O Dr. Rogério Pinto é apontado como o candidato natural para continuar a “obra”… apesar de ser evidente que tudo fará para tentar demarcar-se dessa conotação. Já não é tão líquido que o PSD Silves continue anestesiado após a saída de Isabel Soares e é provável que aconteçam alguns “regressos” e outras tantas vozes discordantes. Também convêm não esquecer que o PSD nacional vai procurar jogar forte nas autárquicas e não será de excluir algumas interferências na hora de elaborar as listas e de recolocar o seu pelotão autárquico. Chuva forte… diria eu.

No PS a coisa “fia mais fino”. Tudo aponta para que um “não socialista” venha a ser o cabeça de lista pelo PS. E falo do actual Presidente da Comissão Política Concelhia, um homem que está bem mais à direita que Paulo Portas (aliás, gostaria de o ver jurar numa igreja que nunca votou em Paulo Portas) mas que teve a inteligência de entender que com o PP nunca chegaria “à sua cadeira de sonho”. Vai dai… resolveu “dedicar” a sua existência a esperar que Isabel Soares “apodrecesse” para poder subir ao “poleiro”. O plano pelos vistos foi perfeito, uma vez que conseguiu “aniquilar” ou calar os verdadeiros socialistas, deixando antever uma lista que congregue todos os que ambicionaram o poder a qualquer custo. O que se comenta é que está desgastado, desacreditado e simboliza tudo o que as pessoas detestam num político. Mas quem sou eu para mandar “biatites”!! Trovada… diria eu.

Na CDU tudo aponta para que “o bom comportamento” da Dra. Rosa Palma leve a uma recandidatura. No entanto muitos falam da hipótese Manuel Ramos… e nesse capitulo eu aposto que, mesmo não sendo ele o candidato, não deixará de lutar para impedir que o “Tea Party” local suba ao poder. Certo, certo é que por esta altura “as candeias” do PCP ainda não estão organizadas e alguns membros mostram o seu descontentamento perante as decisões do “comité”. Na eleição para a Junta de Messines a coisa é bem mais clara e o João Carlos voltará a ser presidente as vezes que quiser e que a legislação lhe permita… parabéns para ele pelo esforço e dedicação, mesmo em tempos difíceis. Céu muito nublado… diria eu.

Já a intenção de uma candidatura independente, que não é segredo para ninguém, parece ser o grande factor de interesse das próximas eleições. Nas ruas fala-se com entusiasmo dessa possibilidade e surgem alguns nomes, até improváveis, como parte do projecto. O “alegado” candidato mostra interesse e reúne as qualidades que fazem um líder a sério, mas terá a astúcia e o apoio necessários para se movimentar no “perigoso” terreno da “partidocracia” instalada?! É que o mais difícil é impor o seu projecto em tempo útil! Vamos ver. Possibilidade de aguaceiros… diria eu.

Falta o tema “não político” que circula pela vila… as eleições da Caixa Agrícola. Diria eu que este é o tema que desperta mais paixões… pelo menos as mais extremadas posições. Provavelmente será por este parágrafo que os comentários surgirão, o que prova a minha teoria. Há cerca de 2 anos fui abordado pelas duas listas concorrentes para na qualidade de sócio exercer o meu direito de voto. Confesso que na altura fiquei um pouco baralhado e o sentido do meu voto deveu-se mais à insistência de um dos “gurus” do projecto vencedor do que à certeza de que esse seria o melhor caminho para a instituição (isso e a ideia absurda para a altura da fusão com Silves… para ser franco). Agora passados 2 anos, e falando contra os meus interesses pessoais (como qualquer associado poderá constatar), devo dizer que foi uma decisão acertada. Há alturas em que o voluntarismo, a boa vontade e a simpatia não chegam… é preciso o conhecimento, a autoridade e a frieza. Estes tempos não são para brincadeiras. Tratando-se a Caixa Agrícola de uma instituição que deve em primeira instância defender os interesses dos seus depositantes eu creio (e contra mim falo, novamente) que foi exactamente isso que esta direcção fez. Independentemente disso tenho pessoas amigas, em quem confio plenamente, nos dois “lados da barricada” e é preciso esperar pelas listas para tomar a posição definitiva. Tratando-se de uma discussão ainda estéril é provável que as paixões continuem exacerbadas. Chuviscos… diria eu.

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Na última edição do, agora “instrumentalizado”, jornal O Algarve Mendes Bota acusa Mário Soares de usar a sua “memória selectiva” para fomentar o descontentamento dos portugueses em relação ao actual estado do país. No mínimo caricato se, no parágrafo anterior, atentarmos aos casos que Deputado Social-Democrata chama para a praça pública na sua inusitada tentativa de desviar os “holofotes” do PSD: Freeport – onde José Sócrates é figura de cartaz (e que eu gostaria de ver na prisão); Casa Pia – onde tentaram “linchar” Ferro Rodrigues; Face Oculta – onde Vara e Penedos “abrilhantam” o espectáculo (e onde eu também sonhava com justiça). Se isto não é memória selectiva então, meus amigos, encontre-se já outra definição para a coisa.

 Sobre o BPN, a licenciatura de Relvas, o escândalo das PPP’s, as privatizações encomendadas… nem uma palavra. É por estas e por outras que o povo vai dizendo, para descontentamento do Dr. Bota, “Tudo é mau. São todos maus. Eles. Os outros.”

 

Sobre a crónica, que partilha em regime de rotação com o socialista Miguel Freitas na última página do dito “pasquim”, pouco há a dizer. Reflecte o estado de espírito da nossa classe política quando confrontada com a crítica, com os apupos e com a liberdade de expressão. Essa “porra” da liberdade de expressão “aleija”… na verdade é na forma como se lida com os que estão descontentes que a democracia se separa da ditadura. Estes governantes que temos lidam muito mal com isso. Agora a culpa é da imprensa, dos blogs, das redes sociais, do Soares e do Torgal… sim, porque “eles”, políticos da nação, são muito sérios! Todos estudaram em óptimas universidades e frequentam as melhores lojas maçónicas. Os seus filhos estudaram em Nova Iorque e hoje são administradores das melhores empresas que o contribuinte pode pagar. E nós temos que calar… não podemos ter memória selectiva. Ou por outra, não nos podemos lembrar de quando tínhamos um bom sistema de educação e de saúde… isso é selectivo. O que temos que nos lembrar é de quando todos eram analfabetos e as pessoas morriam de “uma doença ruim.”

O grande problema deste país são PS (Partido do Sistema) e PSD (Partido do Sistema Dois)… a partidocracia instalada é a raiz de todos os males e tenho dúvidas que ainda seja possível acabar com ela. Dizia Rui Rio, um político que muito estimo e que reforça a ideia de que nem todos são iguais, que “a Democracia acabou e estamos a entrar numa Ditadura muito pior do que aquela que experimentamos no século passado. A anterior ditadura tinha um rosto, alguém contra quem conspirar e a quem derrubar. Esta não tem rosto, não tem por onde lhe pegarmos.” No próprio jornal O Algarve (publicado, para meu espanto) Paulo Morais, um ex-vice da Câmara do Porto (expulso por socialistas e odiado por sociais-democratas), tem transcritas as seguintes citações: “O Parlamento é um escritório de advogados em open-space.” – “Há quatro ou cinco escritórios de advogados a vender alçapões às leis criadas por eles próprios, enquanto deputados.” – “As parcerias público-privadas são esquemas mafiosos para ir buscar dinheiro ao Orçamento de Estado.” Isto revela um pouco os motivos que tanto apoquentam a classe politica quando confrontada com manifestações, abaixo-assinados ou comentários nas redes sociais!

Mendes Bota, esse ícone da coerência, que ficou imortalizado na minha mente com uma pazinha de praia na mão a desassorear o Arade (na companhia de Isabel Soares), é o actual Presidente da Comissão para a Ética, a Cidadania e a Comunicação. Por certo tal cargo político dar-lhe-á umas belas equivalências, se optar por fazer algum Mestrado. Infelizmente não terá consequências para qualquer português porque, basta ler este seu artigo agora publicado, para entender que Ética não tem, Cidadania não precisa e Comunicação é uma chatice. É apenas mais um “tacho” para fazer curriculum, digo eu que tenho uma memória selectiva.

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Um ano e meio...

10.06.12

Um ano e meio… é aquilo que nos separa da Grécia e que separa a Espanha de nós. Nada impede que as coisas se precipitem e que essas diferenças se esbatam, mas o destino será idêntico para os três.

Neste momento o Syriza, um partido de “extrema-esquerda” sem programa, sobe nas sondagens e prepara-se para ser poder na Grécia deixando o “bloco central” lá do sítio em sérios problemas. Por cá ainda não se vislumbra o Syriza… mas já se vislumbra a falência do “bloco-central”. Com 1 ano de poder o PSD apresenta os primeiros sinais de desgaste e o PS tem pela frente um problema “bicudo” chamado PPP’s.

Correndo o risco de ser “ultra-radical” eu diria que quanto mais tempo o PS levar a pedir a prisão de Sócrates e da sua pandilha, mais desacreditado fica. Quem com o ordenado de primeiro-ministro consegue ter o património que tem e viver em Paris “à grande e à francesa” não pode alegar que se enganou nas PPP’s… um mestre da gestão pessoal não pode ser um desastre na gestão pública. Tresanda a corrupção. O PS precisa de ser refundado, precisa de um reset… precisa de se ver livre dos Varas, dos Coelhos, dos Seguros, dos Santos, dos Penedos… até dos Serpas… precisa de um “golpe de partido”.

Os portugueses estão a mudar o seu pensamento. Todos os dias sabemos um novo detalhe sobre a “partidocracia” em que vivemos. Desde o SIED ao Alberto João Jardim, todos os dias o bloco central dá um tiro no pé. Até os naïfs, como eu, estão fartos…

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Em tempos de eleições legislativas o pessoal tende a distrair-se um pouco do que se passa cá no “burgo”… tenho estado a anotar uma série de coisas para abordar quando todos se voltarem a concentrar nas questões locais, mas em jeito de “acepipe” aqui fica a fresquinha notícia de que a Câmara Municipal de Silves está com a página Web suspensa, alegadamente (adoro esta palavra), por falta de pagamento.

Quando, por altura da aprovação do orçamento para este ano, eu me manifestei contra tudo o que fosse “mais do mesmo” a principal razão porque o fiz foi saber que a banca não iria mais “engolir” previsões de receitas fictícias. A razão pela qual as Câmaras faziam tal truque tinha essencialmente a ver com o financiamento. Enquanto houve dinheiro a banca aceitava a previsão de receitas como “garantia”… mas parece que ninguém no actual executivo entendeu que isso ia mudar.

Corre também pelos corredores que os tonners escasseiam e que o combustível é “raro” na sede de município. Certamente muitos mais casos virão à tona nos próximos tempos e não me admiraria nada que, numa eventual vitória de Passos Coelho, a senhora presidente “se pirasse” deixando o “menino nos braços” dos que cá ficarem.

Certo é que caberá ao PSD e à CDU justificar porque razão isto acontece, sendo certo que a viabilização deste orçamento foi um “parto conjunto”.

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Numa altura em que começam a aparecer os primeiros candidatos a “candidato” às Autárquicas 2013 achei interessante agarrar na “bola de cristal”, a que chamamos imaginação, e traçar cenários. Depois de reflectir durante algum tempo cheguei à conclusão que temos em Silves todas as condições reunidas para uma “batalha épica” nas urnas, ao estilo mouros contra cristãos, bastando para isso que surja um Movimento capaz de cativar os descontentes com um partido, com todos os partidos ou com a política em geral.

No final do ano 2013, altura em que se realizarão as eleições, Portugal estará num clima de “desitoxicação” socialista. O PSD estará no Governo (muito provavelmente com o CDS como parceiro) e beneficiará ainda do estado de graça que geralmente acompanha os novos governos até meio do mandato. Isto, apesar de nacionalmente configurar um cenário pouco favorável ao PS, pode ser um bom “terreno” a nível autárquico. Ou seja o PS poderá conseguir um bom resultado em 2013 fazendo jus à máxima de que os portugueses tendem a castigar o Governo nas autárquicas.

Mas olhemos para o nosso concelho e tomemos em conta os dados disponíveis (e algumas crenças pessoais) para prever aquilo que serão as autárquicas em Silves:

- Pelo PSD teremos como candidato o actual vice, Dr. Rogério Pinto. Apesar de no interior do partido haver quem queira caras novas e um novo projecto, até os mais optimistas afiançam que o mais provável é termos a continuidade “mascarada” por um discurso de ruptura.

- Pelo PS teremos como candidato o Dr. Fernando Serpa (para já é o único, mas espero bem enganar-me). Tal como tem sido tradição dentro do PS esta não será uma candidatura consensual. Os 20 anos que leva de vereação, pela oposição, dão-lhe muita experiência mas também muitos motivos para não esperarmos muito de um executivo por si liderado. Apesar de tudo a candidatura será teoricamente mais forte que a anterior por duas razões. Primeiro porque seguramente, o Dr. Serpa não cairá no erro de “outros candidatos socialistas” fomentando divisões partidárias após ter sido nomeado como candidato. Depois porque o entusiasmo crescerá nas hostes socialistas com Isabel Soares fora de cena.

- Pela CDU teremos o Dr. Manuel Ramos (esta é a minha aposta pessoal, apesar de se afigurar igualmente provável a continuação da Dra. Rosa Palma) o que configura uma candidatura politicamente mais capaz mas publicamente menos apelativa aos jovens e abstencionistas crónicos que nas últimas eleições engrossaram os resultados do partido, somando-se aos seus sempre fiéis eleitores ditos “camaradas”.

- Pelo BE teremos novamente Carlos Cabrita, um outsider que pouco pesará na altura de contar os votos mas com importância vital na forma como decorrerá a campanha.

- Não arrisco dizer se haverá candidatura do CDS em Silves. Parece-me que as sondagens locais forçarão o PSD em Silves a pedir “reforços” e a propor também por cá a coligação que por essa altura terá o país, acrescentando assim alguns votos da direita mais “vincada” ao seu score.

Ora, resumindo temos:

- Uma franja considerável do eleitorado PSD descontente com a continuidade. Esses eleitores dificilmente votarão PS ou CDU… já nem falo BE

- Uma franja considerável do eleitorado do PS descontente com uma lista que, aposto, será a sombra do líder com as mesmas caras de sempre…

- Um apetecível eleitorado CDU em 2009 que, não sendo comunista, votou na diferença, na juventude e na “inocência”… coisas que agora já não são valores da candidatura…

- Um considerável número de abstencionistas e votantes em branco, que apesar de desejarem acção e mudança, ganharam já uma aversão a partidos políticos e a projectos partidários que lhes impede de votar em qualquer destes “concorrentes”…

Se a tudo isto somarmos tudo o que temos visto a nível nacional, e que configura um desdém crescente dos portugueses em relação ao sistema político-partidário (a votação de Fernando Nobre, a Manifestação da “Geração à Rasca”, os Homens da Luta na Eurovisão, etc…), a mim parece-me, e que me ajudem os especialistas, que uma lista independente, de gente desvinculada dos partidos iria buscar o seu “quinhão” a todos os lados e tornar-se-ia na principal favorita a chegar ao poder em Silves. Estarei enganado ou o leitor também acha que faz sentido?

 

In Jornal "Terra Ruiva" - Março de 2011

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E já está. A CDU comprometeu-se a “jogar no Euromilhões” de sociedade com o PSD e aprovou o orçamento municipal para 2011. O “jackpot” são 18.000.000 de euros, que é quanto vai faltar no final do ano nos cofres da autarquia. O resultado desse “prémio” serão mais despedimentos (nas empresas que não vão receber da CMS pelos trabalhos e produtos que colocaram à disposição do município), mais endividamento (nos empréstimos que vão ser contraídos para tentar tapar o buraco), mais despesismo (nas festas que agora são patrocinadas pela CDU), mais clientelismo (nos novos funcionários e “Jôtas” que serão contratados) e mais arrogância por parte do poder. Tudo em nome da “responsabilidade” política, e do suposto interesse do concelho.

 

pagã aliança

Não se sabe quais as contrapartidas negociadas, mas provou-se que afinal, e contra tudo o que se dizia, a CDU é uma força política que se preocupa primeiro com os seus presidentes de junta e depois com todos os munícipes e contribuintes do concelho. Estou certo que alguns comunistas da terra esgrimirão argumentos muito convincentes e elaborados mas o certo é que a CDU sempre fez seu “cavalo de batalha” a luta contra a gestão autárquica que agora viabiliza. Viva a coerência.

Do lado do PS ficou a imagem que interessa. Em Silves o Partido Socialista não foi conivente com jogadas financeiras (é disso que se trata quando se aponta uma falsa receita apenas para poder justificar a despesa exagerada) e marcou a sua posição. A Comissão Política e a Vereação souberam resistir ao “canto da sereia” e demonstraram sempre uma atitude responsável, séria e de ruptura com as práticas instaladas. Podemos dizer que começam agora a jogar-se as próximas décadas deste concelho e o PS demonstrou já que é a única opção capaz mudar Silves. Digam o que disserem, labutem o que quiserem… esta foi uma vitória e uma afirmação do PS.

 

Pode ler aqui o comunicado do PS Silves sobre esta matéria.

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