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“Quem não consegue recordar o passado está condenado a repeti-lo.” – a frase é de George Santayana, filósofo espanhol, e aplica-se como uma luva à situação que neste momento confronta os portugueses.

Precisávamos de um Primeiro-ministro em Portugal que actuasse em função da realidade do espaço europeu. O modelo quase venezuelano que este PM tem tentado impor-nos apenas nos conduzirá a mais pobreza, mais desigualdade social, mais degradação e mais corrupção.

É evidente que é necessário defender o Estado Social, a escola pública, a saúde para todos, a justiça e a igualdade de oportunidades. Mas temos que saber fazer isso dentro de um espaço europeu que diariamente cria regras e mecanismos tendo como objectivo outras políticas. Políticas que passam por uma diminuição do peso do Estado na economia, por um incentivo à iniciativa privada e por uma atitude fiscalizadora e mais interventiva do Estado na regulação da economia.

A Alemanha tem melhores escolas que Portugal, tem melhores hospitais que Portugal, tem auto-estradas gratuitas e consegue tudo isso colocando os privados a potenciá-lo. Por cá acenam-nos com o fantasma do fim do Estado Social quando se pretende abrir a saúde e a educação aos privados (como se isso não existisse já!!! ). Foi assim que Chávez chegou ao que é hoje na Venezuela, foi com este discurso que assustou o povo e conseguiu o poder. E hoje sabem o que acontece por lá? O ensino e a saúde são todos públicos mas nem todos conseguem aceder a eles. Paradoxal! É que um venezuelano pobre morre sem ser visto por um médico porque esse médico atende apenas os venezuelanos que conseguem pagar “por fora” para serem atendidos. As escolas novas e com bons corpos docentes são apenas frequentadas por venezuelanos que conseguem “subornar” os directores da escola. Os polícias protegem apenas os cidadãos que conseguem pagar para isso (e muitas vezes são corrompidos até pelos próprios bandidos). Este é o caminho do mais Estado. Aqui, na Venezuela, em Cuba e qualquer outro lugar.

Em suma o que quero dizer é que se o objectivo é manter esta linha o melhor é que o PS passe a defender a saída da zona euro. Se é para agitar os medos das pessoas e fazer aproveitamento político das inseguranças e vulnerabilidades da nossa sociedade então que se adopte já o modelo venezuelano… vamos para um socialismo duro em que se abate tudo o que não é Estado e se manda a população para a miséria de uma vez por todas.

Se querem um socialismo moderno e europeu, então acordem para a realidade e percebam duas coisas: o Estado tem que ser o garante dos direitos consagrados na constituição, tem que ter um papel interventivo e vigilante reservando para si o controlo da situação. Não concordo com as privatizações da CGD ou das Águas de Portugal mas sou favorável à privatização de um dos canais da RTP (ao encerramento dos caprichos RTP N, RTP M, direitos de transmissões futebolísticas, vedetas da TV, etc…) ou da TAP.

Nenhum país tem sucesso enquanto a iniciativa privada for esfolada para sustentar um Estado gastador e ineficiente.  

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Há muitos anos que defendo que um dos grandes problemas do nosso país é a duração dos “telejornais”. Nós não temos país para espaços noticiosos com mais de 20 minutos, já incluindo o desporto, a meteorologia e a agenda cultural… mas os espaços estão feitos para 1H a 1:30H!! É preciso uma grande dose de imaginação, outra de demagogia, um punhado de irresponsabilidade e uma pitada de mau gosto para conseguir cozinhar “aquilo”.
Assim se explica que todos os canais respirem de alívio quando acontece uma tragédia como a que aconteceu no Haiti ou na Madeira… durante muitos dias não vão ter que inventar notícias porque já têm na mão aquilo que nós portugueses gostamos: desgraça alheia! É por isso que o jornal mais vendido em Portugal é o Correio da Manhã e que o noticiário mais visto é o da TVI… ali estão todas as desgraças capazes de alimentar o nosso espírito e garantir que vamos continuar a ser infelizes, negativos, atrasados e desconfiados.
Mas há mais. Não sei se sabem mas somos o único país da União Europeia onde o horário nobre da televisão é preenchido com novelas. Apenas existe coisa assim na América Latina (essencialmente Brasil e México) onde as novelas são o escape natural (a forma de viver a vida de outras pessoas) das donas de casa oprimidas, de desempregados e analfabetos.
Poderíamos então dizer que temos a televisão que merecemos. O que não merecemos é que o Estado continue a pagar, usando para isso o nosso dinheiro, o monstro chamado RTP. Até concebo que exista uma televisão pública com conteúdos simples, baratos e centrada no apoio à actividade do Estado (não do Governo). Agora ter uma “mega-estrutura” a competir com os privados em situação de clara vantagem (basta dizer que qualquer empresa privada teria falido no primeiro mês), a contratar profissionais a peso de ouro, a disputar direitos desportivos (é uma vergonha a RTP ter oferecido mais do que a SIC e a TVI pelos direitos da Liga de Futebol, para o contribuinte foi a diferença entre ver de graça e sair-lhe do bolso… em nome de quê???), a torrar fortunas em produções ridículas e programas deprimentes… isso já me incomoda.
Também me incomoda quando olho para as contas da RTP e vejo que custa aos cofres do estado mais de 200 milhões de euros por ano (o que daria para reformar todo o parque escolar do 1º ciclo) e tem um passivo acumulado de 800 milhões de euros… Já nem vou falar dos ordenados e regalias dos seus quadros superiores, porque isso é outra “guerra”.
Tinha esperança que o PEC atacasse esses monstros sagrados que são a RTP e a TAP mas em vez disso, mais uma vez, irá atacar os mesmos de sempre. Os que não fogem aos impostos, trabalham, descontam e já pagavam a “loucura” que é este país. Caminhamos a passos largos para algo muito complicado. Ainda não sei bem o quê…

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