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Blog de discussão política do concelho de Silves. - "Porque um concelho que exige mais dos seus políticos, tem melhores políticas e é um melhor concelho."
Tem o PDF do livro?
mais um profeta da desgraça
Para Marinho Pinto chegar a uns 15% não precisará ...
Fico satisfeito por ver que o rapaz ainda está viv...
O que eu gostei mais da entrevista foi de saber a ...
Gostei da entrevista que a Presidente Rosa Palma deu ao Terra Ruiva este mês. Gostei sobretudo da franqueza do seu discurso, do pragmatismo com que encara os problemas e da boa vontade revelada.
Evidentemente, em 4 páginas de entrevista, não podia ficar agradado com tudo. Notei alguma resignação em relação ao facto de a CDU não ter a maioria dos votos com os quais se tomam as grandes decisões. .. é preciso acreditar que é possível envolver e seduzir outras forças políticas. Acredito que, mantendo o rumo, daqui a 4 anos o executivo deixará de precisar do favor alheio. .. mas para já há que "calçar as galochas" e entrar no "lodo político" deste concelho.
Também não me agradou, apesar de compreender, a cedência política às pressões do PCP, e dos sindicatos que o orbitam, na questão das 35 horas semanais. Esta é uma questão nacional da qual um executivo independente se deveria abster. Diz a Presidente que "não é preciso ter formação em Economia para ver" que tal medida não trás vantagens. Voltamos à questão do "cafezinho por dia" vindo dos tempos da "outra senhora". Se aumentarmos em 15% as horas de trabalho produzimos mais 15%, se produzimos mais 15% necessitamos de menos mão-de-obra. Se necessitamos de menos mão-de-obra precisamos de menos dinheiro para pagar ordenados, logo temos mais dinheiro para investimentos ou para aliviar os encargos das pessoas. Admitindo que o custo com pessoal é, em média, 800 euros mês por funcionário, teríamos uma poupança anual de 1.200.000, valor que significaria um aumento tremendo na verba disponível para investimento no concelho… investimento que cria trabalho e dinamiza a economia local.
Bem sei que estou a ser simplista, que mais horas de trabalho não significam maior produtividade e motivação dos funcionários, na verdade a motivação e a produtividade advêm em grande parte dos exemplos que temos em redor e é óbvio que, nem com 10 horas semanais, alguém trabalha com vontade enquanto outros, mesmo ali ao lado, se “encostam” e ganham muito mais.
E já que falamos de escritos em jornais, não pude deixar de reparar no “vazio ideológico” que se abateu sobre a Voz de Silves. Alguns “figurões”, que diziam escrever em prol da causa pública perderam a “inspiração” assim que a “causa própria” deixou de fazer sentido. A vitória de Rosa Palma foi tão boa para este concelho que “saneou” até aquilo que se julgava para sempre insano. É a vida…
Um jornal que é distribuído na rua por políticos diz muito da qualidade e isenção do jornalismo que pratica. Da mesma forma, políticos que distribuem como material de campanha um jornal também transmitem claramente a mensagem da falta de escrúpulos que têm.
Que me perdoe o Luís Coelho, de quem tenho a melhor impressão e muitas boas recordações (da sua passagem por Messines), nestas fotos apanhado com “aquilo” nas mãos. Eu até sei que as ordens para distribuir “aquilo” vieram directamente do candidato… a energia que não teve a dar ordens para votar contra os ajustes directos à PLMJ, teve-a agora para meter os seus candidatos à Junta a distribuir a Voz de Silves.
Os candidatos mais “noviços” nestas andanças sujeitam-se, já tinha acontecido na inauguração da sede de campanha em Armação de Pêra… mas os mais experientes não embarcam nisso. João José não o fez em Tunes e tenho muitas dúvidas que o José Vítor Lourenço o faça em Messines. A dignidade de uma pessoa não se vende.
Seria interessante refrescar a memória aos socialistas deste concelho sobre aquilo que a Voz de Silves disse e insinuou ao longo de mais de uma década, nos tempos da “outra senhora”. Se tiver tempo haverei de ir à Biblioteca Municipal de Silves e fazer um “Best of”… fica prometido. Até lá, e seguindo-se ao "turismo religioso", fica o registo de mais uma prática... digamos... como é que hei-de colocar isto... de uma "esquerda esquisita"!!! Faz lembrar o "jornal do regime" da "esquerda salazarista".
A rocambolesca história da praia privada em Armação de Pêra voltou a dar tempo de antena a Rogério Pinto, em menos de 3 meses teve mais tempo de antena na televisão e nos jornais do que Isabel Soares em alguns dos seus mandatos inteiros (nos anos em que não havia fogos nem cheias), e promete vir a dar ainda mais no futuro. A opinião geral é de que o homem se saiu bem no difícil teste do Tornado. Parece pois que para a oposição as “favas contadas” afinal não o serão…
Não tarda começam as sondagens internas dos partidos, que infelizmente nunca chegaremos a conhecer. Por isso há que ler os sinais e estar atento. Se o meu instinto está correcto falta pouco para esse “cata-ventos político”, que dá pelo nome de Artur Linha, avançar para uma “remodelação” parcial do “corpo redactorial” no seu pasquim. Aguardemos…
Aproveitando o espírito natalício que se começa a sentir resolvi trazer melhores energias a este espaço e dar as boas vindas ao novo Presidente… se a anterior teve direito a várias entrevistas fictícias, sempre com bom feed-back, é hora de testar o sentido de humor de Rogério Pinto.
Tentei imaginar uma entrevista de Artur Linha a Rogéry Pinthe, coisa que nos tempos que correm se apresenta pouco provável… como de resto, há pouco mais de 4 anos, também me parecia impossível que a “Voz de Silves” um dia se virasse contra a principal “patrocinadora”. Aqui fica o exercício, não editado, tal qual como haveria de estar na cassete do jornalista, com introdução e tudo:
Desde o passado mês de Novembro que o Dr. Rogéry Pinthe é o novo Presidente da Câmara Municipal de Silves. Este homem, natural de Faro, residente há décadas no concelho de Silves, substituiu a presidente e aceitou o desafio de levar o concelho de Silves a ser a Sevilha do Algarve. É vereador permanente deste 2002, professor de profissão e já foi convidado para Secretário de Estado da Educação, cargo que não pôde aceitar porque deixou o convite numas calças que foram à máquina de lavar. É divorciado, como está à vista.
Artur Linha – Senhor presidente, obrigado por conceder esta entrevista. Tem em mãos o cargo da sua vida?
Rogéry Pinthe – Não. Tenho nas mãos uma sandes de atum porque hoje não vou ter tempo de almoçar.
AL – Pergunto-lhe se o lugar de Presidente da Câmara era o que ambicionava?
RP – Cruzes homem?!! Quem é que pode ambicionar isto? Uma câmara falida e o concelho a cair de velho! Isto é castigo, isso sim. O que eu ambicionava era uma quintinha no Pechão para acordar às 6h da manhã, e labutar na terra até o sol se pôr, criar umas galinhas, plantar umas couves, umas ervas de cheiro, mas um homem tem que trabalhar, não se pode dar a esses luxos.
AL – É uma herança pesada aquela que José Viola lhe deixou?
RP – José Viola?! Não tou a ver! Será aquele tio afastado que estava na Suiça? Aconteceu-lhe alguma coisa?
AL – Não. José Viola foi o presidente de Câmara que antecedeu Isabel Soares, o grande culpado pelo estado do concelho.
RP- Sabe, eu antes do 25 de Abril ainda morava em Faro, não sei como é que isto foi entregue mas sendo assim já sei quem é o culpado.
AL- Mudando de assunto, como foi para si o dia mais negro do concelho de Silves até hoje?
RP- Foi uma chatice. Eu estava em Marraquexe, numa fest… ahh.. numa reunião importante e quando me disseram que o Armacenense não tinha subido de divisão até disse um palavrão. Vá lá que foi em português.
AL- Falava do dia, 16 de Novembro…
RP- Ah sim! E o que tem o dia 16 de Novembro?
AL- Foi o dia do Tornado que devastou a baixa da cidade de Silves!
RP- Ahh pois, já me lembro. Foi um dia mesmo negro, nem de noite tinha visto nuvens tão pretas. Estava a acabar de pregar umas molduras no meu novo gabinete e ainda tinha que carregar umas 200 caixas de facturas de € 4.999 que a ex-presidente tinha lá um canto, quando me entra a minha secretária, esbaforida, a dizer que já não tínhamos cobertura! Eu logo pensei que ela estava a falar dos cheques que andávamos a passar, mas assim que saí fora do gabinete dei-me conta que chovia mais do que o habitual lá dentro… olho para cima e vejo o telhado do Mac Gêto, aquela casa de hambúrgueres que se abriu lá em baixo ao abrigo do projecto Sevilha do Algarve. Fiquei assustado.
AL- Mas sente que lidou bem com a situação, sem nunca tentar tirar benefícios políticos da tragédia?
RP- O difícil foi convencer os senhores da televisão que era eu o Presidente da Câmara, antes de me deixarem falar ainda andaram pelos salões de cabeleireiro da cidade a ver se não estaria por lá a ex-presidente. Depois foi fácil, sabe que eu sou um homem talhado para manter a calma em situações de grande stress…
AL- Conta-se que seria esse o dia em que estaria preparado para anunciar o nome do Vereador que o iria substituir. A oposição e os bloggers do concelho dizem que não foi fácil encontrar quem quisesse aceitar o cargo, evidentemente isso é mentira, conte-nos como foi?
RP- O difícil não foi que aceitassem o cargo, como isto vai ter um ordenado fixo é engodo mais do que suficiente… o difícil foi encontrar alguém que não se metesse no meu caminho daqui a uns anos. Isto a malta anda toda à procura do mesmo…
AL- Refere-se à presidência da Câmara de Silves?
RP- Não, refiro-me a um lugar nas Águas do Algarve, ou na ALGAR, ou na Docapesca, ou no Turismo do Algarve... só para citar alguns.
AL- Os últimos anos ficaram marcados por essa campanha, orquestrada contra o executivo a que pertencia, chamada “Viga de Ouro”. Que impacto teve no concelho esse caso?
RP- O mais evidente foi um aumento no número de divórcios, espero sinceramente que tudo se resolva e que as pessoas voltem a casar… ninguém merece andar por ai abandonado.
AL- Falava-se de ilegalidades que lesaram o município em várias centenas de milhares de euros. O senhor que acompanhou tudo de perto o que tem a dizer sobre essas mentiras?
RP- Isso são minudências… coisas que foram empoladas pela oposição e por aquele antigo vereador “vermelho”. Há pessoas que só estão bem a querer saber de tudo o que andamos a fazer, como se a oposição tivesse alguma coisa a ver com o que andamos a fazer. O que posso dizer é que havia pouco dinheiro e mandava-se fazer as coisas aos bochechos. Não há mal nenhum nisso…
AL- Já que fala em oposição, sabe-se que a oposição local tem sido uma verdadeira força de resistência às políticas que poderiam salvar o concelho. Como tenciona gerir a sua relação com eles?
RP- A malta do PS já é da casa, a da CDU é colega de profissão e também se tem portado bem. Vou continuar a entretê-los e tenho a certeza que não arranjarão problemas. A gente vai-lhes dando umas migalhitas e eles vão fazendo que nos batem o pé, e é assim… tive uma boa professora! De qualquer forma neste ano de mandato quero melhorar a relação com eles, nunca se sabe se não tenho que passar por lá e nessa altura é melhor que me devam alguma coisa.
AL- E sobre o partido? Está na altura de assumir os comandos do PSD Silves. Que planos tem?
RP- Temos que dinamizar o partido, tenho um plano para fazer crescer o número de militantes. Vou oferecer um toldo na praia de Armação a cada novo militante… com a procura que os toldos têm até me parece que haveremos de crescer também em habitantes.
AL- Já que fala em Armação de Pêra, que planos tem para a vila?
RP- Armação de Pêra é a minha menina dos olhos, como é sabido… Eu bem sei que uso óculos e que sofro de miopia, mas estimo muito os meus olhos. Imagino Armação como uma espécie de Miami e é por isso que sou a favor de entregar os terrenos da Praia Grande aos crocodilos… sempre me disseram que Miami está rodeada de crocodilos, não é verdade?
AL- E para a cidade de Silves? Sabe-se, por exemplo, que era um fervoroso adepto da Feira Medieval. Esse evento é para manter? Que outros eventos?
RP- É claro que é para manter. Até porque o fato de Rei me assenta bastante bem… nunca gostei muito de monarquias comandadas por rainhas, o poder é uma coisa de homens. Silves tem forte influência árabe e o senhor não conhece nenhuma “Shéika”, pois não. A partir de agora a feira vai ter outra pujança, até estamos a preparar uns apedrejamentos e umas fogueiras para queimar infiéis na praça do castelo… mais masculinidade vai animar a malta. Mas vamos ter outros eventos, a começar pela Feira do Neandertal.
AL- Isso é interessante. Como funciona?
RP- É uma feira que se realizará uma semana antes da Medieval. O cenário vai ser a Barragem do Arade, que em Agosto está cheia de calhaus. Vamos escavar grutas, dar tangas e mocas aos visitantes e fomentar a troca de bens e a caça… vai dinamizar imenso aquela zona e vai dar pancada pela certa, o que é também muito másculo.
AL- E para Messines? Há projectos?
RP- Gosto muito de Messines, fui lá uma vez e fui muito bem tratado. Imagino aquela terra como um pólo de dinamização cultural da região algarvia. Penso que a aposta nos museus foi de grande visão e agora é continuar e diversificar. Existem contactos para criar o museu da laranja, para dar a conhecer às gerações mais novas o fruto que outrora ali nascia… tenho receio que colem esse museu ao PSD e apareçam algumas bocas, por isso pensei no museu do bivalve ou no museu do marisco… pelo menos assim os habitantes podiam saber o que é marisco!
AL- Sobre a fusão de freguesias, qual a sua posição?
RP- Entendo que as freguesias devem ser as que forem precisas.
AL- É portanto a favor do actual mapa autárquico?
RP- Tenho dúvidas que precisemos de tantas freguesias.
AL- Então defende a redução?
RP- Tenho dúvidas sobre se conseguiremos servir as populações com menos freguesias.
AL- Alguns comentadores acusam a Câmara Municipal de Silves de ter excesso de pessoal, concorda com essa análise? Faz parte das suas opções reduzir o número de efectivos na autarquia?
RP- Isso é um disparate. Ainda hoje de manhã tive que me levantar da secretária para ir buscar adoçante para pôr no café. E note que a pessoa que trouxe o açúcar e a colher foi a mesma, porque a funcionária que normalmente traz a colher está de folga e o colega que trás o pires está a fazer as férias da estagiária que abre a saqueta das cápsulas. E isto para já não falar de ontem, quando fui obrigado a chamar a senhora que abre os envelopes para vir lamber um selo, tudo porque a senhora que lambe os selos meteu baixa com aftas.
(continua... só mais um bocadinho)
Raras são as vezes em que temos o “privilégio” de ler a palavra “merda” na primeira página de um jornal… digamos que a decência e os bons costumes mandam que se evitem esse tipo de situações.
Em boa verdade a palavra “merda” nem vinha escrita na primeira página de um jornal… estava “impressa” na capa da “Voz de Silves”, o que é bastante diferente.
Eu, se fosse cronista ou colaborador de uma publicação local, nunca aceitaria escrever numa que dissesse “merda” na capa. É que já se sabe… a capa é o prenúncio do que vem lá dentro!!!
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